"Dizem que foi o homem que acabou com a odioso "apartheid" sul-africano, o que é uma meia-verdade. A outra metade do mérito cabe a Fidel e a Revolução Cubana, que com sua intervenção na guerra civil angolana selou o destino dos racistas, ao derrotar as tropas do Zaire (hoje República Democrática do Congo), o Exército Sul-Africano e dois exércitos mercenários angolanos organizados, armados e financiados pelo os EUA através da CIA.
Graças à sua heroica colaboração, na qual uma vez mais se demonstrou o nobre internacionalismo da Revolução Cubana, se conseguiu manter a independência de Angola, assentar as bases para a posterior emancipação da Namíbia e disparar o tiro de misericórdia contra o "apartheid" sul-africano.Por isso, interado do resultado da crucial batalha de Cuito Cuanavale, em 23 de março de 1988, Mandela escreveu desde o cárcere que o desfecho do que foi chamado de "a Stalingrado Africana" era "o ponto de inflexão para a libertação do nosso continente, e do meu povo, do flagelo do apartheid"."
Atílio A. Borón, do jornal Página 12, da Argentina
MADIBA (1918-2013)
Blog O ANTI-PIG - 07/12/2012
Os últimos anos têm nos reservados obituários difíceis de suportar. Ano passado se foram, nos últimos meses, Eric Hobsbawn e Oscar Niemeyer, o estudioso e o artista, o metódico e o gênio, o historiador e o inovador, humanistas que elevaram a dignidade da espécie a qual pertencemos.
Agora, depois do adeus a Hugo Chavez, lamentamos a passagem de Mandela. Nas palavras do presidente sul-africano Jacob Zuma, "Esta nação perdeu um grande filho". Vou além, e digo que o mundo se despediu de um gigante, talvez como os que povoaram a terra no princípio dos tempos. Um colosso em estatura moral.
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