quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Bolsa Família é modelo para programa que atende cinco mil famílias em Nova York

Bolsa Família é modelo para programa que atende cinco mil famílias em Nova York

Além dos EUA, Honduras, El Salvador, Gana, Quênia e África do Sul criaram programas similares . Governo diz que 63 países enviaram equipes para conhecer o Bolsa

"Este é um inovador programa de transferência de renda com condicionalidades que visa auxiliar os novaiorquinos a romper o ciclo de pobreza e é baseado em programas bem sucedidos ao redor do mundo", disse o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, ao anunciar o Opportunity NYC, em 2007.


Bloomberg só não especificou que "ao redor do mundo", no caso, significa o Brasil. Antes de implantar o Opportunity NYC, que hoje beneficia cinco mil famílias em bairros como Harlem e Bronx, o prefeito de Nova York enviou uma equipe a Brasília para estudar o Bolsa Família, programa que serviu de inspiração para a administração novaiorquina.

Pouco depois, em entrevistas à imprensa brasileira, a vice de Bloomberg, Linda Gibbs, admitiu que o exemplo nacional foi a principal inspiração do Opportonuty NYC devido à exigência de contrapartidas como a permanência de jovens na escola.

Dez anos depois de sua criação, o Bolsa Família é o maior produto de exportação da chamada tecnologia social brasileira. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), 63 países já enviaram equipes a Brasília para conhecer melhor o programa.

Do total, 25 países são africanos. Outros 20 são da América Latina e do Caribe. Mas o Bolsa Família também chama atenção de países desenvolvidos que historicamente foram objeto de inspiração para os brasileiros, como Estados Unidos, Canadá, França, Itália, Reino Unido, Alemanha e até a Noruega, uma das nações socialmente mais avançadas do planeta.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Bolsa Família vence prêmio ISSA, o Nobel social.

Bolsa Família vence prêmio ISSA, o Nobel social
247 - 15/10/2013

Fundada na Suíça, em 1927, e reconhecida por 157 países e 330 ONGs, Associação Internacional de Seguridade Social concede seu maior prêmio ao Bolsa Família; reconhecimentos ocorrem apenas de três em três anos; atacado no Brasil, programa foi julgado como "experiência excepcional e pioneira na redução da pobreza"; em entrevista coletiva no Ipea, nesta manhã, ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, afirma que "premiação internacional reconhece o esforço do país para construir uma rede de proteção social"; estudo inédito do instituto sobre o impacto da iniciativa na economia revela que se o Bolsa Família fosse extinto, a pobreza passaria de 3,6% para 4,9%; além disso, cada real gasto com o programa, que completa 10 anos, faz a economia girar 240%

Imagem: MDS
247 – O governo não tem como não comemorar. Polêmico no Brasil, onde é alvo de ataques em razão de falhas pontuais e, também, pelo que é visto por muitos como 'caráter assistencialista', o programa Bolsa Família acaba de receber aquele que é considerado o prêmio Nobel da seguridade social.

Trata-se do Award for Outstanding Achievement in Social Security, concedido pela Associação Internacional de Seguridade Social. Com sede na Suíça, essa entidade foi fundada em 1927 e é reconhecida por 157 países e 330 organizações não governamentais. O grande prêmio, concedido depois de uma série de pesquisas in loco, só é concedido a cada três anos.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

OPAS: “Mais Médicos” é arrojado e inovador. O Brasil, que já é reconhecido como líder global em saúde pública, se encontrará em uma posição privilegiada para compartilhar informações a respeito dos seus programas nacionais e sua cooperação internacional na área de saúde.

OPAS: “Mais Médicos” é arrojado e inovador
Fernando Brito - Tijolaço - 9 de outubro de 2013 | 12:12

Carissa Etienne, diretora geral da Organização Pan-Americana de Saúde, a mais antiga instituição médica do mundo, publicou hoje um artigo em O Globo que deveria ser lido por todas as pessoas que acham que o “Mais Médicos” é um programa de natureza eleitoral.

Reproduzo um trecho, que espero na esperança de que se cure o “complexo de vira-latas” de luxo que se tem em relação à saúde brasileira. Ela tem estruturas precárias, filas, carências de toda a espécie.

Mas é a única política social que, neste país, evolui sem recuos nos últimos 25 anos, desde a criação do SUS e da universalização do direito de acesso aos serviços de saúde, para uma população imensa, carente e com dispersões geográficas gigantescas.

Coisas que, estamos vendo, não são realidade em muitos países avançados economicamente, como os Estados Unidos, que só enxergam a medicina como um negócio privado.
                                                                             Dra. Carissa Etiene - Diretora da OPAS
Graças, aliás, aos profissionais médicos dedicados à saúde pública e não transtornados com uma ideia corporativa mesquinha, que os afasta dos próprios objetivos da profissão e que está causando danos irreparáveis à imagem da categoria.

Que bom se os médicos brasileiros pudessem ser vistos como o que são: protagonistas de uma história dos progressivos sucessos de um país na luta contra a pobreza e o abandono do ser humano.

O Brasil não está só

Carissa Etienne
(…)A Opas/OMS tem apoiado seus países-membros em suas iniciativas para fortalecer os recursos humanos em saúde. A mais recente destas iniciativas foi o arrojado e inovador programa Mais Médicos, do Brasil.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Contra o mugido das vacas. No momento em que a Constituição Federal comemora 25 anos de existência, se ouve o mugido das vacas, o relincho dos cavalos e o trote das mulas que invadem o plenário do Congresso Nacional e se misturam ao zumbido estridente da moto serra.

CAUSA INDÍGINA - Contra o mugido das vacas.
Carlos Augusto de Araujo Dória - BLOG DE UM SEM-MÍDIA - 07/10/2013

Contra o mugido das vacas 

"Os ruralistas não podem confessar aos eleitores que seu objetivo é o lucro, apenas o lucro, nada mais que o lucro. Inventam, então, que estão defendendo 'os interesses nacionais' e classificam como 'anti-Brasil' os que não concordam com eles. Essa é uma velha tática, usada no século XIX, quando o agronegócio da época acusava os que defendiam a abolição dos escravos de representarem interesses estrangeiros". O comentário é de José Ribamar Bessa Freire em artigo publicado no portal do Cimi, 06-10-2013

Eis o artigo.

No momento em que a Constituição Federal comemora 25 anos de existência, se ouve o mugido das vacas, o relincho dos cavalos e o trote das mulas que invadem o plenário do Congresso Nacional e se misturam ao zumbido estridente da moto serra. É possível sentir o bufo agressivo que sai em jatos de ar pelas narinas de parlamentares. Essa é a voz da bancada ruralista formada por 214 deputados e 14 senadores, que querem anular os direitos constitucionais dos índios. Seus "argumentos" são relinchos, bater de cascos, coices no ar e, por isso, não conseguem convencer os brasileiros.

Nas principais cidades do país ocorreram manifestações contra esta ofensiva do agronegócio. Nesta semana, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) organizou Mobilização Nacional em defesa dos direitos indígenas. A parte sadia do país disse um rotundo "não" ao pacote de dezenas de Projetos de Emenda Constitucional (PEC) ou Projetos de Lei Complementar (PLP) que tramitam no Congresso apresentados pela bancada ruralista e pela bancada da mineração.
Esses parlamentares querem exterminar as culturas indígenas não por serem gratuitamente malvados, perversos e cruéis, mas porque pretendem abocanhar as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. Para ampliar a oferta de terras ao agronegócio, lançam ofensiva destinada a mudar até cláusulas pétreas da Constituição. Exibem despudoradamente seus planos em discursos e através da mídia como os artigos na Folha de São Paulo da senadora Kátia Abreu (PSD-TO vixe, vixe), a muuuusa da bancada ruralista e do deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS vixe vixe).

Causa inconfessável

Quase todos os parlamentares da bancada ruralista tiveram suas campanhas financiadas por empresas de capital estrangeiro como Monsanto, Cargill e Syngente, além da indústria de armas e frigorífico, conforme dados da Transparência Brasil. Afinal, é disso que eles vivem, dessa promiscuidade com o capital estrangeiro, sem o qual não poderiam exportar e comprar produtos. Querem agora liberar as terras indígenas para grandes empresas brasileiras e estrangeiras plantarem monoculturas com agrotóxicos, construir barragens no rios e extrair minérios para a exportação.

domingo, 6 de outubro de 2013

PNAD. Você sabia que ficou mais rico? A vida dos brasileiros, em 2012, melhorou em "ritmo chinês", com a renda média crescendo 8,9%. Folha de SP ignorou, pinçando somente dados negativos do levantamento. Ombudsman do jornal, Suzana Singer, denunciou a "trapaça".

"(...)As quatro famílias midiáticas e seus satélites, então, decidiram que havia que usar métodos artificiais para apear do poder aquele grupo político desafiador.

Primeiro, tentaram transformá-lo (Lula) em inventor da corrupção no Brasil. Vendo que a maioria não acreditou, de cerca de um ano para cá as famílias midiáticas mitigaram a gritaria moralista e passaram a apostar na distorção da situação econômica e social do país, crente em seu poder “hipnótico”, com o qual fariam uma nação inteira acreditar que aquele grupo político desafiador a estaria levando à ruína."

"Antes de reproduzir a coluna dessa jornalista que, com sua matéria sobre o tema em questão – publicada na Folha de São Paulo de 6 de outubro de 2013 –, ganhou meu respeito, quero cumprimenta-la, pois fez uma pesquisa aprofundada sobre a trapaça que tanto o jornal em que trabalha quanto o resto da “grande mídia” praticaram mais uma vez."
Eduardo Guimarães.


"Folha destaca apenas dados negativos da Pnad, apesar de a pesquisa ter apontado aumento de renda em 2012A edição que a Folha fez da pesquisa Pnad, que traça anualmente um quadro social do país, é um prato cheio para quem acha que o jornal só publica más notícias. Todos os destaques pinçados no levantamento eram negativos."
SUZANA SINGER

Você sabia que ficou mais rico?
Eduardo Guimarães - Blog da Cidadania - 06/10/2013

Durante a primeira década do século XXI, centenas de brasileiras e brasileiros de todas as idades e regiões do país criaram páginas na internet para denunciar que os meios tradicionais de comunicação (jornais, revistas, rádios, televisões e grandes portais de internet) tentam ludibriar a sociedade a fim de fazerem prevalecer suas preferências políticas.

Em boa parte, são pessoas como este que escreve – sem vinculações políticas ou corporativas de qualquer espécie, movidas, apenas, pela indignação com uma dita “grande mídia” que mente, distorce informações, inventa acusações e exalta grupos políticos e econômicos com fins unicamente particulares, ou seja, de forma a obter lucro para os seus controladores.

sábado, 5 de outubro de 2013

25 anos da Carta Magna. Quem foi Quem na Constituinte de 1988 nas questões de interesse do trabalhadores. DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) deu nota de 0 a 10 aos parlamentares.

Quem foi Quem na Constituinte - nas questões de interesse do trabalhadores - 1988

Fonte: DIAP - Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar

A publicação registra a atuação de cada um dos 573 parlamentares durante o processo de elaboração da Constituição de 1988. Aos parlamentares foram atribuídas notas de zero a dez. As questões fundantes para essa avaliação concentraram-se nas votações de projetos com os seguintes temas: sistema de governo, soberania da economia nacional, democracia participativa, organização sindical, liberdades democráticas, reforma agrária e, sobretudo, direitos sociais dos trabalhadores.

Quem foi Quem na Constituinte - nas questões de interesse do trabalhadores - São Paulo

10,00: LULA
10,00: Jose Genoíno
10,00: Luiz Gushiken
7,00: Geraldo Alckimin
6,25: Mário Covas
5,00: FHC
3,75: José Serra
2,25: Michel Temer

Quem foi Quem na Constituinte - nas questões de interesse do trabalhadores - Minas Gerais

9,00: Itamar Franco
5,00: Aécio Neves

Eleições 2010: compare como votaram Lula, FHC e Serra na Constituinte
DIAP - 13/10/2010

Os tucanos ficam literalmente apopléticos quando se faz comparações entre as gestões de Lula e FHC. Partem para o ataque, apelam, justificam e se irritam quando o debate sucessório segue esse script.

Em política, com todo o desgaste que o processo político-eleitoral sofre entre a população e os eleitores, as propostas dos candidatos, as plataformas - que por razões óbvias não tem como ser detalhadas nos programas do horário eleitoral e nos debates - são parecidas.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Petrobras. Lições de uma sessentona rebelde que nasceu das ruas. Há 60 anos, uma geração de homens e mulheres apostou que o petróleo era necessário ao país.

"Se dependesse das restrições da época e do imediatismo das elites saqueadoras, Getúlio Vargas não teria criado a Petrobrás, naquele 3 de outubro de 1953."

Lições de uma sessentona rebelde
Saul Leblon -Carta Maior - 01/10/2013

Mais que uma empresa de petróleo, a Petrobrás é um marcador incômodo do desenvolvimento brasileiro.

Seus sessenta anos comemorados nesta 5ª feira, 3 de outubro, arguem o país do século 21 com um exemplo de audácia bem sucedida trazida do ciclo anterior.

A implícita capacidade de cobrar o presente com o desassombro de um passado que o pré-sal atualiza e magnifica, talvez seja a principal explicação para a profunda antipatia que a simples menção do seu nome inspira no sistema auditivo conservador.

Mais que antipatia, há um esforço para tornar inaudíveis as perguntas que a sua trajetória enseja.

Por exemplo: como é que uma Nação que teve audácia de se credenciar na corrida do petróleo, num tempo em que isso equivalia a uma maratona de ricos, sofre hoje a duras penas para fazer rodovias?

Ou ampliar portos? Ou ainda, estender dormentes de trens? Rasgar e concretar um simples canal para levar um pouco do São Francisco ao sertão nordestino, que concentra a maior demografia mundial em um regime semi-árido?

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Terra da hipocrisia. Os fanáticos do Partido Republicano paralisam os EUA. O ponto central da divergência é o projeto do SUS americano, que os republicanos não aceitam e querem que seja adiado por mais um ano.

SUS americano paralisa o país
Carlos Motta - Blog Crônicas do Motta - 01/10/2013

Não dá nem para imaginar o que a turma do contra falaria se o que aconteceu nos Estados Unidos tivesse ocorrido aqui no Brasil.

Haveria gente que a esta hora estaria pedindo pena de morte para a presidente Dilma.
Link da foto. ENZO APICELLA
Mas essa semiparalisação do governo americano, por causa da falta de um acordo do Congresso para a ampliação do teto da dívida do governo, para US$ 16,7 trilhões, mostra a que ponto chega uma oposição formada por fanáticos, como essa do Partido Republicano: o ponto central da divergência é o projeto do SUS americano, que os republicanos não aceitam e querem que seja adiado por mais um ano.

O fato é que o presidente Barack Obama perdeu muito tempo pensando nos negócios dos Estados Unidos no mundo, como na maneira de derrubar o colega sírio Bashar Al Assad, que se esqueceu que tem, primeiro, de cuidar de sua casa.

O resultado é esse: uma crise monstruosa, que não tem data para terminar e pode ter resultados catastróficos para a economia interna, com reflexos evidentes para a de outros países.