segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Bob Fernandes: "Tomar o Poder, e salvar seus pescoços. Por isso, diante do mundo, a encenação dessa gigantesca Farsa."

Impeachment: golpe, e farsa, para escapar à Lava Jato

Por Bob Fernandes - Via Facebook e Youtube - 29/08/2016



Pedalada e créditos suplementares são os motivos alegados para o julgamento da presidente Dilma. "Pedalada" foi o subsídio à agricultura no Plano Safra.

Ex-presidentes, governadores, prefeitos fizeram e fazem isso que chamam "Pedalada". Temer "pedalou".

Se na forma em que se deu isso fosse "crime de responsabilidade" deveria valer para todos. Não apenas quando se torna pretexto, e tramado com envolvimento de funcionário do Tribunal de Contas.

Uma gambiarra jurídica para emprestar legalidade a um fim ilegítimo.

Motivos e trama não se sustentam. O que se busca é, com um golpe parlamentar, derrubar a presidente eleita.

Chamam "Conjunto da Obra" o motivo extra-oficial. Que seriam os erros políticos e econômicos cometidos por Dilma.

A Constituição presidencialista não prevê a derrubada de governo por ser ruim. Se e quando medíocre governo quem remove é o eleitor. Nas urnas.

A corrupção provocou protesto de multidões nas ruas e esse seria fator central nesse "Conjunto da Obra".

Depois de 10 anos de acirrado debate no país sobre corrupção, políticos se preparam para afastar quem não é acusada de corrupção pessoal.

Um impeachment iniciado por Eduardo Cunha. Esse sim acusado de grossa corrupção. Assim como tantos dos seus aliados. Isso diante de estrondoso silêncio cúmplice.

Cunha iniciou o impeachment porque Dilma e o PT não lhe deram três votos para salvar o pescoço.

Dilma está sendo julgada antes de Cunha porque isso é parte da tentativa de salvar Cunha. E de evitar o poder de sua língua.

Acusados, citados ou réus por corrupção serem os maiores articuladores do impeachment é uma escancaração.

Com um terço do Senado e Câmara tendo processos para responder na Justiça.

Ter tentado um motivo a cada mês desde a eleição até se chegar às "pedaladas" e demais é prova solar da intenção real.

Há dias a Lava Jato entrou em choque. Risco de não acontecerem delações da OAS e Odebrecht.

Delações que, ao que se noticia, citam não apenas o PT. Envolvem Temer, a cúpula do PMDB, e pessoas ou governos de Serra, Aécio, Alckmin e dezenas de políticos.

Tomar o Poder, e salvar seus pescoços. Por isso, diante do mundo, a encenação dessa gigantesca Farsa.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Xico Sá: "nosso Senado é muito mais criminoso e golpista, a maioria ali nao cometeu apenas uma mentira e uma treta bêbada de posto de gasolina."

GOLPE no posto de gasolina versus GOLPE no Senado

Por Xico Sá - Via Facebook - 19/08/2016

"bora falar de falsa comunicação de crime. Como os nadadores americanos fizeram na Rio 2016 e como os senadores corruptos fazem no processo de golpe parlamentar a essa altura... bora? mas não condenemos assim os nadadores, nosso Senado é muito mais criminoso e golpista, a maioria ali nao cometeu apenas uma mentira e uma treta bêbada de posto de gasolina. Simplesmente os senadores ditos probos roubaram um mandato de uma presidenta eleita com 54 milhões de votos. Gravíssimo. Que toda mídia brasileira tenha o mesmo sentimento nessa hora"

Charge: Renato Aroeira

sábado, 6 de agosto de 2016

Juca Ferreira: "A festa emocionante que vimos hoje estava pronta quando a presidenta foi afastada. É lamentável que tenha sido presidida por um usurpador"

O Brasil democrático driblou o golpe e se mostrou pro mundo.

Por Juca Ferreira - Via Facebook - 05/08/2016 

Foi linda a abertura dos jogos olímpicos. Linda como espetáculo e não ficou devendo nada às aberturas anteriores. Mostrou um Brasil orgulhoso de sua formação miscigenada e de sua diversidade cultural, marcas de nossa posição singular no mundo. Parabéns aos artistas e técnicos que criaram este espetáculo assistido por mais de quatro bilhões de pessoas em todo o Planeta.

Parabéns ao presidente Lula, que acreditou num Brasil livre de complexos de inferioridade, e se empenhou pessoalmente para que pudéssemos fazer um evento com a grandeza desta cerimônia olímpica.

Parabéns à presidenta Dilma Rousseff e toda a sua equipe de governo, que trabalharam para organizar os jogos e proporcionar ao Brasil e ao mundo esta oportunidade única de celebrar as potencialidades humanas expressas no esporte, na arte e na cultura.

A festa emocionante que vimos hoje estava pronta quando a presidenta foi afastada. É lamentável que tenha sido presidida por um usurpador, cujo pálido desgoverno em nada se identifica com a mensagem confiante e generosa com o Brasil e os brasileiros que transmitimos esta noite.

O Brasil desta abertura olímpica é o Brasil democrático. Um Brasil livre, das ruas, de índios, brancos, negros. Um Brasil da cidade e da periferia, dos povos das florestas, da capoeira, dos terreiros. Da diversidade sexual. Brasil que vai de Tom ao funk. De muito samba. É o Brasil de Chico Gil e Caetano, de Elza Soares, D2, Benjor, Paulinho da Viola. Brasil, que se forjou na soma e não na divisão, que desponta do nosso poder criativo, da nossa capacidade de sonhar e da resistência que temos para dar a volta por cima. Este é o Brasil que prevalecerá.

Parabéns Dilma, parabéns Lula e todo o povo brasileiro.
Olimpicamente, ‪#‎ForaTemer‬


segunda-feira, 1 de agosto de 2016

O fascismo de hoje se disfarça de “liberalismo” no plano político e de neoliberalismo no plano econômico.

O FASCISMO E A SUA IMBECILIDADE ILÓGICA

Mauro Santayana - 27/07/2016

(Jornal do Brasil) - Célebre por seus estudos sobre a França de Vichy, Robert Paxton dizia que o fascismo se caracteriza por uma sucessão de cinco momentos históricos: a criação de seus movimentos; o aparelhamento do setor público; a conquista do poder legal; a conquista do Estado; e, finalmente, a radicalização dos fins e dos meios - incluída a violência política - por intermédio da guerra.

O fascismo de hoje se disfarça de “liberalismo” no plano político e de neoliberalismo no plano econômico.

Seu discurso e suas “guerras” podem ser dirigidos contra inimigos externos ou internos.

E sua verdadeira natureza não pode ser escondida por muito tempo quando multidões uniformizadas, quase sempre com cores e bandeiras nacionais, descobrem "líderes" dispostos a defender o racismo, a ditadura, o genocídio e a tortura.

Que, quase sempre, são falsa e artificialmente elevados à condição de deuses vingadores.

E passam a ter seus rostos exibidos em camisetas, faixas, cartazes, por uma turba tão cheirosa quanto ignara, irrascível e intolerante, que os exalta com os mesmos slogans, em todos os lugares.

Repetindo sempre os mesmos mantras anticomunistas toscos, "reformistas" e "moralistas", contra a política e seus representantes - o “perigo vermelho”, a “corrupção” e os “maus costumes”.

Uma diatribe que lembra as mesmas velhas promessas e “doutrina” de apoio a outros "salvadores da pátria” do passado - que curiosamente costumam aparecer em momentos de "crise" aumentados intencionalmente pela mídia, ou até mesmo, a priori, fabricados - como Hitler, Mussolini, Salazar e Pinochet, entre muitos outros.

Não importa que as “bandeiras”, como a do combate à corrupção - curiosamente sempre presente no discurso de todos eles - sejam artificialmente exageradas.

Não importa que, hipocritamente, em outras nações, o que em alguns países se condena, seja institucionalizado, como nos EUA, por meio da regulamentação do lobby e do financiamento indireto, e bilionário, de políticos e partidos por grandes empresas.

Nem importa, afinal, que a Democracia, contraditoriamente, embora imperfeita, aparentemente - por espelhar os defeitos próprios a cada sociedade - ainda seja, para os liberais clássicos, o melhor regime para conduzir o destino das nações e o da Humanidade.

Como ensina Paxton, na maioria das vezes os grupos fascistas iniciais sobrevivem para uma segunda fase, quando, como movimentos ou ainda como mera tendência, discurso ou doutrina - muitas vezes ainda não oficialmente elaborada - passam a se infiltrar e impregnar setores do Estado.

Esse é o caso, por exemplo, de “nichos” nas forças de segurança, no Judiciário e no Ministério Público, que passam então, também, a prestar dedicada "colaboração" ao mesmo objetivo de "limpeza" e "purificação" da Pátria.