segunda-feira, 12 de maio de 2014

Manchete: lucro da Petrobras caiu 30%. E em lugar nenhum: o da Shell caiu 44% e o da Chevron, 27%

Manchete: lucro da Petrobras caiu 30%. E em lugar nenhum: o da Shell caiu 44% e o da Chevron, 27%
Fernando Brito - Tijolaço - 10/05/2014

O ódio da imprensa brasileira à Petrobras não tem tamanho.

O resultado financeiro trimestral divulgado ontem – R$ 5,4 bilhões – só
foi inferior ao de 2013 ( R$ 7,7 bi) porque a empresa provisionou R$ 2,4 bilhões para o pagamento de indenizações de um imenso programa de desligamento voluntário de nada menos que 12% de seus empregados.

Basta somar e ver que, sem isso, seria maior.

Tanto que o lucro operacional no 1º trimestre de 2014 foi de R$ 7,6 bilhões, 8% superior ao do último trimestre de 2013.

A tal queda de produção de 2.552 mil barris de óleo equivalente (petróleo e gás) diários para 2.531 mil é menor do que a produção de um único poço posto em operação quinta-feira, no pré-sal do Campo de Lula (26 mil barris/dia) e só ocorreu porque uma plataforma alugada está sendo substituída por uma própria no campo de Roncador e pela paralisação, por um incêndio, da plataforma P-20 (20 mil barris diários) no campo de Marlim, provocada por um incêndio e já de volta à produção.

Quem entende do negócio sabe que, no lugar de ser decepcionante, o desempenho da Petrobras foi bom e será ótimo nos próximos balanços trimestrais.

Até porque não foi um bom trimestre para as petroleiras.

O lucro trimestral da Shell caiu 44% no trimestre.

O da BP caiu 23%.

Os ganhos no 1° trimestre da Chevron, 27%.

Mas isso não virou manchete lá, porque todos sabem que são oscilações normais na operação de uma empresa petrolífera.


Vira aqui, porque serve à politica eleitoral e, sobretudo para apresentar com um fracasso a mais estratégica empresa brasileira.

Como fazem sempre, seja lá com o que for, com a gasolina barata (ou cara, depende do que convém dizer) e com as operações da empresa.

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