segunda-feira, 26 de outubro de 2015

O Desafio do Pré-Sal - Uma aventura para orgulhar o Brasil na Discovery Channel (A TV brasileira não fez nada parecido, como era de seu dever)

Uma aventura para orgulhar o Brasil

Por Fernando Brito · 25/10/2015 - Tijolaço
Produção de óleo e gás da Petrobras no pré-sal ultrapassou 1,1 mi barris/dia

Não é novo, tem quatro anos.

Mas me passou e deve ter passado a muita gente despercebido.

O documentário dirigido por Rodrigo Astiz e Marcello Bozzini, produzido pela Mixer para o Discovery Channel é algo que deve ser assistido e divulgado nestes tempos em que tentam reduzir a Petrobras a um amontoado de corruptos e ineptos.

É a prova que a nossa maior empresa vai sacudir a poeira que alguns de seus ex-integrantes atiraram sobre ela e continuar a ser a grande ferramenta de libertação econômica do Brasil.

Com narrativa técnica que não esconde a emoção dos homens e mulheres que tornaram possível descobrir e explorar em tempo recorde a maior jazida de petróleo do novo século.

Assista, chame a família para ver.

A TV brasileira não fez nada parecido, como era de seu dever.

Mas está aí, jorrando 1 milhão de petróleo por dia e crescendo a cada mês.

Coisa de gente que acredita no Brasil, coisa que irrita os que nos querem eternamente uma colônia.



sábado, 24 de outubro de 2015

A crise atual foi, em considerável medida, construída por grande parte da imprensa brasileira, que possui um papel significativo na formação da opinião e das expectativas dos agentes. No que tange à crise política, os grupos midiáticos não são meros mensageiros.

Não haverá mea-culpa da velha mídia brasileira frente à crise atual?

A crise atual foi, em considerável medida, construída por grande parte da imprensa brasileira.

Róber Iturriet Avila - Carta Maior - 21/10/2015


As presentes crises política e econômica no Brasil são profundas e graves. Elas não podem ser explicadas por fatores isolados. Inúmeras circunstâncias se sobrepuseram para que chegássemos ao momento atual.

Contudo, é possível selecionar um marco analítico de mudança: as jornadas de junho de 2013, pouco mais de dois anos atrás. Naquele período, a avaliação da população brasileira à Dilma Rousseff apresentava 93% entre regular e ótimo. Após as manifestações, houve uma queda abrupta de 30 pontos percentuais a sua aprovação, mesmo que as manifestações não tivessem relação direta com a presidente, uma vez que o objeto de discordância era, inicialmente, o transporte urbano, de competência municipal. A redução de aprovação da presidência da República foi mais oriunda da “percepção” dos fatos do que dos fatos em si.

Os segmentos liberais e conservadores no Brasil foram sagazes em utilizar tal momento de tensão social para desgastar Dilma. A Copa do Mundo, no ano seguinte, teve também uma crítica constante que objetivava transpassar a percepção de que o caos estava instalado no País.

A oposição de frações da sociedade, articuladas nas redes sociais cibernéticas, e os principais veículos de comunicação foram bem sucedidos em manter a popularidade da presidente em baixa. De outro lado, o governo federal não teve habilidade para reverter tal situação.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

O rebaixamento do QI - Mino Carta comenta "confissão" de FHC sobre a Petrobras que não foi manchete nos jornalões da mídia nativa. Resumiu em "pequenas notas" escondidas.

O livro de memórias do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o trecho no qual ele afirma que a "bandalheira" na Petrobras já acontecia em seu governo são o tema da conversa entre o diretor de redação, Mino Carta, e o editor de mídia-online, Lino Bocchini.



Saiba mais:

Editorial
O rebaixamento do QI
Além de política, econômica e social, a crise é a da inteligência
Mino Carta - CartaCapital - 23/10/2015

Proclama a manchete da Folha de S.Paulo de sexta-feira 16: “Delator diz ter repassado R$ 2 mi para nora de Lula”. Texto a justificar o título, retumbante na primeira página, relata que, segundo o lobista Fernando Soares, o Baiano, o dinheiro foi entregue por ele a um amigo de Lula para ser levado à mulher de um dos filhos do ex-presidente, de fato dotado de quatro noras. O tal amigo, apontado como intermediário da operação, nega.

Alto e bom som, como não poderia deixar de ser, o Estadão também na sexta trombeteia: “Baiano diz que amigo de Lula acertou propina de US$ 5 mi”. De novo em cena aquele prestativo amigo, esclarece o texto, capaz de precipitar a manchete, para entregar a grana ao já ilustre Nestor Cerveró e mais dois funcionários da Petrobras.

Nem o Washington Post manifestou tamanha empolgação ao colher as provas do envolvimento de Nixon no Watergate. Pergunto aos meus estupefactos botões em que país dito democrático e civilizado confusas delações premiadas de um lobista, obviamente a carecerem de prova, seriam apresentadas pelos principais jornais com o destaque que lhes foi conferido pelos jornalões paulistas? Respondem em uníssono: Brazil, zil, zil. Algo me preocupa, nesta e outras situações similares, a saber a imediata credulidade de quem lê, pronto a repetir quanto leu qual fosse a sacrossanta verdade.

Há quem observe: contássemos com outra mídia, a opinião pública brasileira seria bem menos enganável. À parte o fato de que tenho dúvidas em relação à expressão opinião pública, em um país de 204 milhões de habitantes onde a Folha de S.Paulo se orgulha de alcançar 20 milhões, graças a cálculos baseados no fator multiplicador. Mas, no fundo, não é este o motivo da minha preocupação. A atual diz respeito, de fato, ao quociente de inteligência (nem ouso falar no espírito crítico) do leitor.

O momento do Brasil dos graúdos, devastado pela insensatez e movido a ódio de classe, favorece o triunfo da sandice e a impossibilidade de um debate justo, honesto, equilibrado. Inteligente. Por exemplo. Em um rompante de coerência, o PT se manifesta contra apolítica econômica do ministro Levy, e a mídia nativa, como sempre fiel do pensamento único, clama contra o engodo.

Ou, por outra, avisa: não se deixem enganar, isto é jogo de cena. Pelo comedido emprego de neurônios, não seria difícil entender que a sinceridade petista, no caso, bate de frente com os propósitos da presidenta. Não há, é solar, o estratagema das cartas marcadas.

Na moldura, se estabelece uma preciosa informação prestada por Fernando Henrique Cardoso em seu livro de memórias. Mereceria, esta sim, muito mais destaque do que lhe foi oferecido pelos jornalões de quarta 21: em 1996, quando presidente, o príncipe dos sociólogos teve sua atenção chamada para a corrupção reinante na Petrobras e deixou de intervir. Invoco a ajuda dos meus perplexos botões: “Mas a Petrobras não era governo também na época de FHC? Ou muito me engano?”

Esta, sim, é incoerência, dizem. Como assim? Recorrem a Justiniano: quem cala consente. Donde, concluo, seria o caso de dar à confissão do presidente tucano o peso devido, do tamanho de um deslize gravíssimo, de uma indiferença criminosa. Seria, retrucam, mas FHC tem poltrona cativa, adamascada, na casa-grande, e a reverência inoxidável da mídia nativa. Sei, sei, resmungo, mas ele também, ao confessar, não nos brinda com uma prova de esperteza. Pode tudo, no entanto.

Susto enorme levei, na manhã da quarta 21, ao tropeçar na manchete do Estadão. Ao vê-la de longe imaginei a eclosão da guerra mundial. Em toda a largura da primeira página, e em duas linhas. Ao lê-la, respirei aliviado, falava de uma das habituais delações destinadas a incentivar a crença no envolvimento de Lula em algum, qualquer, negócio escuso. Tentativa patética, se não estivéssemos no Brazil, zil, zil, ambiente cada vez mais propício ao rebaixamento progressivo do QI.

Nos últimos dias, me peguei diante de duas plateias bastante distintas. Em um debate sobre o excelente livro de Paulo Henrique Amorim, O Quarto Poder, Uma Outra História, em companhia de Laura Capriglione e do próprio autor.

Outra oportunidade tive ao receber o Prêmio Especial Vlado Herzog, que me honra e me comove, mesmo porque aquele assassínio cometido na masmorra do DOI-Codi é perfeito símbolo da violência de uma ditadura feroz e insana, ditadura antes civil que militar, porque nascida nas dependências da casa-grande, de onde saiu a convocação da caserna para a execução do serviço sujo.

Na primeira plateia, falava-se em democratização da mídia. Na outra, em liberdade de imprensa ameaçada. Pontos de vista opostos, ambos equivocados, conforme meus botões, embora o segundo seja ou hipócrita ou francamente néscio. Aqui a plateia acredita que liberdade se completa por si só, sem o corolário da igualdade, de sorte a se tornar, graças a tal ausência, na liberdade dos senhores de contar a história a seu talante.

Quanto à democratização da mídia, não sei o que exatamente significa. Bastaria aplicar por meio de leis específicas o que a Constituição determina com toda clareza contra o monopólio e o oligopólio. Sosseguem, leões: nosso Congresso nunca dará qualquer passo neste rumo. A democracia implica naturalmente uma mídia democrática. Precisaríamos é democratizar o Brasil.
Veja também

FHC sabia de tudo

Em livro de memórias, FHC diz ter sido informado por Benjamin Steinbruch de escândalo na estatal em 1996
CartaCapital - 23/10/2015

Em entrevista à revista alemã Capital, publicada em agosto deste ano, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que o escândalo de propinas em contratos da Petrobras havia começado no governo Lula. Mas Narciso só acha feio o que não é espelho.

No livro Diários da Presidência – volume 1, a ser lançado em 29 de outubro, FHC assume que tinha conhecimento de um esquema de corrupção na estatal em seu primeiro mandato e nada fez para interrompê-lo.

Em seu livro de memórias, o ex-presidente revela ter sido alertado em 1996 sobre um escândalo na Petrobras em um almoço com Benjamin Steinbruch, dono da Companhia Siderúrgica Nacional e indicado pelo tucano para o Conselho da estatal.

“Eu queria ouvi-lo sobre a Petrobras. Ele me disse que a Petrobras é um escândalo. Quem manobra tudo e manda mesmo é Orlando Galvão Filho, embora Joel Rennó tenha autoridade sobre Orlando Galvão.”

Em 1996, Rennó era presidente da estatal e Galvão Filho o presidente da BR Distribuidora. O tucano registrou ainda “que todos os diretores da Petrobras são os mesmos do conselho de administração” e sugeriu a existência de um jogo de cartas marcadas nas decisões da empresa. “São sete diretores e sete membros do conselho. Uma coisa completamente descabida.”

Embora tenha afirmado que havia necessidade de “intervenção” na Petrobras, FHC preferiu não interferir. “O problema é que eu não quero mexer antes da aprovação da lei de regulamentação do petróleo pelo Congresso.”

Esta, sim, é uma informação que mereceria dos jornalões da mídia nativa uma manchete, espaço sempre reservado apenas a acusações contra Dilma e Lula. Os petistas só foram acusados em delações premiadas e não há provas materiais contra eles. Por outro lado, o diário de FHC deixa claro: ele sabia de tudo.


quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Aula de desemprego e queda de salário real indolores. Samuel Pessôa, Professor da FGV, uma das "cabeças" por trás do programa econômico de Aécio Neves para presidência, diz que ficou "super feliz" com uma queda de salário real de 5%.

Disse o economista:
"Aumentar o desemprego é produzir um hiato de produto é um elemento importante da política monetária. Infelizmente a gente ainda não descobriu outra forma de combater a inflação."


"Quanto mais os salários reais caírem, mais rápido e indolor o ajuste vai ser.. Em maio, em junho, fiquei super feliz porque as expectativas estavam mostrando uma queda de salário real de 5%. Economista é um bicho meio ruim, né? Salário real cai e a gente fica feliz".

"Totalmente ruim. Indolor para quem cara pálida", rebateu Belluzzo.


O professor aecista que fica feliz com desemprego e salário baixo…Assista


Fernando Brito - Tijolaço - 21/10/2015

O professor Samuel Pessoa, da Fundação Getúlio Vargas, pode ter todos os méritos acadêmicos.

Tem também o direito de ter atuado como um dos principais assessores econômicos de Aécio Neves, um dos “cabeças” aecistas.

Mas o professor Pessoa há de nos dar o direito de considerar monstruoso o que ele diz em um debate do Instituto Insper, baluarte do pensamento conservador.

Mas dizer que “está feliz” com a queda do nível de emprego e com a redução dos valores dos salários, num país pobre como o Brasil é algo completamente desumano.

Muito mais em alguém comprometido com o conhecimento, com a ciência que, quando não se importa com o sofrimento humano, torna-se abominável.

Reproduzo ao fim do post a cena deplorável num trecho editado do vídeo, que pode ser conferido aqui, na íntegra, com mais de uma hora de duração.

Por sorte, o economista Luiz Gonzaga Beluzzo, presente ao debate, não deixou que isso passasse em branco.


Mas é deprimente ver o ponto a que o credo neoliberal, “mercadista”, é capaz de levar pessoas que têm toda a capacidade de compreender o que venham a ser humanidade ou, pelo menos, compaixão com os que sofrem.

Modestamente, lembro ao professor que Economia é uma ciência social, humana e, portanto, não um fenômeno natural, previamente determinado.

É bom que todos, porém, vejam o que a adoração do bezerro de ouro do mercado é capaz de fazer até com uma mente preparada e com todas as condições de não se tornar cínica.

O pior é que o Professor Pessoa tem consciência do mal.

E fica feliz com ele.



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Assista na íntegra: o fato narrado ocorre a partir do 01:08:30

 


Veja também:
Armínio Fraga Homem Forte de Aécio falando Sobre o Salário Minimo

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Serra ataca novamente: golpe fiscal na democracia brasileira.

Serra ataca novamente!

Por César Locatelli, especial para os Jornalistas Livres - 21/10/2015

Tramita no Senado um Projeto de Resolução que pode levar o país a anos de recessão. O relator, senador José Serra (PSDB-SP), propõe uma redução na dívida pública que pode prolongar a crise econômica por vários anos. O projeto implica enorme redução na capacidade do poder executivo de ajudar a economia a voltar crescer, de fazer investimentos e de continuar os programas para a redução das desigualdades sociais. É imperativo que tenhamos uma ampla discussão e participação do Executivo para uma mudança desse porte. Várias personalidades lançaram um abaixo-assinado com um manifesto: Contra o golpe fiscal na democracia brasileira.

“Como não conseguimos chegar ao poder pelo voto popular, temos de reduzir o poder da presidência.” Esse parece ser o mote de certos personagens de nossa cena política que, de modo similar aos vilões de contos de aventura, passam o tempo a entabular modos “heterodoxos” de vencer. No formato mais espalhafatoso estão tentativas de incriminar e impedir a presidenta; no formato mais dissimulado estão mudanças nas leis para manietá-la. O senador paulista José Serra relata um Projeto de Resolução do Senado que pode ser classificado nesse segundo caso e que, se aprovado, limitará fortemente a ação dos presidentes da República, atual e próximos.


O atual Projeto de Resolução do Senado começou em 2000, quando o presidente Fernando Henrique Cardoso encaminhou ao Senado uma proposta para se estabelecer limites para a dívida consolidada da União, Estados e Municípios. A parte relativa à União não foi apreciada e, portanto, foi arquivada. No início desse ano, o senador paulista solicitou o desarquivamento do projeto e tornou-se seu relator na Comissão de Assuntos Econômicos. Trata-se do Projeto de Resolução do Senado de número 84/2007.

Antes de continuar, precisamos entender três conceitos técnicos usados na contas públicas.

domingo, 18 de outubro de 2015

Dez Mandamentos para o Jornal Nacional - 10 - "Não cobiçarás os 54 milhões de votos que Aécio Neves não teve nas urnas em 2014, nem desejarás que o Brasil vá por água abaixo, até porque nesse naufrágio afundamos todos e nem a arca de Noé vai ajudar o William Bonner e a Renata Vasconcelos. "

Dez Mandamentos para o Jornal Nacional

Por: Eduardo Nunomura e Pedro Alexandre Sanches - Farofafá - CartaCapital - 16/10/2015

O maior, mais assistido e mais comentado noticiário da televisão brasileira vive uma crise sem precedentes. Perde audiência para a novela Os Dez Mandamentos da TV Record. O Jornal Nacional sem audiência é comoBuchecha sem Claudinho. Estamos perplexos. Abaixo, tentamos encontrar soluções para que o Sansão da TV Globo recupere sua credibilidade diante do Golias da emissora do bispo Edir Macedo.

1

Record-X-Globo

Amarás ao Jornalismo de qualidade sobre todas as coisas e acima de todos os desejos mais secretos (ou não) de manipular os fatos. O povo não é bobo e tem todo o direito de escolher as bondades edulcoradas d’Os Dez Mandamentos em vez das maldades em série do Jornal Nacional.

2

Múmia

Não usarás em vão o santo nome do Jornalismo em histórias de cachorros heróis, lorotas de “apesar da crise” e piadinhas “descontraídas” entre apresentadores, só para fazer hora até que a novela bíblica da Record termine e A Regra do Jogo possa começar.

3

jornal

Assistirás ao Fantástico aos domingos, inclusive porque não há Os Dez Mandamentos aos domingos.

4

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Honrarás o voto e a democracia brasileira, em vez de insinuar pela enésima vez que algum impeachment vai acontecer amanhã.

5

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Não matarás os fatos, a reputação de políticos sem provas, nem a inteligência do telespectador Homer Simpson. #NãoSomosRacistas

6

UDN

Não adulterarás as notícias, carregando de tintas as denúncias contra o PT, escamoteando falcatruas do PSDB e do PMDB e disfarçando as imposições de sigilo do governador Geraldo Alckmin.

7

CRb-pL2WEAAAsye

Não roubarás o tempo da trabalhadora e do trabalhador brasileiros, que precisam dormir logo após Os Dez Mandamentos (exceto William Waack), nem falsificarás números de ibope agora que o instituto GfK está na área.

8

protesto-globo-AgA

Levantarás o falso testemunho de Eduardo Cunha (que negava ter conta na Suíça, a terra prometida dos sonegadores) e deixarás de ocultar que a companheira dele, Cláudia Cruz, é ex-apresentadora e garota-propaganda da emissora.

9

extintor-de-incendio-aparece-em-cena-de-os-dez-mandamentos-original

Não desejarás que a mulher do bispo (Os Dez Mandamentosfracasse no Ibope. O povo já decidiu trocar de canal e prefere assistir à novela do extintor no Egito. 😃😃😃😃😃😃

10

bonner-renata-vasconcellos

Não cobiçarás os 54 milhões de votos que Aécio Neves não teve nas urnas em 2014, nem desejarás que o Brasil vá por água abaixo, até porque nesse naufrágio afundamos todos e nem a arca de Noé vai ajudar o William Bonner e a Renata Vasconcelos. #SomosTodosMaju

sábado, 17 de outubro de 2015

Marilena Chaui: “O que é insuportável é que aqueles que lutaram contra o golpe sejam os golpistas de hoje. É uma obscenidade”, declarou, numa referência a FHC.



Chauí: "Os que lutaram contra o golpe de 64 são os golpistas de hoje"

Fernando Taquari para o Valor - 16/10/2015 - Via Contexto Livre

A oposição e o Tribunal de Contas da União (TCU) foram os principais alvos de críticas por parte de intelectuais e acadêmicos que se reuniram nesta sexta-feira no Centro Universitário Maria Antonia, na capital paulista, para debater as consequências de uma tentativa de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

A um auditório lotado, a filósofa Marilena Chaui lembrou do golpe militar de 1964 para criticar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) ao ressaltar que a última vez que esteve no prédio, onde funcionava a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, o tucano a acompanhava em uma corrente para defender o local contra a invasão de militares.

“O que é insuportável é que aqueles que lutaram contra o golpe sejam os golpistas de hoje. É uma obscenidade”, declarou, numa referência a FHC.

“Não podemos admitir que aqueles que sabem o que significa a oligarquia brasileira, a exclusão política, social, econômica e cultural, os que sabem o custo que foi de vidas e ações, se prestem a fazer uma irresponsabilidade histórica desse tamanho”, acrescentou Marilena. Segundo ela, o país está diante de um golpe comandado por figuras que pretendem uma regressão ao período pré-64.

“Temos de um lado a figura do menino bem nascido, bonitinho, que fala às classes médias e urbanas. Temos ainda o homem da Opus Dei (grupo católico ultraconservador) que fala ao conservadorismo das classes urbanas e médias. E nós temos também aquele que fala a linguagem messiânica das igrejas evangélicas”, disse Marilena, sem dar nomes, mas em referência indireta a quadros da oposição, como, pela ordem, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), o governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

A filósofa assinou nesta sexta-feira um documento com críticas à hipótese de impeachment de Dilma com base nas propostas apresentadas pela oposição. O texto também é assinado pelo ex-ministro Paulo Sérgio Pinheiro, o ex-porta-voz da Presidência André Singer, o escritor Fernando de Morais e o jurista Fábio Konder Comparato, entre outros, que consideram não haver base jurídica até o momento para o afastamento da presidente.

Pinheiro ainda colocou em xeque a moral do TCU para julgar a presidente ao ressaltar que trata-se de um tribunal administrativo, que nunca antes na história do Brasil sequer examinou as contas de governos anteriores. “É um playground de políticos fracassados. Quatro dos sete ministros estão sendo processados por crime”, afirmou o diplomata, que foi ministro dos Direitos Humanos e integrou a Comissão Nacional da Verdade.

Já o escritor Fernando Morais observou que as articulações da oposição visam, mais do que determinar o destino de Dilma e do PT, uma mudança no projeto de Estado. “Se eles querem tirar a Dilma só tem um caminho, que é do voto. Temos que deixar claro que no golpe eles não levam. Na mão grande nós não permitiremos”, afirmou Morais, defendendo a necessidade de o núcleo acadêmico unir forças com os movimentos sociais.

A ex-presidente da Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo Margarida Genevois, por sua vez, lamentou o ódio de parte da população contra o governo e o PT. “As pessoas parecem que são nossas inimigas. Ninguém respeita a opinião do outro. Isso é uma coisa nova na nossa sociedade”, enfatizou.

Fernando Taquari
No Valor

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Seguem as demais intervenções disponibilizadas no canal de Artur Scavone  

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Na GloboNews Dalmo Dallari explica porque #NãoVaiTerGolpe e acusa parte da grande imprensa de estimular "uma grande fantasia política"

"Os que foram derrotados em 2014 e até agora não se conformaram... Eles não souberam ganhar e agora não sabem perder. Estão absolutamente inconformados... Existe uma grande fantasia política ... estimulado por uma parte da grande imprensa"

Veja também:

Contra o golpismo, assista a uma aula serena de Dalmo Dallari

Fernando Brito - Tijolaço - 14/10/2015



Na hora em que o impeachment vira artigo de fim de feira, uma espécie de xêpa da passagem de Eduardo Cunha pela presidência da Câmara e pasto de ocasião de uma oposição que não consegue vencer nas urnas, nada melhor que a serena e técnica aula que deu, ontem, o jurista Dalmo Dallari , no programa programa Espaço Público, da TV Brasil.

Em entrevista a Paulo Moreira Leite e a Florestan Fernandes Júnior, Dallari, do alto de seus 83 anos e 60 de carreira, que o tornaram uma das maiores referências do Direito brasileiro, professor emérito da USP e catedrático da UNESCO na cadeira deEducação para a Paz, Direitos Humanos e Democracia e Tolerância, explica que, embora seja um julgamento político, um processo de impeachment não pode se iniciar sem fundamentos jurídicos sólidos, sem que isso caracterize um golpe.

O programa dura uma hora e pode ser visto aqui, mas separei um trecho de seis minutos com as suas explicações, que posto abaixo.



quarta-feira, 14 de outubro de 2015

A Lava-Jato, se não for rigorosamente enquadrada pelos limites da lei, se estabelecerá como uma nova República do Galeão, de Curitiba, ou de Salém.

O BRASIL E A REPÚBLICA DE SALÉM

Mauro Santayana - 13/10/2015 


(Jornal do Brasil) - O Ministro Teori Zavascki retirou da Operação Lava-Jato a investigação de questões relativas à Eletronuclear.

O fez porque o caso envolve o senador Edson Lobão, que tem foro privilegiado.

Mas poderia tê-lo feito também devido a outros motivos. A Eletronuclear não possui instalações no Paraná, nem vínculos com a Petrobras, e não se sustenta a tese, que quer dar a entender o Juiz Sérgio Moro, de que tudo, das investigações sobre o Ministério do Planejamento, relacionadas com a Ministra Gleise Hoffman, à Eletronuclear, Petrobras, hidrelétricas em construção na Amazônia, projetos da área de defesa, da indústria naval, e qualquer coisa que envolva a participação das maiores empresas do país em projetos e programas estratégicos para o desenvolvimento nacional, "é a mesma coisa" e culpa de uma "mesma organização criminosa", estabelecida, há alguns anos, com o deliberado intuito de tomar de assalto o país.

Pode-se tentar impingir esse tipo de fantasia conspiratória, reduzindo a oitava maior economia do mundo - que em 2002 não passava da décima-quarta posição - a um mero bordel de esquina invadido por uma maquiavélica e nefasta quadrilha de assaltantes, quando esse discurso se dirige para a minoria conservadora, golpista, manipulada e desinformada que pulula nos portais mais conservadores da internet brasileira e dá um trocado para a faxineira bater panela na varanda do apartamento, quando começa a doer-lhe a mão.
Mas essa tese não "cola" para qualquer pessoa que tenha um mínimo de informação de como funciona, infelizmente, o país, e sobre o que ocorreu com esta Nação nos últimos 20 anos.

Operação caracteristicamente midiática, alimentada a golpe de factoides, da pressão sobre empresas e empresários - até mesmo por meio de prisões desnecessárias, e, eventualmente, arbitrárias - e de duvidosas delações premiadas, a Lava-Jato, se não for rigorosamente enquadrada pelos limites da lei, se estabelecerá como uma nova República do Galeão, de Curitiba, ou de Salém.

Uma espécie de Quinto Poder, acima e a
lém dos poderes basilares da República, com jurisdição sobre todos os segmentos da política, da economia e da sociedade brasileira, com um braço doutrinário voltado para obter a alteração da legislação, mormente no que diz respeito ao enfraquecimento das prerrogativas constitucionais, entre elas a da prisão legal, da presunção de inocência, da apresentação de provas, que precisa produzir, para uma parcela da mídia claramente seletiva e partidária, sempre uma nova "fase" - já lá se vão 19 - uma nova acusação, uma nova delação, para que continue a se manter em evidência e em funcionamento.

Tudo isso, para que não se perceba com clareza sua fragilidade jurídico-institucional, exposta na contradição entre a suposta existência de um escândalo gigantesco de centenas de bilhões de reais, como alardeado, na imprensa e na internet, aos quatro ventos, que se estenderia por todos os meandros do estado brasileiro, em contraposição da franca indigência de provas robustas e incontestáveis, reunidas até agora, e do dinheiro efetivamente recuperado, que não chega a três bilhões de reais - pouco mais do que o exigido, em devolução pela justiça, apenas no caso do metrô e dos trens da CPTM, de São Paulo.

Uma coisa é provar que dinheiro foi roubado, nas estratosféricas proporções cochichadas a jornalistas - ou aventadas em declarações do tipo "pode chegar" a tantos bilhões - dizendo em que contrato houve desvio, localizando os recursos em determinada conta ou residência, mostrando com imagens de câmeras, ou registros de hotel, e listas de passageiros, que houve tal encontro entre corruptor e corrompido.

Outra, muito diferente, é, para justificar a ausência de corrupção nas proporções anunciadas todo o tempo, estabelecer aleatoriamente prejuízos "morais" de bilhões e bilhões de reais e nessa mesma proporção, multas punitivas, para dar satisfação à sociedade, enquanto, nesse processo, que se arrasta há meses, caminhando para o segundo aniversário, se arrebenta com vastos setores da economia, interrompendo, destruindo, inviabilizando e transformando, aí, sim, em indiscutível prejuízo, centenas de bilhões de reais em programas e projetos estratégicos para o desenvolvimento e a própria defesa nacional.

Insustentável, juridicamente, a longo prazo, e superestimada em sua importância e resultados, a Operação Lava-Jato é perversa, para a Nação, porque se baseia em certas premissas que não possuem nenhuma sustentação na realidade.

A primeira, e a mais grave delas, é a que estabelece e defende, indiretamente, como sagrado pressuposto, que todo delator estaria falando a verdade.

Alega-se que os réus "premiados", depois de assinados os acordos, não se arriscariam a quebrar sua palavra com a Justiça.

Ora, está aí o caso do Sr. Alberto Youssef, já praticamente indultado pelo mesmo juiz Moro no Caso do Banestado, da ordem de 60 bilhões de reais, para provar que o delator premiado não apenas pode falar o que convêm, acusando uns e livrando a cara de outros, como continuar delinquindo descaradamente - por não ter sido impedido de seguir nos mesmos crimes e atividades pela Justiça - até o ponto de, estranhamente, fazer jus a nova "delação premiada" mesmo tendo feito de palhaços a maioria dos brasileiros.

A segunda é a de se tentar induzir a sociedade - como faz o TCU no caso das "pedaladas fiscais", que vêm desde os tempos da conta única do Banco do Brasil - a acreditar que toda doação de campanha, quando se trata do PT, seria automaticamente oriunda de pagamento de propina de corrupção ao partido, e que, quando se trata de legendas de oposição - mesmo que ocupem governos que possuem contratos e obras com as mesmíssimas empresas da Lava-Jato - tratar-se-ia de doações honestas, impolutas e desinteressadas.

Corrupção é corrupção. E doação de campanha é doação de campanha. Até porque as maiores empresas e bancos do país, que financiam gregos e troianos, o fazem por um motivo simples: como ainda não possuem tecnologia para construir uma máquina do tempo, nem para ler bolas de cristal, elas não têm como adivinhar, antes da contagem dos votos, quem serão os partidos vitoriosos ou os candidatos eleitos em cada pleito.

Se existe suspeição de relação de causa e efeito entre financiamento de campanha e conquista de contratos, simples.

Em um extremo, regulamente-se o "lobby", com fiscalização, como existe nos Estados Unidos, ou, no outro, proíba-se definitivamente o financiamento empresarial de campanha por empresas privadas, como está defendendo o governo, e não querem aceitar os seus adversários.

O que não podem esperar, aqueles que escolheram, como tática, a criminalização da política, é que a abertura da Caixa de Pandora, ao menos institucionalmente, viesse a atingir apenas algumas legendas, ou determinados personagens, em suas consequências, como é o caso do financiamento privado de campanha.

Vendida, por outro lado, como sendo, supostamente, uma ação emblemática, um divisor de águas no sentido da impunidade e de se mandar um recado à sociedade de que o crime não compensa, a justiça produzida no âmbito da Operação Lava-Jato está, em seus resultados, fazendo exatamente o contrário.

Quem for analisar a última batelada de condenações, verá que, enquanto os delatores "premiados", descobertos com contas de dezenas de milhões de dólares no exterior, com as quais se locupletavam nababescamente, gastando à tripa forra, são liberados até mesmo de prisão domiciliar e vão ficar soltos, nos próximos anos, sem dormir nem um dia na cadeia, funcionários de partido que "receberam", em função de ocupar o cargo de tesoureiro, doações absolutamente legais do ponto de vista jurídico, terão de passar bem mais que uma década presos em regime fechado, mesmo que nunca tenham apresentado nenhum sinal de enriquecimento ilícito.


sexta-feira, 9 de outubro de 2015

"Estão tentando engarrafar o vento para posteriormente provocar uma tempestade" - Senador Requião dá uma aula para os leigos sobre as "pedaladas", a "contabilidade criativa" do governo Dilma - O que nas grandes empresas é chamado de engenharia financeira.

Houve sim uma engenharia financeira, mas não houve crime, ninguém se apropriou de recurso público, a economia não foi afetada, nem o interesse público foi afetado. Muito pelo contrário, o interesse público que se resume, basicamente, na prestação de educação, saúde, na garantia da previdência foi respeitado.
(...)

Esse é o meu relato do que aconteceu. O TCU está julgando e dando parecer sobre o aspecto formal, uma mera formalidade. Tem gente querendo impedir que uma Presidenta eleita democraticamente seja afastada em razão dessa formalidade. É isto que estamos vendo. Não mais e não menos.
(...)

Requião comenta em plenário sobre o "parecer nas contas" pelo TCU

eia Mais:http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,a-dilma-tem-de-enfrentar-o-panelaco-que-lhe-cabe,1736464
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Posicionamento de Delfim Neto sobre o assunto, em entrevista ao Estadão 

Neste mês, o governo vai enfrentar o delicado julgamento de suas contas no TCU, que inclui as pedaladas fiscais. O que o sr. acha disso? 

Qualquer solução fora do regime fiscal institucional, qualquer violação é condenável. Já devíamos ter aprendido isso. Não gosto do que está acontecendo. Que fique claro: houve pedalada, isso é indiscutível. Mas usar as pedaladas para fazer impeachment é golpe. Governo patinar por três anos é melhor do que isso. Achar que isso vai ser igual ao que foi com Collor... não será. As pedaladas vêm desde antes do Fernando (FHC). Todas as contas federais contam com práticas assim.
(...)

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

A Tropa da Elite - Essa gente nunca vai aceitar o fim dos seus privilégios, a redução das desigualdades...

Casa-Grande

Por TARSO CABRAL VIOLIN - BLOG DO TARSO -08/10/2015

Pode chamar de elite branca, de área VIP, reis do camarote, Casa-Grande, aristocracia, nobreza, fidalguia, entre outras denominações.

Essa gente nunca vai aceitar o fim dos seus privilégios, a redução das desigualdades, que seus filhos estudem na mesma instituição de ensino do filho do pobre, pagar impostos, que o Estado não seja seu serviçal, que o Direito não seja sua garantia de manutenção do status quo, direitos trabalhistas que atrapalhem seus negócios, eleições realmente democráticas sem a interferência do dinheiro, empregados que não saibam seu lugar, minorias com voz e direitos garantidos, limitação na propriedade privada, entre outras, segundo eles, aberrações.

A dúvida é se uma sociedade, uma nação, pode sonhar acabar com os privilégios da aristocracia com reformas gradativas, com o fortalecimento lento de suas instituições, ou se em países nos quais não ocorreram revoluções seria essa a única saída.

Sendo por meio de reformas ou revoluções, para quem quer mudar uma sociedade a pergunta que fica: qual deve ser nosso próximo passo?


Bob Fernandes: "Gilmar Mendes - e Dias Tóffoli que a oposição amava odiar - agora jogam juntos. E o TSE, que havia aprovado as contas de campanha de Dilma, reabriu ação que pede a cassação da dupla Dilma /Temer."

Faltou quórum... sobram farsantes, julgamentos, “podridão”, “velhacaria”... 

 Bob Fernandes - Jornal da Gazeta - 07/10/2015

Inspirado por Eduardo Cunha, presidente da Câmara, pela terceira vez o Congresso negou quórum para votar vetos da presidente Dilma às "pautas-bomba".

Aprovadas com apoio do PSDB, DEM, PMDB, entre outros, tais "bombas" acrescentam dezenas de bilhões anuais aos gastos de governo.

Quase os mesmos que aprovaram bombas negaram quórum para votar os vetos. Ação como tantas que buscam expor as fragilidades do governo... e derrubar Dilma.

Gilmar Mendes - e Dias Tóffoli que a oposição amava odiar - agora jogam juntos. E o TSE, que havia aprovado as contas de campanha de Dilma, reabriu ação que pede a cassação da dupla Dilma /Temer.
Já o TCU deve condenar na noite desta quarta, 7, as chamadas "Pedaladas Fiscais". Augusto Nardes foi relator do processo.

Polícia Federal e Procuradoria encontraram indícios de que este meste relator das "Pedaladas",
Nardes, pode ter recebido R$ 1,65 milhão de empresa suspeita de fraude, e da qual já foi sócio.


Os indícios surgiram no rastro da Zelotes, aquela submersa investigação que investiga propinas pagas a integrantes do Conselho da Receita (CARF) e consequentes prejuízos estimados em R$ 19 bilhões.

A empresa que teve Augusto Nardes como sócio chama-se... "Planalto Soluções e Negócios".

A propósito. Procuradores suíços revelaram ter avisado a Eduardo Cunha:
-Já sabem das suas contas e milhões na Suíça

Cunha nega. Sibá Machado, líder do PT, espera "provas". Carlos Sampaio, líder do PSDB, dá o "benefício da dúvida" ao grande aliado Eduardo Cunha.

Alberto Goldman, vice-presidente do PSDB, decretou: "Cunha é carne morta".

E Joaquim Barbosa - ex- presidente do Supremo que governistas amavam odiar- tuitou:
-Contra o presidente de uma das Casas do Congresso há acusações de crimes graves, mas ele é apoiadíssimo pelo PSDB. Dá pra levar a sério essa gente? Não dá, né?

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Tamires Sampaio: "Lugar de racista não é no Mackenzie, é no presídio" - Primeira pessoa negra a presidir o Centro Acadêmico de Direito do Mackenzie, responde à mensagem racista encontrada em um banheiro do Mackenzie: "lugar de negro não é no mackenzie é no presídio"

Lugar de racista não é no Mackenzie, é no presídio. 



Novamente um recado covarde, escrito nas paredes, dessa vez foi no banheiro do Prédio 3, que é o prédio dos Estudantes de Direito dos últimos semestres, dentro do campus do Mackenzie.

É difícil pra mim, como estudante negra, desse mesmo prédio, escrever sobre essa imagem, por que ela é a representação do pensamento racista que eu sei que passa na cabeça de muitos que permeiam pelo Mack.

O negro foi historicamente segregado no Brasil, desde a abolição da escravidão, fomos sistematicamente jogados para as periferias; nossos costumes, religião, luta, lazer, tudo que vinha de nós foi criminalizado. Foi determinado um papel e um lugar para o negro, e coitado do que tentasse ultrapassar o limite que nos foi colocado.

Esse processo histórico tornou o racismo estrutural e institucional. Não é à toa que vivemos um genocídio da população negra no nosso país. A carne mais barata do mercado e a mais marcada pelo Estado é a negra.

Acontece que o país mudou, houve uma transformação social grande, os negros passaram a ter acesso a espaços de formação e de poder que historicamente nos foi negado. E isso incomoda os que foram historicamente privilegiados. Muitos não se conformam em ter que dividir os espaços conosco.

Volto novamente a dizer: podem chorar e escrever nas paredes quantas vezes quiser elite, branca, racista, mas vai ter preto na universidade sim!

Nosso lugar é nas melhores universidades do país, nos melhores empregos, nos espaços de formulação e de poder.

No Mackenzie vai ter professor negro, funcionários negros, aluno negros diretores negros, reitores e presidentes de Centro Acadêmico negros sim!

Aqui existimos e resistimos
#AfroMack #CombateORacismo #Mackenzie — em Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

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Imagem CartaCapital: Tamires Gomes Sampaio é a primeira pessoa negra a assumir a diretoria do Centro Acadêmico do curso de Direito da universidade paulistana Mackenzie.
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"Vai ter preto, prounista, bolsista, LGBT, cotista, mulheres, periféricos, nordestinos e povo na universidade SIM.

A universidade vai cada vez mais se popularizar !

Existimos e Resistimos"

Imagem: Facebook de Tamires Sampaio - 25/08/2015

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Vídeo. Wanderlei Silva, ex-lutador de MMA, filiado ao PSDB, critica Dilma por obra parada de responsabilidade do tucano Marconi Perillo. Tico Santa Cruz, em sua página no Facebook, alerta Wanderlei para o erro: "Se liga ai Wanderlei, vamos canalizar nossa indignação para as pessoas certas."

Atleta critica Dilma por obra parada de responsabilidade do governo de Goiás

Fabiana Pulcineli - O Popular - 06/10/2015 

Em vídeo postado ontem no Facebook, o lutador de MMA Wanderlei Silva critica a presidente Dilma Rousseff por uma obra parada em Anápolis que é de responsabilidade do governo de Goiás. Embora a placa em frente à construção do Centro de Convenções de Anápolis esteja identificada como do governo estadual, ele aponta o valor da obra e ataca o governo federal.

Saiba mais: Marconi abandona obra do Centro de Convenções de Anápolis

O atleta diz que Dilma esteve no local para inaugurar a obra, que não ficou pronta. "A nossa excelentíssima presidente esteve aqui e teve a cara de pau de inaugurar uma obra totalmente inacabada. Não está nem na metade ainda. É uma prova do desrespeito ao dinheiro público." Ele diz ainda que é mais um exemplo dos "elefantes brancos espalhados pelo Brasil". "Isso é uma vergonha. Isso me revolta", completa.

Dilma nunca foi a Anápolis inaugurar o Centro de Convenções. Pode ser que o lutador tenha confundido com o trecho goiano da Ferrovia Norte-Sul, na mesma cidade, de fato entregue no ano passado, bem antes de entrar em funcionamento.

Apesar de comentários esclarecendo o fato no post do atleta, o vídeo foi mantido no ar e tem mais de 525 mil visualizações e 14 mil compartilhamentos até o momento. Há quem aplauda e sugira que o lutador entre para a política.

A placa da obra informa custo de 112 milhões, vindos do Fundo Estadual de Desenvolvimento de Atividades Industriais (Funproduzir). Na campanha eleitoral do ano passado, a obra foi anunciada pela equipe do governador Marconi Perillo (PSDB) como "praticamente pronta", mas de fato está parada e não há previsão de entrega.

Em março deste ano, a Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop) admitiu que a obra estava paralisada por falta de recursos. O governo havia quitado metade do preço total – cerca de R$ 60 milhões –, mas suspendeu o pagamento por problemas orçamentários.

Não há informações sobre o que Wanderlei veio fazer em Anápolis. Ele tem um contrato de publicidade para uma empresa de suplementos que tem sede no Distrito Agroindustrial (Daia) da cidade.

O blog tentou contato com a assessoria através do e-mail disponível no site do lutador, mas ainda não obteve resposta.

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Ps.   Wanderlei Silva é filiado ao PSDB e gravou vídeo apoiando o candidato Aécio Neves nas eleições de 2014.

Ps.2 Tico Santa Cruz, em sua página no Facebook, alerta Wanderlei para o erro.
"O Lutador Wanderlei Silva gravou um vídeo com informações equivocadas sobre uma Obra no Estado de Goiás. Como pessoa pública, me senti no dever de corrigir e ressaltar algumas questões, porque é um equívoco comum atualmente. Foi compartilhado 19 mil vezes e teve quase um milhão de acessos. Espero ter ajudado.
Se liga ai Wanderlei, vamos canalizar nossa indignação para as pessoas certas.
Abraços."
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segunda-feira, 5 de outubro de 2015

“Mova Seu Dinheiro” (Move Your Money) - Já existe em alguns países um movimento incentivando as pessoas a guardarem suas economias em instituições públicas ou locais e não em bancos privados, cujos donos geralmente são uma única e multimilionária família, os famosos 1%.

Por que tirar seu dinheiro de um banco privado e colocá-lo num banco público (eu fiz isso)

Por Cynara Menezes - Socialista Morena - 05/10/2015
Tem umas coisas na vida que a gente leva no automático, sem parar para pensar se é ou não o melhor caminho. Como sempre fui assalariada, quem escolhia o banco onde eu ia depositar meu dinheiro eram os meus patrões. As contas correntes que tive ao longo da minha carreira são contas funcionais, ou seja, foram abertas para depositar meu salário. Por preguiça ou desinteresse, continuei com elas, mesmo quando deixei de ter (contra a minha vontade, aliás) carteira assinada. E nunca pensei a fundo nesta questão, embora seja uma crítica ferrenha dos bancos e de suas práticas gananciosas – até março passado, quando anunciei a independência deste blog.

Veja tambémNova política do Itaú pode levar a 30 mil demissões (A política do Itaú Unibanco de atender parte de seus clientes por meio de agências digitais pode levar à demissão de até 30 mil funcionários em dez anos.)

Foram os meus leitores que chamaram a atenção: “mas você tem conta no Itaú, um banco privado?”, “quero colaborar com o seu blog, mas me recuso a dar dinheiro para o Itaú”, “por que você não abre uma conta na Caixa Econômica ou no Banco do Brasil?”, “aqui onde moro não tem banco privado, só tem uma lotérica. Por que você não usa a Caixa?” 

Vivendo e aprendendo. De fato, eu, uma socialista, ajudando a engordar o cofre de famílias bilionárias com meu dinheirinho suado, em vez de utilizar nossos bancos públicos, onde o dinheiro volta para mim, como cidadã. Fortalecendo uma empresa privada e não um patrimônio do povo brasileiro… Tsc, tsc, tsc.

Não é só isso: como cliente, eu levo vantagem trocando o banco privado pelo público. Os bancos públicos possuem mais agências no Brasil. As tarifas bancárias nos bancos públicos são mais baratas (para os pacotes de serviços básicos) do que as dos bancos privados. Os menores juros do mercado para empréstimo pessoal, inclusive para cheque especial, são da Caixa Econômica. Muita gente reclama que os bancos públicos ainda não são informatizados quanto os privados, mas isto é uma questão de tempo.



domingo, 4 de outubro de 2015

'Se a operação Lava Jato investigou cartéis de empreiteiras para combinar e manipular preços, uma operação "Plim-Plim" apuraria se houve combinação entre Rede Globo e Ibope na mediçãoo de audiência para manipular preços de anúncios nas últimas décadas – e portanto lucrar abusivamente pelo recebimento de recursos públicos, além de obstruir o acesso à informação pública a parcela significativa da população. Justifica também uma CPI."

Sugestão à PF: uma "Operação Plim-Plim" sobre manipulação de preços dos anúncios

Entrada de outro instituto de medição de audiência de TVs mostra que números da Globo podem ter sido artificialmente turbinados, com consequências sobre as contas públicas que ensejam investigação e CPI

Helena Sthephanowitz - Rede Brasil Atual - 04/10/2015

Contraste sobre audiências de TV levanta suspeitas sobre a "onipresença" da Globo, que pode ter lesado cofres públicos

Os primeiros números da medição por amostragem de audiência televisiva pelo Instituto alemão Gfk mostram diferenças em relação ao Ibope, que detinha o monopólio deste mercado. E as diferenças mostram que os resultados do Ibope eram favoráveis a Rede Globo.

Imagem: Neto Sampaio
Pelo Gfk, a Rede Record tem uma audiência maior às tardes e à noite do que a registrada pelo instituto concorrente. O SBT também é mais assistido nas manhãs e tardes.

SBT e Record sempre questionaram os dados do Ibope. A Globo nunca reclamou. Pior, boicotou a entrada de qualquer concorrente do Ibope no mercado brasileiro. Todas as emissoras pagam ao Ibope pelos serviços de medição da audiência, mas só Record, SBT e Rede TV contratam o instituto alemão.

O mercado de TV aberta, mesmo em crise devido à linha de programação excessivamente oposicionista espantar consumidores, faturou cerca de R$ 33 bilhões apenas no primeiro semestre. A Globo fica com a fatia do leão deste valor. Mas estranhamente se recusa a dividir com as demais emissoras um investimento relativamente pequeno, de cerca de US$ 130 milhões, para trazer outro instituto que dê mais confiança, controle e transparência para os anunciantes neste mercado bilionário.

sábado, 3 de outubro de 2015

Tantas revelações em torno de Eduardo Cunha com suas contas na Suíça, e nenhuma revista semanal o deu na capa.

A morte das revistas semanais brasileiras. 
Por Paulo Nogueira - Diário Do Centro do Mundo - 03/10/2015

Fernando Morais e as capas infames
É a morte do jornalismo semanal. E uma morte infame, desonrosa, suja.
Tantas revelações em torno de Eduardo Cunha com suas contas na Suíça, e nenhuma revista semanal o deu na capa.

Que ele precisaria fazer para ir para a capa da Veja, da Época e da IstoÉ?

A mídia fala tanto em corrupção, e quando aparece um caso espetacular destes finge que não viu.

É uma amostra do que a imprensa sempre faz quando se trata de político amigo: joga a corrupção para baixo no tapete.

Isto se chama manipulação.

O brasileiro ingênuo é, simplesmente, ludibriado. Depois, corre para as redes sociais para vomitar as besteiras que leu na imprensa.

Durante a semana a mesma coisa ocorrera com os jornais. Eles esconderam o caso Cunha.

Fernando Morais comentou as capas logo na manhã de sábado. Notou, com razão, que parte disso é culpa do próprio PT por ter enchido de dinheiro público empresas de mídia que desinformam e não hesitam em sabotar a democracia quando sentem que seus inumeráveis privilégios correm risco.

As capas das revistas semanais e as primeiras páginas dos jornais nestes dias demonstram que, na prática, existe um monopólio na mídia brasileira.

São quatro ou cinco famílias, e na verdade uma só voz.

Por que motoristas paulistanos aceitam bovinamente ficarem engarrafados ao lado daqueles tapumes [obras paradas do monotrilho] mas transformam-se em bestas-feras quando veem um ciclista?

O paulistano malha as ciclovias, mas curte a falta de planejamento do metrô. 
Mauro Donato - Diário do Centro do Mundo - 02/10/2015

Veja também: A “eficiência” de Alckmin: o monotrilho tá atrasado ou já passou? - “Dos 38,6 km de linhas prometidos até 2015, apenas 7,5% foram concluídos.”

Fonte: Haddad Tranquilão
A cada dia fico mais surpreso com o comportamento dos paulistanos. Quer dizer então que para uma trilha urbana simples como uma ciclovia exigem planejamento digno de alemães, precisão milimétrica suíça, organização japonesa. Do contrário fazem uma grita gigante, escandalizam-se, protestam, batem panelas.

Para uma obra complexa e milionária como o metrô não? Não precisa nada disso?

O Tribunal de Contas da União afirmou em relatório pós auditoria que a linha 17-ouro não possuia planejamento e nem mesmo orçamento (!) quando foi aberta a licitação.

Foram metendo a picareta no asfalto e vamos nós. Na maior cidade do país, a mais populosa, com todos os problemas inerentes às megalópoles, tão necessitada de soluções para o transporte público não havia planejamento para um serviço primordial como o metrô.

A linha 17 é mais uma das obras que deveriam estar prontas para a Copa do Mundo mas está completamente parada pela gestão Alckmin. Canteiros abandonados, material apodrecendo, muitos e muitos quilômetros de ruas e avenidas estranguladas por tapumes e cavaletes, piorando sobremaneira o trânsito.

Por que motoristas paulistanos aceitam bovinamente ficarem engarrafados ao lado daqueles tapumes mas transformam-se em bestas-feras quando veem um ciclista?

O trecho teria um custo previsto de R$ 3 bilhões, já está em R$ 5 bi e tudo o que se vê são entulhos. Esse gasto maior, e até agora em boa parte desperdiçado, se somado aos desvios praticados pelo cartel que vinha pilotando os trens há anos, é um escândalo de corrupção midiático. Deveria ser.

O Ministério Público entrou com ação solicitando o ressarcimento de R$ 500 milhões pelos danos causados pelo cartel do metrô. Está cobrando da Alstom, Siemens, Bombardier e mais outras empresas. Sim, cobrando das empresas, como se Alckmin fosse vítima. A cobrança deixou outros promotores fazendo bico pois já tinham costurado um acordo mais barato com as empresas – mais especificamente a Alstom – em troca de não apontarem os agentes públicos beneficiados pelo propinoduto tucano.

O que há de diferente entre este escândalo e o da Petrobras? Por que a culpa recairá apenas sobre as empresas e o governo ficará com o papel de coitado enganado?

Dilma é acusada de negligência. Se não se beneficiou financeiramente do esquema, fez vista grossa, não interferiu, não evitou, cometeu improbidades. Geraldo Alckmin não? Ele não aprovou, não assinou nada? Tudo isso se passou debaixo de seu nariz e ele não viu, não sabia, não ouviu falar. Ninguém quer seu impeachment?

Diariamente acusam Dilma de ter mentido durante a campanha. E Alckmin? Disse que não estava faltando e que não faltaria água de jeito nenhum. Já faltava há muito tempo (obviamente que não nos alienados bairros nobres), continua e continuará faltando. E nada tinha a ver com chuva, era sabido há mais de 15 anos que se obras não fossem feitas chegaríamos a isso. Alckmin não mentiu? Não deve nada? Não irão sugerir-lhe que renuncie?

É muito curiosa essa indignação seletiva.