quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

A praga dos agrotóxicos e a corrupção. Brasil consome 14 agrotóxicos proibidos no mundo. Em 2013 foram consumidos um bilhão de litros de agrotóxicos no País – uma cota per capita de 5 litros por habitante e movimento de cerca de R$ 8 bilhões no ascendente mercado dos venenos.

A PRAGA DOS AGROTÓXICOS E O VENENO DA CORRUPÇÃO
Mauro Santayana - 27/02/2014 

(JB) - O Portal IG informa que, no ano passado, o Brasil consumiu um bilhão de litros de agrotóxicos, ou cinco mil mililitros de substâncias que podem provocar, entre outras doenças, de câncer a problemas neurológicos, por habitante.

Detemos, hoje, o assustador título de maiores importadores de agrotóxicos do planeta, entre eles, quatorze substâncias mortais já proibidas em outros países, que têm sido livremente usadas no Brasil.

Veja também: Agrotóxico contamina leite materno
Algumas delas aparecem na esmagadora maioria das amostras de leite materno e de urina da população de Lucas do Rio Verde, uma das capitais brasileiras do agronegócio, município no qual se usa, por ano, 136 litros de veneno por habitante, e no qual já houve surtos de contaminação aguda de crianças e idosos em 2007.

Mas, mais grave ainda: segundo a matéria, a Presidência da República teria aprovado uma portaria, no final do ano passado, dando exclusividade ao Ministério da Agricultura – sem ouvir a área ambiental – para decretar emergência fitossanitária ou zoossanitária, permitindo em tese a utilização diferenciada, ou sem licença prévia, de substâncias proibidas, nos casos em que ataques de pragas estejam prejudicando seriamente a agricultura ou a economia nacional.

Essa situação – que facilita a entrada de novos agrotóxicos no Brasil - foi tema de uma carta aberta à população e a outras instituições, por parte da Fundação Osvaldo Cruz, chamando a atenção para o forte lobby do agronegócio no Governo, e para a ameaça dos agrotóxicos para a saúde e o meio ambiente no Brasil.

Mas o problema não é apenas político. A Polícia Federal teria aberto inquérito – a pedido de um ex-funcionário da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que hoje trabalha na FIOCRUZ, Luiz Claúdio Meirelles - para investigar a ocorrência de fraude e corrupção no setor de toxicologia da ANVISA.

Em 2013, brasileiros sonegaram R$ 415 bilhões em impostos. Valor é igual a 10% do PIB do país. É maior, com muita sobra, do que a soma dos orçamentos da Educação, Saúde, Ciência e Tecnologia...

Bob Fernandes/ Em 2013, brasileiros sonegaram R$ 415 bilhões em impostos


Bob Fernandes - Jornal da Gazeta - 26/02/2014

Os brasileiros sonegaram R$ 415 bilhões em impostos no ano passado. Todos os tributos devidos e não pagos pelos brasileiros, e inscritos na Dívida Ativa da União, já passam o R$ 1 trilhão e 300 milhões.

Cobertos de razão, cobramos governos municipais, estaduais e o federal. Talvez valha a pena refletir também sobre responsabilidades coletivas e individuais.

O estudo sobre sonegação é do Sinprofaz - Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional.

Sonegação de R$ 415 bilhões é igual a 10% do PIB do país. É maior, com muita sobra, do que a soma dos orçamentos da Educação, Saúde, Ciência e Tecnologia...

Existem, claro, motivos vários para tanta sonegação. Desde a falta de mão de obra para fiscalizar até o injusto sistema de tributação. Sistema regressivo, que penaliza os mais pobres e favorece os mais ricos.

A carga de impostos em relação ao PIB é de 36%. Mas, como o grosso disso é de tributos sobre produtos e serviços, paga mais quem tem menos.

No Brasil, quem ganha até 2 salários mínimos paga, no geral, tributos de 49% . Quem ganha até 20 salários, paga 26%. E assim por diante. Menos ganha, mais paga.

Com os tributos, uma água mineral em aeroporto, por exemplo, custa R$ 4. O peso é diferente para quem ganha 2 e para quem ganha 20 salários mínimos.

O "impostômetro" conhecido não explicita quem paga o quê. Quem sabe não é o caso de um "impostômetro" esmiuçando o que os mais pobres pagam em PRODUTOS e serviços?

Já a grande sonegação se dá na Pessoa Jurídica dos mais ricos. Sonegação encoberta por mecanismos sofisticados.

O apelido dado a isso costuma ser "planejamento tributário", como diz Heráclio Camargo, presidente do Sinprofaz.

Sonegação no ISS, Cofins, PIS, mas especialmente nos tributos sobre Pessoa Jurídica. Sonegação quem tem saída legal, abrigo e sede nos paraísos fiscais.

A carga tributária do Brasil é semelhante à da Alemanha. O problema está na contrapartida, diferente e muito melhor na Alemanha. E está no injusto imposto regressivo.

Mexer nesse sistema significaria enfrentar os que podem muito e pagam pouco, ou quase nada diante do que poderiam e deveriam pagar.

Com R$ 415 bilhões sonegados em um ano, e R$ 1 trilhão e 300 milhões devidos e não pagos, há muito para ser feito. E muito para debate e reflexão.

A saída mais fácil é discutir a tributação pelo volume, 36% do PIB, e não pelo que tem de injusta. Ou fazer de conta que problema são os R$ 24 bilhões do Bolsa-Família.

Esses R$ 24 bilhões socorrem 14 milhões de famílias; são, em média, R$ 152 por pessoa. Para cidadãos sem acesso a planejamentos que permitem a sonegação de R$ 415 bilhões em um ano.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Hildegard Angel. A ditadura militar aboletou-se no Brasil, assentada sobre um colchão de mentiras ardilosamente costuradas para iludir a boa fé de uma classe média desinformada, aterrorizada por perversa lavagem cerebral da mídia, que antevia uma “invasão vermelha”, quando o que, de fato, hoje se sabe, navegava célere em nossa direção, era uma frota americana.

NESTE MOMENTO EM QUE UM GOLPE RONDA UM PAÍS VIZINHO, É MEU DEVER DIZER AOS JOVENS O QUE É UM GOLPE DE ESTADO
Hildegard Angel - 20/02/2014

Neste momento extremamente grave em que vemos um golpe caminhar célere rumo a um país vizinho, com o noticiário chegando a nós de modo distorcido, utilizando-se de imagens fictícias, exibindo fotos de procissões religiosas em Caracas como se fosse do povo venezuelano revoltoso nas ruas; mostrando vídeos antigos como se atuais fossem; e quando, pelo próprio visual próspero e “coxinha” dos manifestantes, podemos bem avaliar os interesses de sua sofreguidão, que os impedem de respeitar os valores democráticos e esperar nova eleição para mudar o governo que os desagrada, vejo como meu dever abrir a boca e falar.

Dizer a vocês, jovens de 20, 30, 40 anos de meu Brasil, o que é de fato uma ditadura.


Se a Ditadura Militar tivesse sido contada na escola, como são a Inconfidência Mineira e outros episódios pontuais de usurpação da liberdade em nosso país, eu não estaria me vendo hoje obrigada a passar sal em minhas tão raladas feridas, que jamais pararam de sangrar.

Fazer as feridas sangrarem é obrigação de cada um dos que sofreram naquele período e ainda têm voz para falar.

Alguns já se calaram para sempre. Outros, agora se calam por vontade própria. Terceiros, por cansaço. Muitos, por desânimo. O coração tem razões…

Eu falo e eu choro e eu me sinto um bagaço. Talvez porque a minha consciência do sofrimento tenha pegado meio no tranco, como se eu vivesse durante um certo tempo assim catatônica, sem prestar atenção, caminhando como cabra cega num cenário de terror e desolação, apalpando o ar, me guiando pela brisa. E quando, finalmente, caiu-me a venda, só vi o vazio de minha própria cegueira.

Meu irmão, meu irmão, onde estás? Sequer o corpo jamais tivemos.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Modelão dos golpes da CIA, da Guerra Fria, de volta à cena. Depois de ter ajudado a fomentar uma rebelião na Ucrânia, contra o governo democraticamente eleito do presidente Viktor Yanukovych, o aparelho de propaganda de Washington está focado na Venezuela.

LINK IMAGEM: SANGUE LATINO
Modelão dos golpes da CIA, da Guerra Fria, de volta à cena
20.02.2014 - Pravda - 19/2/2014, Wayne Madsen, Strategic Culture

A maior quantidade de entusiastas do status quo pode ser encontrada na sede da Agência Central de Inteligência dos EUA [tão secreta que o nome jamais é traduzido], a conhecida CIA, em Langley, Virginia. Com muitas nações em todo o mundo tentando livrar-se das garras políticas, militares e financeiras de Washington, a CIA está voltando a recorrer ao velho manual, para lidar com governo recalcitrantes.

Depois de ter ajudado a fomentar uma rebelião na Ucrânia, contra o governo democraticamente eleito do presidente Viktor Yanukovych, o aparelho de propaganda de Washington - centralizado na organização National Endowment for Democracy (NED), na Agency for International Development (USAID) e no Instituto Sociedade Aberta [Open Society, OSI] de George Soros - está focado na Venezuela.

A Venezuela identificou três funcionários da embaixada dos EUA em Caracas, que estavam em contato com manifestantes da oposição e ajudando a planejar tumultos antigoverno por todo o país. Os três "funcionários consulares" dos EUA - Breann Marie McCusker, Jeffrey Gordon Elsen e Kristopher Lee Clark - foram expulsos do país, pelo governo da Venezuela. Em outubro passado, o país expulsou outros três diplomatas dos EUA - chargés d'affaires Kelly Keiderling, David Moo e Elizabeth Hoffman - também por estarem ajudando a promover agitação interna no país. Os seis supostos diplomatas trabalhavam em atividades frequentemente associadas aos agentes da CIA, como "serviço clandestino oficial".

Exatamente como no caso do embaixador dos EUA em Kiev, Geoffrey Pyatt, e da secretária de Estado assistente para Assuntos Europeus e notória visitante boca-suja Victoria Nuland, que se encontraram com líderes da oposição ucraniana para ajudar a planejar os protestos antigoverno, os diplomatas norte-americanos em Caracas foram acusados de estar trabalhando ao lado do grupo de oposição reunido em torno de Leopoldo Lopez, o agente de interesses de empresas norte-americanas treinado em Harvard. O governo venezuelano descobriu que Lopez, como outro líder da oposição venezuelana, Henrique Capriles Radonski, recebem apoio financeiro clandestino da CIA, que lhes chega através de NED e USAID, para planejar protestos e ações de sabotagem contra o governo eleito da Venezuela.

Já se conhecem os laços que unem o partido Voluntad Popular de López e organizações associadas ao ex-presidente da Colômbia Alvaro Uribe, da direita pró-Israel, com pegadas óbvias da CIA e de narcoterroristas; nesse caso, o dinheiro chega ao partido de Lopez por ONGs colombianas mantidas por George Soros e Uribe, como a Fundación Centro de Pensamiento Primero Colombia [Fundação Centro de Pensamento Primeiro Colômbia] e Fundación Internacionalismo Democratico [Fundação Internacionalismo Democrático].

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

O reacionário está na moda. Não há veículo da grande imprensa que não tenha hoje um ou mais comentaristas dispostos a tirar o espectador da ‘zona de conforto’, e destilar o mais profundo catastrofismo, enquanto estimulam a ira e desprezam a dignidade humana em nome de uma hipotética Constituição de um único artigo: a liberdade de expressão absoluta.

O reacionário está na moda

Link da imagem 
Marcelo Semer - Blog Sem Juízo - 19/02/2014

Tamanha reação do conservadorismo extremo pode indicar que o país anda no caminho certo.

Não foi surpresa que logo após o comentário em que deu status de legítima defesa a justiceiros, a jornalista Rachel Sheherazade tenha tido a oportunidade de escrever artigo no espaço mais nobre de um grande jornal.

Foi vociferando a altos brados, contra todas as formas de ‘esquerdismo’, sem sutilezas nem decoros, que Reinaldo Azevedo ganhou o status de colunista nesse mesmo diário.

Lobão foi guindado a uma revista semanal depois que minimizou a tortura dos anos de chumbo, desprezando quem se disse vítima por ter tido “umas unhazinhas arrancadas”.

Diogo Mainardi pulou da revista para a TV a cabo, apelidando semanalmente o presidente de anta.

Até humoristas que se orgulham de ser politicamente incorretos, sobretudo com o mais vulnerável, vêm emplacando programas próprios na telinha.

Se alguém ainda tinha dúvidas, elas estão sendo dissipadas: o reacionário está definitivamente na moda.

Não há veículo da grande imprensa que não tenha hoje um ou mais comentaristas dispostos a tirar o espectador da ‘zona de conforto’, e destilar o mais profundo catastrofismo, enquanto estimulam a ira e desprezam a dignidade humana em nome de uma hipotética Constituição de um único artigo: a liberdade de expressão absoluta.

Tamanha reação do conservadorismo extremo, pelos novos ícones da classe média, poderia indicar que, de alguma forma, o país anda no caminho certo.

Nenhuma redução de desigualdade, seja ela econômica, social, racial, de gênero ou orientação sexual, passa incólume à reação. Tradição e privilégios jamais se rendem sem resistência.

Mas há dois componentes neste jogo que complicam a equação e nos aproximam da intolerância.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Darcy Ribeiro, o melhor presidente que o Brasil nunca teve. Um dos maiores desastres que a ditadura militar causou ao Brasil foi ceifar a carreira política do antropólogo Darcy Ribeiro. Ministro da Educação e da Casa Civil de João Goulart

Darcy Ribeiro, o melhor presidente que o Brasil nunca teve
Cynara Menezes - Socialista Morena - 17/02/2014

“Como é que uma nação pode perder o amor por suas crianças? Como elas podem estar soltas no mundo, abandonadas? O Brasil não tem um bezerro abandonado, um cabrito. Um frango qualquer que você encontra, tem dono. Mas tem milhares de crianças abandonadas”, lamenta Darcy Ribeiro no documentário Um Vulcão de Idéias (2007), dirigido para a TV Escola por Isa Grinspum Ferraz.

Darcy Ribeiro em sala de aula - (Foto: Acervo Fundar).
Um dos maiores desastres que a ditadura militar causou ao Brasil, em minha opinião, foi ceifar a carreira política do antropólogo Darcy Ribeiro. Ministro da Educação e da Casa Civil de João Goulart, Darcy teve seus direitos políticos cassados com o golpe. Tragicamente, as ideias que pretendia colocar em prática no governo Jango foram abandonadas –as chamadas reformas de base que ainda hoje fazem falta ao país. Se elas tivessem acontecido, em vez do atraso imposto por um governo fardado, a educação no Brasil seria outra. O Brasil seria outro.

Darcy voltou para cá em 1976, três anos antes da anistia, quando recuperou seus direitos políticos. Com Leonel Brizola, fez o projeto dos CIEPs, escolas em turno integral, realidade em qualquer país desenvolvido, mas não aqui, até hoje. “O Brasil inventou essa bobagem de escola em turnos. As cidades cresceram e em vez de fazer mais escolas, faziam turnos”, critica Darcy. “A escola em tempo integral é a escola do mundo civilizado. Os bobos pensam que eu inventei os CIEPs. É bobagem.” É impossível assistir ao documentário de Isa e não ficar impressionado com as ideias à frente de seu tempo de Darcy, que, um ano antes de morrer, em 1996, imaginem, já falava da internet como “uma coisa prodigiosa, a coisa mais importante que já aconteceu na história humana”.

Quanto mais escuto suas palavras, mais sinto uma saudade irreal do presidente maravilhoso que Darcy teria sido… Lula foi um grande presidente, mas ele deve saber que Darcy seria inigualável, sobretudo como sucessor de Jango. Um presidente com olhar para a terra, para os índios, os negros, para as crianças, para a educação, para o futuro. Para tudo que é preciso mudar no Brasil. Ou será que, por isso mesmo, nunca deixariam?

No início dos anos 1980, quando Darcy e Leonel Brizola falaram em “socialismo moreno”, um socialismo nosso, brasileiro, foram massacrados pelos jornais, ridicularizados. Nem governador do Rio de Janeiro Darcy conseguiu se tornar quando concorreu, em 1986. Imaginem o tamanho da perda: em seu lugar entrou Moreira Franco, apoiado pelas organizações Globo, que fizeram campanha incessante contra Darcy e Brizola. De maneira hipócrita, os mesmos jornais o homenageariam como “grande brasileiro”, “sonhador que chegou ao poder”, “intelectual que fazia” –quando morreu…

Não deixem de assistir ao documentário, é imperdível para quem já conhece e para quem quer conhecer o pensamento deste grande brasileiro. A propósito: hoje, 14 de fevereiro, faz 17 anos que o antropólogo, político e escritor Darcy Ribeiro morreu. Este blog, que se chama Socialista Morena por causa dele, nunca se cansará de homenageá-lo. Viva Darcy!

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Às favas a saúde. A Associação Médica Brasileira, em sintonia com a embaixada dos EUA e aliada à coalizão demotucana, tendo respaldo e torcida da mídia, opera abertamente para destruir um programa de saúde pública emergencial voltado às regiões e contingentes mais vulneráveis do país.

O nome disso é escárnio
Saul Leblon - Carta Maior - 17/02/2014 

O sultanato de jaleco branco trata a saúde como um mercado de camelos; alia-se ao conservadorismo retrógrado e tem na embaixada dos EUA um corredor de fuga.

Algo outrora inescapável do epíteto de um escárnio contra o povo brasileiro está em curso nos dias que correm.

O ruído que provoca -- tanto das fileiras do governo, quanto nas de segmentos que se avocam à esquerda dele-- é incompreensivelmente desproporcional a sua gravidade.

Que as sininhos não badalem e, igualmente, seus carrilhões silenciem, é ilustrativo do fosso existente entre o inflamável alarido anti- Copa bimbalhada nas ruas e a real preocupação com o futuro do país e a sorte da população.

A Associação Médica Brasileira, em sintonia com a embaixada dos EUA e aliada à coalizão demotucana, tendo respaldo e torcida da mídia, opera abertamente para destruir um programa de saúde pública emergencial voltado às regiões e contingentes mais vulneráveis do país.

Não há resguardo das intenções, nem pudor na propaganda da ação.

A entidade que se proclama representante da corporação médica brasileira acolhe e viabiliza deserções de profissionais cubanos fisgados pelo redil conservador em diferentes regiões e municípios.

O Estado brasileiro investirá este ano R$ 1,9 bi em recursos públicos nesse programa, para agregar 43 milhões de atendimentos/ano ao SUS a partir de abril, quando o Mais Médicos atingirá seu efetivo pleno, com mais de 13 mil profissionais em ação, sendo seis mil cubanos.

A embaixada dos EUA no Brasil --em sintonia com a Associação Médica e lideranças dos partidos conservadores--opera abertamente para que não seja assim.
O tripé orienta e encaminha pedidos de vistos especiais, a toque de caixa, para que o maior número de desistentes possa rumar a Miami, onde os espera a estrutura da ‘Solidariedade Sem Fronteiras’.

A ONG de fachada humanitária tem como principal negócio –financiado por recursos orçamentários que a bancada cubana assegura no Congresso-- promover e operar deserções em convênios de saúde firmados entre Havana e 66 países nesse momento.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

A nova era da violência. Whiteblocs devem ser combatidos com a mesma virulência com que combatem a democracia.


"A atual era da violência, patrocinada por ideólogos, jornalistas, blogueiros, ativistas (nova profissão a necessitar de emprego permanente), professores, artistas, em acréscimo aos descontentes hepáticos, testemunha a agregação de múltiplos grupelhos, partidos sem futuro e fascistas genéticos aos tradicionais estimuladores da violência, os proprietários do capital. São algozes anônimos, encapuzados, escondidos nos codinomes das redes sociais, na covardia das palavras de ordem transmitidas a meia boca, no farisaísmo das negaças melífluas.


A nova era da violência
Wanderley Guilherme dos Santos - Carta Maior - 13/02/2014

Autores intelectuais dos assassinatos já acontecidos e por vir são os whiteblocs. Devem ser combatidos com a mesma virulência com que combatem a democracia

Professores universitários do Rio de Janeiro, de São Paulo e outras universidades falam do governo dos trabalhadores como se fosse o governo do ditador Médici, embora durante aquele período não abrissem o bico. Vetustos blogueiros, artistas sagrados como marqueteiros crônicos, jovens colunistas em busca da fama que o talento não assegura, políticos periféricos ao circuito essencial da democracia, teóricos sem obra conhecida e de gogó mafioso, estes são os mentores da violência pela violência, anárquica, mas não acéfala. Quem abençoa um suposto legítimo ódio visceral contra as instituições, expresso em lamentável, mas compreensível linguagem da violência, segundo estimam, busca seduzir literariamente os desavisados: a violência é a negação radical da linguagem. Mentores whiteblocks, igualmente infames.

A era da violência produziu a proliferação dos algozes e a democratização das vítimas. Antes, a era das máquinas trouxe a direta confrontação entre o capital e o trabalho, as manifestações de protesto dirigiam-se claramente aos capitalistas em demanda por segurança no serviço, salário, férias, descanso remunerado, regulamentação do trabalho de mulheres e crianças. Reclamos precisos e realizáveis. Politicamente exigiam o fim do voto censitário, o direito de voto das mulheres, o direito de organização, expressão e manifestação. Exigiam, em suma, inclusão econômica, social e política.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

A revolta da elite. O ódio que o PT desperta na elite é proporcional ao seu sucesso eleitoral e de público.

A revolta da elite
Por Reinaldo Lobo* - Via domtotal - 12/02/214
O ódio que o PT desperta na elite é proporcional ao seu sucesso eleitoral e de público.

Um fenômeno curioso está acontecendo no Brasil. Desde junho do ano passado, uma parte considerável dos manifestantes que saem às ruas para protestar contra a Copa, o governo, os médicos cubanos, o preço do metrô e das passagens de ônibus ou para apoiar os protestos anti-corrupção não são estudantes de esquerda nem mesmo arruaceiros. São pessoas que pertencem à elite econômica, social e cultural do país.

A "doença infantil do esquerdismo" faz o jogo da direita, que também sai às ruas para 
dar vazão à revolta dos privilegiados, esse particular e curioso fenômeno do Brasil atual.
Vários são declaradamente de direita e saem às ruas para dar vazão a uma revolta de privilegiados, pois sentem-se ameaçados pelas políticas sociais e distributivistas da era Lula e Dilma. São os que se incomodam com a presença nos aeroportos de "gente com cara de rodoviária", como sintetizou uma senhora numa fila em Cumbica.

Esses cidadãos, muitas vezes consideravelmente preconceituosos, entoam slogans anti-comunistas, como se estivéssemos ainda no tempo da Guerra Fria. Manifestam ojeriza e muita raiva em relação ao ex-presidente Lula e aos "petralhas", termo cunhado por um de seus ideólogos na imprensa.

Os petistas expressariam tudo o que abominam - a promiscuidade social com a "classe C ou D", sua ascensão aos espaços do consumo em massa e o o perigo de que suas representações na política ou nos movimentos socais tornem-se ainda mais hegemônicas nas escalas do poder. A eles, atribuem os males do Brasil.

Lula é a cara "de rodoviária", mas tornou-se poderoso e com liderança carismática sobre um eleitorado fiel, talvez o mais fiel desde Getúlio Vargas. O ódio e o desprezo que seu nome desperta nos setores de elite é diretamente proporcional ao seu sucesso eleitoral e de público.

Há um movimento eleitoral, neste momento, que consiste em uma união conservadora do tipo "todos contra Lula e Dilma". Após as últimas derrotas dos candidatos da oposição, a persistência de uma certa expansão petista e o conseqüente enfraquecimento da oposição levaram às cordas partidos oposicionistas como o DEM e o PSDB. Hoje tentam desesperadamente ocupar o espaço que lhes foi roubado pelo que chamam de "populismo" e, com desprezo, de "lulo-petismo".

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

A influência da TV aberta na violência difusa. A televisão, chegando onde a escola não chega, está prestando um desserviço à sociedade brasileira, tornou-se um eficiente meio de desagregação moral. Não porque mostra beijos de dois homossexuais, mas porque mostra que os problemas da vida são resolvidos à bala e o valor argentário é o mais relevante!

A influência da TV aberta na violência difusa
Luis Nassif - GGN - 11/02/2014

Criminalista dos mais conhecidos, Antonio Carlos Mariz de Oliveira espantou-se com o nível atual de violência. "Eu entendo a violência do assaltante: ele rouba. Mas e a violência de quem não está sequer praticando crime, mas se torna criminoso de momento, desrespeitando valores? É a banalização do mal. Esse é um problema penal? De repressão? É muito mais grave do que o sistema penal apresenta: é um problema patológico".

A violência difusa tornou-se habitual, nos jogos de futebol, nas manifestações de rua, trazendo mais combustível na fogueira da violência institucionalizada do crime organizado e da polícia.

O país está enfermo. E há muitas causas para essa enfermidade. "Está se assistindo a essa violência incompreensível e nós apenas bradando por cadeias. Que se prenda, mas que se discutam as razões disso".

***

Mariz salienta a responsabilidade da TV aberta na criação desse clima, especialmente os telejornais sensacionalistas. Mas não exime também a imprensa escrita dessa responsabilidade.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Copa 2014. Espantando o complexo de vira-lata e enfrentando as 10 mentiras espalhadas sobre o mundial. Combater as falsas informações é a melhor maneira de provar ao mundo que o Brasil fará não só sua Copa do Mundo, mas a melhor Copa do Mundo da história!

10 mentiras espalhadas sobre a Copa e como enfrentá-las
Pedro Luiz Teixeira de Camargo (Peixe) * - Vermelho - 07/02/2014

Há quase 7 anos, no dia 30 de Setembro de 2007, uma verdadeira algazarra tomou conta do Brasil: era a chance do país do futebol poder realizar de novo uma Copa do Mundo. Passados 64 anos desde a primeira Copa realizada em terras tupiniquins e 36 anos depois da última Copa na América do Sul.

Alegria esta, que passou, ao longo do tempo, a contrastar com o medo e o pânico de realizar tal evento (e propagado com ênfase pela imprensa): Será que damos conta? O que vai ficar para os brasileiros depois da Copa? Como pode um país de terceiro mundo realizar um evento deste porte?

O eterno “complexo de vira latas”, imortalizado por Nélson Rodrigues, sempre paira em qualquer evento de grande porte. Foi assim na Jornada Mundial da Juventude, onde o Rio de Janeiro recebeu muito mais gente e em um espaço menor e não fez feio! E o Rock in Rio? Houve grandes problemas? Por que passaríamos vergonha agora?

A turma “do contra”, deveria repensar suas posições, primeiro porque já fizemos uma Copa do Mundo por estas bandas, e segundo, porque se criaram lendas urbanas de que o evento é inviável. Combater uma por uma com informação e a serviço da verdade, é dever de todos os que acreditam realmente na importância de um evento deste porte. Vamos a eles:

1- “Tem dinheiro pra Copa, mas não tem pra educação”: Esta é uma frase folclórica sem o menor sentido. Tem dinheiro pra Copa e tem pra educação. O evento futebolístico vai consumir 26 bilhões de reais, já para a educação, a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) vai destinar “apenas” R$ 82,3 bilhões no desenvolvimento do ensino. Ou seja, R$ 25,4 bilhões a mais que o valor previsto na Constituição (18% da arrecadação). Fora o FUNDEB que receberá R$ 104,3 bilhões!

Quem em sã consciência pode dizer que falta verba para educação? E não aumentou por conta da Copa do Mundo, isto já estava previsto. Uma verba não tem nada, absolutamente nada a ver com a outra, portanto isto é uma tremenda bobagem, uma mentira deslavada!

2- “O dinheiro da Copa está sendo torrado em estádios”. Outra besteira sem tamanho! Dos 26 bilhões de reais, que estão sendo gastos com tudo, apenas 8 bilhões estão indo para estádios, o resto da verba, está indo praticamente toda para serviços de infraestrutura e formação da mão de obra. Ou seja, 70% do valor não está indo para estádios, mas para buscar melhorias para o próprio cidadão!

Não se pode negar que muitas das obras de transporte (principalmente) estão atrasadas, assim como outras mal saíram do papel, entretanto a culpa por tais situações tem muito mais a ver com os gestores locais que, seja por má vontade política, seja por incompetência administrativa, não conseguiram levar em frente estas obras. Exemplos claros disto são o BRT de Belo Horizonte, o metrô de Salvador e a negligência de Curitiba em ajudar o Atlético PR a adequar seu estádio ao chamado “Padrão Fifa”.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Quem são os que lutam hoje contra o Mais Médicos em cinco capítulos

Quem são os que lutam hoje contra o Mais Médicos em cinco capítulos
Renato Rovai - Revista Forum - 07/02/2014

A turma que quer acabar com o Mais Médicos conseguiu uma heroína. Seu nome Ramona Rodríguez, médica cubana. Ela foi apresentada pelo deputado federal Ronaldo Caiado (DEM-GO) como um troféu de um grupo bastante conhecido da sociedade brasileira. Um grupo que decidiu fazer de tudo para impedir que pessoas que vivem nas periferias das grandes cidades ou nas pequenas cidades brasileiras tenham direito à atendimento médico. Diga-se, em lugares onde nossos doutores se negam a trabalhar.

Mas vamos lá, quem são os que lutam hoje contra o Mais Médicos em cinco capítulos:

1) São os mesmos que lutaram com unhas e dentes contra Bolsa Família e que agora fazem média falando que sempre foram a favor. Veja aqui um vídeo onde o senador Álvaro Dias diz, sem meias palavras, que o Bolsa Família mantém as pessoas na miséria e estimula a preguiça.

2) São os mesmos que sempre se posicionaram contra o aumento do salário mínimo porque, segundo eles, isso levaria várias empresas, municípios e estados brasileiros a quebrarem e geraria desemprego. E que quando eram governo defendiam aumentos de salário mínimo abaixo da inflação. Se quiser checar, olhe aqui.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Paul Krugman. Juros baixos = a eutanásia do rentista = eutanásia do poder opressor cumulativo do capitalista para explorar o valor da escassez de capital. Eles não estão dispostos a aceitar graciosamente sua eutanásia.

"Descrevi em diversas ocasiões como os defensores do dinheiro justo estão constantemente mudando de argumentos – tem a ver com a inflação; não, tem a ver com o funcionamento robusto do mercado; não, tem a ver com estabilidade financeira –, mas sempre com a mesma conclusão: as taxas têm de subir já."

"Bem, o que eu acho que estamos ouvindo são as vozes dos rentistas – e daqueles que, explícita ou implicitamente, trabalham para eles – pedindo seu direito natural a ganhar bons retornos mesmo que o recurso que eles controlam não seja mais escasso, na verdade. Eles não estão dispostos a aceitar graciosamente sua eutanásia." 

A eutanásia do rentista
por Paul Krugman  - CartaCapital - 03/02/2014

O fim do direito natural a bons retornos de capital com juros altos não será aceito graciosamente

Um leitor citou recentemente John Maynard Keynes: “Os principais erros da sociedade econômica em que vivemos são seu fracasso em oferecer pleno emprego e sua distribuição arbitrária e desigual de riqueza e rendas”. É claro que também é uma citação perfeita para nosso tempo. Está no último capítulo da Teoria Geral, o qual definitivamente suporta uma releitura à luz dos debates atuais.

Pois o que Keynes descreve nesse capítulo é basicamente uma condição da estagnação secular – de retornos de investimentos constantemente baixos, combinados com um excedente crônico de poupança. Ele acreditava, em 1936, que essa seria a situação dos negócios durante as décadas seguintes, e é claro que errou nisso. Mas não errou sobre a possibilidade dessa situação, e desde que Larry Summers, o ex-secretário do Tesouro, se revelou um estagnacionista secular algum tempo atrás, a visão de que talvez estejamos nela agora tornou-se corrente dominante.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Hitler teve o apoio de católicos e protestantes. Anticomunismo era provavelmente mais fundamental para a ideologia nazista do que antissemitismo. Muitos alemães estavam com medo do comunismo e viram Hitler como sua salvação cristã. A ameaça dos vermelhos parecia muito real.

Partido Nazista dizia se basear em um 'cristianismo positivo'
Do Blog Paulo Lopes - 03/02/2014


Hitler teve o apoio de católicos e protestantes

por Austin Cline -para About

A impressão generalizada é de que o nazismo era anticristão e que os cristãos eram antinazistas. A verdade é que os cristãos alemães apoiaram o nazismo porque acreditavam que Adolf Hitler tinha sido um presente de Deus para o povo.

A doutrina cristã alemã combinou seus dogmas com o caráter alemão de então de uma maneira única: o verdadeiro cristianismo era alemão e o verdadeiro nazista tinha de ser cristão.

Isso em parte está no programa do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores ou em alemão Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei (NSDAP).

Diz: “Exigimos a liberdade para todas as confissões religiosas, na medida em que elas não coloquem em perigo a existência do Estado ou entrem em conflito com os costumes e os sentimentos morais da raça germânica. O partido, como tal, representa o ponto de vista de um cristianismo positivo, sem estar ligado a uma confissão em especial”.

Esse tipo de cristianismo pregava na época que a religião devia ter um efeito prático na vida das pessoas — um efeito positivo.

Antissemitismo cristão

O antissemitismo era um aspecto importante do Estado nazista, mas os nazistas não o inventaram. Eles se basearam em séculos de antissemitismo cristão e na teologia da comunidade cristã da Alemanha.

Os nazistas acreditavam que o judaísmo era mais do que uma religião, no que foram apoiados por líderes religiosos que lhes forneciam informações sobre batismos e registros de casamento para ajudar na identificação dos judeus convertidos ao cristianismo.

Cristãos anticomunistas

Anticomunismo era provavelmente mais fundamental para a ideologia nazista do que antissemitismo. Muitos alemães estavam com medo do comunismo e viram Hitler como sua salvação cristã. A ameaça dos vermelhos parecia muito real. Os comunistas tinham chegado ao poder na Rússia no final da Primeira Guerra Mundial, além de assumirem momentaneamente o controle na Baviera. Os nazistas também eram intensamente antissocialistas. Eles se opunham ao socialismo tradicional porque se tratava de uma ideologia ateia e supostamente apoiada por intelectuais de origem judaica.

Cristão antimodernistas

A chave para entender a popularidade do nazismo entre os cristãos é que uns e outros condenavam tudo que era moderno.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

O "mensalão" do PSDB mineiro e os direitos fundamentais. Que os erros cometidos contra os petistas não se repitam.

O "mensalão" do PSDB mineiro e os direitos fundamentais
Pedro Etevam Serrano - CartaCapital - 29/01/2014 
Consolidado o erro do "mensalão" do PT se avizinha a possibilidade de erros semelhantes no "mensalão" do PSDB pelo acolhimento de pressão indevida


Quem tem a curiosidade de acompanhar ocasionalmente meus artigos neste espaço sabe de minhas críticas ao julgamento do chamado caso do "mensalão", da ação penal 470. Em apertada síntese entendi que foram mal observados pela Suprema Corte direitos fundamentais de alguns réus, tais como o do juiz natural, do duplo grau de jurisdição, da coerência nos julgamentos e da presunção de inocência.

A razão de tal inobservância é complexa e ainda impossível de se detectar integralmente, mas certamente alguns de seus elementos já se vislumbram, como, por exemplo, a influência poderosa da mídia no julgamento. Esse papel da mídia na pressão sobre os julgadores e no relato do processo trouxe como efeito outro o uso do julgamento para fins políticos.

Em verdade consolidou-se a tendência que nasceu desde o renascimento de nossa democracia, muito por graça histórica do próprio PT, qual seja o uso de expedientes judiciais com fins políticos. Quando na oposição, o PT inaugurou o uso de medidas junto ao MP e ao Judiciário como forma de combate político. Ocorre aqui não a propalada judicialização da política, mas uma politização da justiça.

Até certo ponto de nossa historia recente essa postura rendeu bons frutos para a sociedade, com ampliação dos poderes do MP para proteção das minorias sociais, dos interesses coletivos, do patrimônio público e da moralidade administrativa e o surgimento de ações judiciais próprias para tanto. Esse caminho, contudo, passa a ir por vias obscuras quando ingressa no percurso autoritário na restrição a direitos fundamentais das pessoas. Quando se cria na sociedade um clima de justiçamento que é abraçado pela jurisdição acriticamente, onde todos agentes públicos disputam o papel do Robespierre em falsete da ocasião

Obviamente esse clima passa a ser usado de várias formas por vários interesses de grupos organizados e pessoas proeminentes, de interesses nobres e ingênuos aos inconfessáveis e rasteiros.