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sábado, 7 de dezembro de 2013

Mandela e Fidel Castro

"Dizem que foi o homem que acabou com a odioso "apartheid" sul-africano, o que é uma meia-verdade. A outra metade do mérito cabe a Fidel e a Revolução Cubana, que com sua intervenção na guerra civil angolana selou o destino dos racistas, ao derrotar as tropas do Zaire (hoje República Democrática do Congo), o Exército Sul-Africano e dois exércitos mercenários angolanos organizados, armados e financiados pelo os EUA através da CIA.

Graças à sua heroica colaboração, na qual uma vez mais se demonstrou o nobre internacionalismo da Revolução Cubana, se conseguiu manter a independência de Angola, assentar as bases para a posterior emancipação da Namíbia e disparar o tiro de misericórdia contra o "apartheid" sul-africano.Por isso, interado do resultado da crucial batalha de Cuito Cuanavale, em 23 de março de 1988, Mandela escreveu desde o cárcere que o desfecho do que foi chamado de "a Stalingrado Africana" era "o ponto de inflexão para a libertação do nosso continente, e do meu povo, do flagelo do apartheid".
 Atílio A. Borón, do jornal Página 12, da Argentina

MADIBA (1918-2013)
Blog O ANTI-PIG - 07/12/2012 

Os últimos anos têm nos reservados obituários difíceis de suportar. Ano passado se foram, nos últimos meses, Eric Hobsbawn e Oscar Niemeyer, o estudioso e o artista, o metódico e o gênio, o historiador e o inovador, humanistas que elevaram a dignidade da espécie a qual pertencemos.

Agora, depois do adeus a Hugo Chavez, lamentamos a passagem de Mandela. Nas palavras do presidente sul-africano Jacob Zuma, "Esta nação perdeu um grande filho". Vou além, e digo que o mundo se despediu de um gigante, talvez como os que povoaram a terra no princípio dos tempos. Um colosso em estatura moral.

(...)

Plutarco foi o criador do gênero que conhecemos como biografia. Sua monumental obra, Vidas Paralelas, traz 23 pares de relatos da vida de um grego e a de um romano. A mais conhecida é a que contrapõe Alexandre a Júlio César. Não de hoje, mas é fato que no mundo moderno, há um paralelo entre Mandela e Lula. A origem humilde, na essência de suas respectivas pátrias, a luta contra a legalidade instituída de forma iníqua, a formação de um partido político que representa o povo à margem das decisões e, o principal, a renúncia à vingança como forma de fazer política, apesar das absurdas injustiças que sofreram. Os "grandes interlocutores dos pobres", nas palavras de Bono Vox.