sexta-feira, 10 de junho de 2016

Íntegra da entrevista especial com Dilma Rousseff para TV Brasil com Luis Nassif

Publicado em 9 de jun de 2016
A TV Brasil, em parceria com a Rede Minas, apresentou nesta quinta-feira (9), entrevista gravada com a presidenta afastada, Dilma Rousseff, feita pelo jornalista Luis Nassif.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

O livro “Resistência ao Golpe de 2016” foi organizado por acadêmicos, jornalistas, cientistas políticos, advogados e líderes de movimentos sociais

Livro 'Resistência ao golpe de 2016' nasce movido à indignação

Foi pensando nesse processo que tantas vidas nos custou que o grupo se uniu para usar a arma que tínhamos às mãos. O teclado dos computadores.

Denise Assis - Carta Maior - 31/05/2016



O livro “Resistência ao Golpe de 2016” foi organizado por acadêmicos, jornalistas, cientistas políticos, advogados e líderes de movimentos sociais, que, ao longo da crise, se reuniam para trocar idéias e textos que escreveram. Alguns desses textos foram publicados em blogs, outros poucos em jornais. Participam 100 autores.

A coletânea foi organizada pela coordenadora do Programa de Doutorado em Direito da PUC-Rio, Gisele Cittadino, pela professora de Direito Internacional da UFRJ, Carol Proner, pelo advogado Marcio Tenebaun e o advogado trabalhista Wilson Ramos Filho, e será lançado nesta terça-feira, dia 31 de maio, às 19h, no Teatro Casa Grande, no Leblon, na Zona Sul do Rio, com a presença do ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso.

Alguns autores foram convidados, como o acadêmico da Universidade de Coimbra, Boaventura de Souza Santos, um dos idealizadores do Fórum Social Mundial, e o cientista polítco, Wanderley Guilherme dos Santos. O deputado federal Wadih Damous consta do livro, bem como o deputado Paulo Pimenta.

À medida que a crise se instalava a discussão em torno do tema ficava mais animada e frequente. Wilson Ramos foi quem teve a iniciativa de reunir os textos em livro. Recolheu o material produzido pelo grupo e assim nasceu o compilado de 450 páginas.

Tudo começou quando no dia 4 de março o ex-presidente, Lula da Silva, foi buscado em casa sob forte aparato, por uma operação da Polícia Federal, e conduzido para uma sala especial do Aeroporto de Congonhas, onde foi ouvido coercitivamente. Daquele momento em diante, ninguém mais teve dúvidas. Era o golpe se instalando. Os que viveram tempos sombrios sentiram no ar o cheiro de enxofre. E para quê esperar mais? Quem pôde, em todas as capitais, saiu às ruas, para demonstrar que não, não seria assim, de bandeja.

Por sorte de Lula e nossa, estava no aeroporto o ministro do Supremo Tribunal de Justiça, Marco Aurélio Mello, que impediu que o ex-presidente fosse seqüestrado para Curitiba, conforme revelou depois. Na pista, um avião da Força Aérea Brasileira já o aguardava, de porta aberta, esperando apenas que cochilássemos, para levá-lo espalhafatosamente para Curitiba, onde desceria preso.

Para os que viveram a ditadura, os sinais eram fortes demais para cruzarmos os braços. Para os que não viveram, mas já ouviram de sobra sobre os seus efeitos - que até hoje reverberam na sociedade, vide o desaparecimento de Amarildo – o quadro que se desenhava era muito característico para ser ignorado.

E foi assim, num sem fim de telefonemas, encontros e reuniões, que fomos passando do estado de perplexidade ao espanto, e do espanto à indignação. Daí vieram os atos, as mobilizações, até que nos vimos difamados mundo a fora, com aquele espetáculo deplorável do dia 17 de abril, quando os deputados, qual freqüentadores do programa da Xuxa, mandavam “um beijo pra mamãe, pro papai e pra você”, votando pelo início do processo de impeachment. Una forma grotesca de maquiar o que o mundo chamou de golpe. Isto, sem falar na ode ao torturador, uma afronta aos mortos e desaparecidos na luta pela redemocratização desse país.

Foi pensando nesse processo que tantas vidas nos custou, tanto sacrifício, tantos picos de inflação galopante, tantos anos em que os salários nada valiam, e conseguir um emprego era quase um prêmio, que o grupo se uniu para usar a arma que tínhamos às mãos. O teclado dos computadores.

Naquele momento, era preciso literalmente botar a boca no mundo e gritar aos quatro ventos, como reagiu Chico Buarque, no Largo da Carioca, em ato no dia 31 de março: “Não, de novo não. Não vai ter golpe”. Passamos todos, cada um ao seu estilo, e correndo em raia própria, a denunciar a quebra da institucionalidade democrática que está ocorrendo no Brasil.

Escrevemos. Incansavelmente escrevemos. Denunciamos. Mas diante dos oligopólios da mídia, da vulnerabilidade de um Congresso minado pela corrupção doentia e digna de uma aprofundada investigação, e um Supremo - com honrosas exceções - acumpliciado com os que jogavam abertamente com o presidente do Congresso, Eduardo Cunha, não houve como salvar um modelo de país que tanto nos custou a ser delineado e construído. Um modelo que incluiu mulheres, negros, índios, foi rapidamente varrido para debaixo do tapete onde hoje pisam Temer e sua turma. Interinamente. É bom que se diga.


quarta-feira, 1 de junho de 2016

Do luto à luta” torna-se uma forma de expor o que foi o extermínio realizado por policiais e grupos paramilitares de extermínio ligados à Polícia Militar.

Do Luto à Luta - 10 anos dos crimes de Maio, Documentário sobre as Mães de Maio.

Os Curtas - 01/06/2016


O documentário “Do luto à luta - 10 anos dos crimes de maio” retrata a luta das mães de maio atrás de justiça aos assassinatos ocorridos em maio de 2006. Mostrando a história do movimento e suas conquistas. 

Com a finalidade de compartilhar a memória e luta das mães junto aos órgãos do Estado, “Do luto à luta” torna-se uma forma de expor o que foi o extermínio realizado por policiais e grupos paramilitares de extermínio ligados à Polícia Militar.

Saiba mais:

Mães de Maio - Facebook
https://www.facebook.com/maes.demaio

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Bemvindo Sequeira liga para Juca. "Qualquer senador que tiver vergonha na cara agora, depois desse seu telefonema, não pode votar o impeachment da Dilma"

"Não é nem golpe nem impeachment, é uma puta de uma manobra... pra impedir a Lava Jato, para impedir a investigação, pra impedir todo mundo ir pra cadeia."

Jornal da Gazeta e os áudios do Jucá: "Que tal mudar o slogan de "Governo de salvação nacional" para "Governo do salve-se quem puder"?





A repercussão das conversas entre Jucá e machado foi imediata no congresso. O PSOL entrou com uma representação na procuradoria-geral da república para pedir a prisão de Jucá. O partido alega que o ministro, agora licenciado, tentou atrapalhar as investigações da operação Lava Jato.
Na representação, o PSOL defende que a situação de Jucá é semelhante à do senador cassado Delcídio do Amaral, que acabou preso após ser flagrado tentando obstruir a Lava Jato.
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Aos poucos, vai-se revelando a hipocrisia continental do nosso país. As leis, as instituições, os controles, só servem para os do outro lado, qualquer que seja o lado. Numa tentativa cômica de defesa, Jucá chegou a dizer que a operação lava jato, no PT é uma coisa, mas no governo Temer, é outra !! Dilma não pode nomear Lula ministro, porque o estaria protegendo. Temer nomeou oito citados na lava a jato, além dele próprio. Até hoje tem gente acampada na Avenida Paulista defendendo o impeachment. Mas a mesma polícia de Alckmin que os protege, expulsou um acampamento no alto de pinheiros, contra temer. Que tal mudar o slogan de "Governo de salvação nacional" para "Governo do salve-se quem puder"?

Fonte texto e vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=SRnvaWKyF7c

sábado, 21 de maio de 2016

terça-feira, 17 de maio de 2016

"A extinção do Minc é só a primeira demonstração de obscurantismo e ignorância dada por esse Governo ilegítimo."

Estadão pede texto a Wagner Moura sobre o fim do MinC e se recusa a publicar

Do Blog do Juca, por Wagner Moura: - Via Diário do Centro do Mundo  - 17/05/2016

Escrevi essa resposta-texto para jornalistas do Estado e da Zero Hora que queriam minha opinião sobre a extinção do Minc. O Zero Hora vai dar. O Estado se recusou.

A extinção do Minc é só a primeira demonstração de obscurantismo e ignorância dada por esse Governo ilegítimo.

O pior ainda está por vir.


Vem aí a pacoteira de desmonte de leis trabalhistas, a começar pela mudança de nossa definição de trabalho escravo, para a alegria do sorridente pato da FIESP, que pagou a conta do golpe.

Começaram transformando a Secretaria de Direitos Humanos num puxadinho do Ministério da Justiça.

Igualdade Racial e Secretaria da Mulher também: tudo será comandado pelo cara que no Governo Alckmin mandou descer a porrada nos estudantes que ocuparam as escolas e nos manifestantes de 2013.

Sob sua gestão, a PM de São Paulo matou 61% a mais.

Sabe tudo de direitos humanos o ex-advogado de Eduardo Cunha, o senhor Alexandre de Moraes.

Mas claro, a faxina não estaria completa se não acabassem com o Ministério da Cultura, que segundo o genial entendimento dos golpistas, era um covil de artistas comunistas pagos pelo PT para dar opiniões políticas a seu favor (?!!!).

Conseguiram difundir essa imbecilidade e ainda a ideia de que as leis de incentivo tiravam dinheiro de hospitais e escolas e que os impostos de brasileiros honestos sustentavam artistas vagabundos.

Os pró-impeachment compraram rapidamente essa falácia conveniente e absurda sem ter a menor noção de como funcionam as leis (criadas no Governo Collor!) e da importância do Minc e do investimento em Cultura para o desenvolvimento de um país. É muito triste tudo.

Ontem vi um post em que Silas Malafaia comemorava a extinção “do antro de esquerdopatas”, referindo-se ao Minc. Uma negócio tão ignóbil que não dá pra sentir nada além de tristeza. Predominou a desinformação, a desonestidade e o obscurantismo.

Praticamente todos os filmes brasileiros produzidos de 93 para cá foram feitos graças à lei do Audiovisual. Como pensar que isso possa ter sido nocivo para o Brasil?!

Como pensar que o país estará melhor sem a complexidade de um Ministério que cuidava de gerir e difundir todas as manifestações culturais brasileiras aqui e no exterior?

Bradar contra o Minc e contra as leis (ao invés de contribuir com ideias para melhorá-las) é mais que ignorância, é má fé mesmo.

E agora que a ordem é cortar gastos, o presidente que veio livrar o Brasil da corrupção e seu ministério de homens brancos, com sete novos ministros investigados pela Lava Jato, começa seu reinado varrendo a Cultura da esplanada dos Ministérios… Faz sentido.

Os artistas foram mesmo das maiores forças de resistência ao golpe. Perdemos feio.

Acabo de ler que vão acabar também com a TV Brasil.

Ótimo. Pra que cultura?

Posso ouvir os festejos nos gabinetes da Câmara, nos apartamentos chiques dos batedores de panela, na Igreja de Malafaia e na redação da Veja:

“Acabamos com esse antro de artistazinhos comprados pelo PT! Estão pensando o que? Acabamos a mamata da esquerda caviar! Chega de frescura! Viva o Brasil!”

Trevas amigo… E o pior ainda está por vir.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

"Coup in Brazil" - NYTimes, Guardian, BBC, El País, imprensa alemã, francesa, russa, portuguesa etc... A mídia gringa está batendo pesado.

No Brasil já ecoam panelas e “Fora Temer”. Mundo afora, críticas e deboche.

Bob Fernandes - Via Facebook - 16/05/2016



"Temer não tem legitimidade para conduzir o País..."

Essa é a opinião de Joaquim Barbosa, que presidiu a condenação ao PT no "Mensalão".

Barbosa diz também ter "sinceras dúvidas" sobre "justeza e acerto político do impeachment".


O ministério é só de homens e brancos, e recheado de investigados e citados em crimes.

Vários deles serviram aos governos de Fernando Henrique, Lula e Dilma.

Hélio Bicudo, auxiliar na cobertura à gambiarra jurídica para o impeachment, já lamenta e cobra:

-O povo foi às ruas contra a cleptocracia"; ou seja, um Estado governado por ladrões.

NYTimes, Guardian, BBC, El País, imprensa alemã, francesa, russa, portuguesa etc... A mídia gringa está batendo pesado.

Críticas ao governo afastado, mas os adjetivos duros, e o deboche, reservados aos que afastaram Dilma:

-O grande e orgulhoso Brasil ao lado de Honduras e Paraguai (...) impeachment é falência do Brasil (...) irregular (...) recuo aos velhos tempos...

Segue a pancadaria:

-(...) traída (...) chocantes e ridículos (...) casta política corrupta (...) vexame (...) espetáculo indigno prejudica de forma duradoura instituições e a imagem do país...

Domingo. Quarto dia do interino. Temer no "Fantástico" e panelaços Brasil adentro. Já são outras panelas...

Estilingue agora é vidraça, vidraça torna-se estilingue. Multiplicam-se manifestações e ocupações.

Na concha acústica do Teatro Castro Alves, na Bahia, no Beira-Rio, no Pará, em estádios, escolas, teatros, ruas, nos coros e cartazes pelo país as mesmas fotos e frases:

-...Fora Temer... golpístas...

Em São Paulo, caminhada de 10 mil pessoas. Sem o glamour de transmissões ao vivo e o imã, o chamariz dos helicópteros sobrevoando com "chamadas" desde o início da manhã.

A organização Repórteres Sem Fronteiras rebaixou o Brasil do 58º para 104º lugar em 180 países. E explicou seus motivos:

-Concentração de propriedade dos meios de comunicação (...) fortemente dependentes dos centros de poder político e econômico.

Disse ainda a Repórteres Sem Fronteiras:

-De maneira pouco velada, os principais meios de comunicação incitaram o público a ajudar na derrubada da presidenta Dilma Rousseff.

Mundo afora jornalistas leram tal relatório. E não fizeram de conta não ter lido.

Charge: Renato Aroeira Le Monde Diplomatique Brasil