segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Rolezinho e racismo. Veto a rolezinho, com o respaldo da justiça, consagra o apartheid brasileiro. No shopping JK Iguatemi seguranças fizeram uma triagem para definir quem poderia entrar e quem deveria ficar de fora – no segundo grupo, estariam todos aqueles que tivessem aparência de jovens da periferia, ou seja, pardos ou negros.

Rolezinho e racismo
GGN - BLOG NASSIF - Fábio de Oliveira Ribeiro - 13/01/2014

Esta semana dois países colidiram num Shopping e o resultado foi uma explosão de irracionalidade.

Garotos pobres da periferia de São Paulo (nem brancos, nem bem nascidos), combinaram dar um “rolezinho” no Shopping Itaquera. O resultado foi repressão policial desmedida e cenas que lembram bastante as proporcionadas pelo regime racista da África do Sul antes de Mandela ser eleito presidente http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/01/1396629-video-mostra-pms-agredindo-jovens-em-rolezinho-dentro-no-shopping-itaquera-em-sp.shtml .
Regime Apartheid na África do Sul. Para que ninguém nunca se esqueça! . Mais fotos aqui.
Shoppings são locais privados abertos ao público. Portanto, não devem em hipótese alguma discriminar quem irá ou não adentrar em suas dependências. Quem adentra a um Shopping não pode ser obrigado a consumir, nem deve ser colocado para fora porque resolveu passear com os amigos pelo local. Mas não foi isto o que ocorreu.

O “rolezinho” indesejado dos garotos pobres provocou um verdadeiro Estado de exceção. Uma parte da população brasileira, branca e bem nascida, parece acreditar que eles não deveriam ter direito de ir e vir. Então o “rolezinho” foi brutalmente interrompido, inclusive com anuência do Judiciário paulista http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/01/1396585-shoppings-de-sp-conseguem-liminar-na-justica-para-impedir-rolezinho.shtml .

A CF/88 garante a todos os cidadãos, sem qualquer distinção de raça, credo, cor ou situação econômica, o direito de ir e vir. Portanto, a decisão judicial que implicitamente revogou esta garantia para atender às veleidades racistas e classistas do Shopping é bastante questionável. Idem para o comportamento brutal da PM, cuja função é garantir o exercício dos direitos constitucionais dos cidadãos e não impedir seu exercício como se vivêssemos num regime deapartheid racial, sócio-econômico ou cultural.

A decisão judicial que legitimou a brutal repressão policial no Shopping e cassou o direito de ir e vir dos garotos pobres (nem brancos, nem bem nascidos), expõe uma chaga aberta. No Brasil existem dois países. Um não quer conviver com o outro e deixou isto bem claro ao recorrer à força bruta estatal para discriminar quem pode e quem não deve passear no Shopping.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Cerveja Também é Álcool. Indústria da cerveja chantageia parlamentares para publicidade não ser proibida

Dr. Rosinha: Indústria da cerveja chantageia parlamentares para publicidade não ser proibida
Viomundo - Conceição Lemes - 08/01/2014

A única lei brasileira que estabelece restrições à propaganda de bebidas alcoólicas é a federal nº 9.294, de 15 de julho de 1996, sancionada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

O parágrafo único do seu primeiro artigo diz:
Consideram-se bebidas alcoólicas, para efeitos desta Lei, as bebidas potáveis com teor alcoólico superior a treze graus Gay Lussac.
Em português claro. Essa lei só proíbe publicidade de bebidas alcoólicas que têm 13% ou mais de teor alcoólico em cada 100 ml do produto.

Os vinhos estão nessa faixa. Os destilados — uísque, vodca, cachaça, conhaque, por exemplo — entre 45% e 55% graus. Logo, 45% a 55% de álcool em cada 100 ml.

A lei deixa de fora as cervejas e as bebidas ice.

As cervejas mais consumidas no Brasil têm em torno de 5% a 6% de teor alcoólico em cada 100 ml. Isso significa 5 a 6 graus. As bebidas ice têm teor alcoólico ao redor de 5.

Pois o Ministério Público do Estado de São Paulo, apoiado por várias entidades, quer incluí-las na legislação. Está com a campanha Cerveja Também é Álcool.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

“Estado ineficiente”, mito medíocre Há trinta anos, mídia martela suposta superioridade da iniciativa privada. Vale examinar bases desta crença (e interesses por trás dela)…

LINK: Revista Época 682 - 10/06/2011
"A noção de Estado como local privilegiado de corrupção é sustentada igualmente por preconceitos ideológicos. Na verdade, pode-se afirmar que o Estado pode ser eficiente e o mercado corrupto, não havendo qualquer relação obrigatória entre esses termos. A corrupção do Estado é um problema real que deve ser combatido através de ações de transparência pública e da prestação de contas à sociedade. De acordo com um relatório produzido pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), o Brasil perde de R$ 50,8 bilhões a R$ 84,5 bilhões por ano com corrupção governamental. Entretanto, a corrupção não é exclusividade do Estado. No que se refere a processos de sonegação fiscal, classificado como corrupção privada, uma pesquisa da organização britânica Tax Justice Network aponta perdas muito maiores para o país: 280,1 bilhões de dólares por ano."

“Estado ineficiente”, mito medíocre
Há trinta anos, mídia martela suposta superioridade da iniciativa privada. Vale examinar bases desta crença (e interesses por trás dela)…

Rafael Azzi  - Blog Outras Palavras - CartaCapital - 07/01/2014

[Este é o blog do site Outras Palavras em CartaCapital. Aqui  você vê o site completo]

A ideologia liberal defende a ideia de que a iniciativa privada é capaz de produzir bens e serviços de forma eficiente e barata; enquanto o Estado, considerado ineficiente e corrupto, seria simplesmente um obstáculo ao bom funcionamento do mercado. Trata-se de uma ideologia maniqueísta, pregando sempre a dicotomia Estado ruim versus mercado bom. Em muitos casos, tal percepção discriminatória se mostra de acordo com a realidade e, quando posta em prática por um determinado governo, torna-se uma profecia autorrealizável.

Segundo a mesma lógica, os funcionários públicos são considerados ineficientes e preguiçosos. Trata-se de um preconceito comum e persistente, mesmo diante do fato de que existem funcionários exemplares nos mais variados setores públicos, e de que, em instituições privadas, há empregados que, adaptados à cultura empresarial, conseguem ser premiados mesmo se esquivando do trabalho ou usando de formas pouco éticas.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Iluminando a "aula" de FHC no Estadão de domingo. No artigo "Mudar o rumo", o príncipe dos sociólogos critica a política externa, balança comercial, política do pré-sal para a Petrobras e inflação! Será que ele esqueceu que nos seus últimos quatro anos de governo a inflação foi de 8,9% (1999), 6,0%(2000), 7,7%(2001) e 12,5%(2002)?

Para Fernando Henrique, “mudar o rumo” é “voltar atrás no tempo”
Hayle Gadelha - Blog do Gadelha  05/01/2014


O artigo de Fernando Henrique Cardoso publicado neste domingo ("Mudar o rumo") é de uma ousadia monumental. Começa pela chamada: “a política externa precisa rever seu foco”. Qual foco? Aquele do seu Ministro das Relações Exteriores, que tirou os sapatos para poder entrar nos Estados Unidos? Política de submissão geopolítica? Ficar de braços cruzados enquanto os Estados Unidos espalham bases em torno do Brasil e ficam de olho grande no Atlântico Sul?

Dando continuidade a sua “aula”, FHC escreve:“Para que exportemos mais e para dinamizar nossa produção para o mercado interno, a ênfase dada ao consumo precisará ser equilibrada por maior atenção ao aumento da produtividade, sem redução dos programas sociais e demais iniciativas de integração social”.
Exportemos mais? Nos seus governos, o ano em que exportamos mais foi 2002, com pouco mais de 60 bilhões de dólares. Desde 2005, nunca mais exportamos menos do que 118 bilhões de dólares e em 2013 exportamos mais de 242 bilhões de dólares.

Sobre a participação da Petrobras nos leilões do pré-sal, escreve: “A imposição de que a Petrobras seja operadora única e responda por pelo menos 30% da participação acionária em cada consórcio, somada ao poder de veto dado às PPSA nas decisões dos comitês operacionais, afugenta número maior de interessados nos leilões do pré-sal, reduz o potencial de investimento em sua exploração e diminui os recursos que o Estado poderia obter com decantado regime de partilha”. Como reduz?!? O Estado torna-se sócio, participando diretamente dos ganhos. Além disso, a Petrobras é uma das maiores empresas do mundo, domina como ninguém a exploração em águas profundas e tem realizado um trabalho excepcional para o país. Se ela não serve para essa função, quem mais serviria?

Ataca também a inflação, que, segundo ele, só não estaria fora da meta “porque os preços públicos estão artificialmente represados”. Será que ele esqueceu que nos seus últimos quatro anos de governo a inflação foi de 8,9% (1999), 6,0%(2000), 7,7%(2001) e 12,5%(2002)? Isso apesar das taxas de juros altíssimas: 18,99% (dez/1999), 15,76% (dez/2000), 19,05%(dez/2001) e 24,9% (dez/2002).

Fernando Henrique tem a suprema ousadia de encerrar seu artigo dizendo que a esperança que tem é a da vitória das oposições em 2014. Ou seja, quer sua turma de volta ao poder. Mas para que ninguém perca o rumo por causa dessas loucuras de verão de um ex-presidente, reapresento algumas manchetes da Folha de 3 de março de 1999:

Nesse túnel do tempo ninguém quer entrar. O povo é contra o "meia-volta, volver"" da oposição.

domingo, 5 de janeiro de 2014

Quem ganha com a sabotagem da Copa, acampada por 9 entre 10 colunistas e editorialistas do "Partido da Mídia"? Os políticos sem votos que veem nessas manifestações a única possibilidade de vencerem a eleição presidencial contra a forte candidatura de Dilma Rousseff à reeleição.


"O que o Brasil vai ganhar sabotando sua própria imagem diante do mundo? Nada.
Os investimentos na Copa já foram feitos e não serão desfeitos por nenhuma gritaria. Só o que deixará de ocorrer, se esse movimento aloprado vingar, será a recompensa nacional pelos investimentos feitos – recompensas de imagem e financeira.
Quem ganha com a sabotagem do evento? O povo é que não vai ganhar nada.
Além da dor que a massacrante maioria de brasileiros que ama o futebol sentirá diante de uma derrota da Seleção forjada no previsível estado psicológico de abatimento da equipe diante dos protestos, haverá o prejuízo econômico e imagético do país.
Mas haveria ganhadores com o fracasso da Copa, sim: os políticos sem votos que veem nessas manifestações a única possibilidade de vencerem a eleição presidencial contra a forte candidatura de Dilma Rousseff à reeleição."


Sabotar a Copa é sabotar o Brasil
Eduardo Guimarães - Blog da Cidadania -  05/01/14

Devo confessar que não gosto de futebol – o que, no Brasil, chega a ser uma heresia. Ainda assim, apesar de ser exceção, não tenho um time de preferência, não torço por nenhum, não entendo as tabelas, as regras etc., pois nunca me interessei por entender.

O tempo, o dinheiro e a energia que este povo gasta com o futebol deveriam ser melhor empregados. Mas um fato é inquestionável: os brasileiros, sobretudo os mais humildes, encontram nesse esporte um alento para a dura vida que levam.

Sediar eventos internacionais da importância de uma Copa do Mundo ou dos Jogos Olímpicos, porém, é outra coisa. Tais eventos podem projetar um país ao poderem mostrar sua capacidade de organização e de execução de projetos.

Todavia, tais eventos também podem desmoralizar internacionalmente um país se este, ao organizá-los, vier a colher um fracasso organizacional.

A Jogada da Copa. Setores conservadores, lesa-pátria, sem votos, cogitam se lançar na aventura catastrofista da Copa via protestos de rua. Criando um clima de megacrise para atingir Dilma e quem sabe emplacar, nas urnas, uma alternativa de oposição!

Protesto anti-Fifa/Copa durante
 as "Jornadas de Junho"
"Acumulam-se as evidências de que setores conservadores, descrentes de sua capacidade de sedução do eleitorado pelas vias convencionais, cogitam se lançar na aventura catastrofista da Copa. Pretendem que o maior evento já realizado no país fracasse espetacularmente, para o máximo constrangimento e desgaste do governo atual. Acham que colherão os louros dessa ação de lesa-pátria.

É simplesmente doentia a ideia de que, para conquistar o poder de “consertar” o país, alguém considere aceitável que a nossa imagem internacional seja destruída. Que o Brasil seja penalizado por décadas, pela “incapacidade” de realizar grandes eventos internacionais. E que isso aconteça fundamentado em mentira e manipulação da opinião pública." 



A Jogada da Copa
Gabriel Priolli -Blog A Priolli -  04/01/2014

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Seis meses depois dos protestos que tomaram inúmeras cidades brasileiras, decantadas as insatisfações apresentadas pelos manifestantes e as múltiplas soluções aventadas por todos os atores políticos para a estranha crise que se formou, temos um quadro bem claro. A maioria da população quer mudanças no país, mas prefere que elas sejam conduzidas por Dilma e não pela oposição. A presidenta lidera em todas as sondagens de intenção de voto.
Falta muito tempo até as eleições, certamente, e já assistimos a oscilações espetaculares de intenção de voto nos pleitos anteriores, inclusive candidaturas que “atropelaram” na reta final e venceram. Tudo pode acontecer, portanto, até que se proclamem os resultados. Mas, até segunda ordem, quem lidera é Dilma. A soma dos votos de seus adversários não supera os votos da candidata governista e tudo indica que a eleição será definida já no primeiro turno.
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Sim, mas há um outro roteiro possível para este ano. Nele, as massas sairiam novamente às ruas em junho, em plena Copa do Mundo, e causariam tal transtorno à competição que seria impossível ignorá-las. A mídia mundial distribuiria a todo o globo imagens de multidões pedindo reformas, de black blocs destruindo seus alvos habituais e das polícias reprimindo com a cortesia conhecida.

sábado, 4 de janeiro de 2014

A origem fascista e essência da Privatização. Todos os governos fascistas foram ativos privateiros. Foi importante política do governo italiano nos anos 1922-1925 e da Alemanha nazista, no período 1934-1937.

Link imagem:  
A relação do Fascismo e com o grande capital
"Um dos mitos da privatização: A privatização teria sido “inventada” por duas grandes democracias, EUA e Grã-Bretanha, nos anos 1980s. É falso. A privatização, como a reencontramos no mundo nos anos 1980s e 1990s, foi instrumento muito usado, antes, pelos regimes fascistas.

Um fato sobre a privatização: Antes de Reagan e Tatcher [e dos governos da privataria do PSDB-DEM no Brasil de FHC-Serra(NTs)], a privatização foi objetivo muito empenhadamente buscado pelas elites fascistas – e desde os primeiros passos do fascismo.

Uma explicação para o fato: As elites controlam a riqueza privada. Com a privatização, as mesmas elites ganham controle também sobre o que, antes da privatização, era riqueza pública. A privatização, além do mais, dá a políticos corruptos (representantes da elite corrupta e corrompedora) uma oportunidade para reaver, em benefício próprio e dos que os apadrinham, o que pagam de impostos [as elites sempre odeiam impostos; haja vista a campanha anti-impostos que vivem a fazer, notadamente pelos veículos da imprensa-empresa (privada), com certeza, pelo menos, no Brasil-2014 (NTs)]; a privatização assegura meios para comprar, diretamente, patrimônio público. Não é surpresa, pois, que todos os governos fascistas tenham sido ativos privateiros." 

Sobre a essência e a origem fascistas da privatização
via Rede Castor PhotoVi
4/1/2014, [*] Eric ZuesseWashington’s Blog
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

Os conservadores apoiam a privatização de escolas, universidades, prisões, hospitais e outros serviços sociais. A mania de privatizar cresce muito, sobretudo, na educação superior, com conservadores no Congresso dos EUA [e, no Brasil, até os juízes da Suprema Corte são donos de universidades privadas [1]] dedicados a aprovar medidas para aumentar a porcentagem de universidades e escolas superiores cujos proprietários são empresas, vale dizer,organizações orientadas para o lucro, e reduzir a porcentagem de universidades e escolas públicas.

O argumento que sempre se ouve para as privatizações é que as empresas são mais “eficientes”, porque são o modo pelo qual o “livre mercado” operaria para atender as necessidades do povo. Os progressistas respondem que não; que nesses setores da economia, nos quais é impossível aferir os “lucros” para o povo, o estado faz serviço melhor e menos ineficiente que as empresas comerciais. Agora, nos EUA, até um governador conservador parece ter chegado à conclusão de que, pelo menos nisso, os progressistas têm mais razão.

Dia 3/1/2014, a agência Associated Press publicou notícia de que o governador Republicano de um dos três estados mais-Republicanos dos EUA, Idaho, decidiu dar meia volta e anunciou que:

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

2013, ano que a Rainha Elizabeth 2ª se tornou, na visão dos barões da mídia, a nova “chavista” do planeta.

Derrotas dos barões da mídia em 2013
Por Altamiro Borges - Blog do Miro - 01/01/2014

Em 2013, o debate sobre o poder ditatorial dos meios de comunicação e sobre a urgência da regulação democrática da mídia ganhou impulso no mundo inteiro. Até o Reino Unido, chocado com os escândalos de corrupção e invasão de privacidade do império de Rupert Murdoch, aprovou uma dura legislação. A Rainha Elizabeth 2ª se tornou, na visão dos barões da mídia, a nova “chavista” do planeta. Os avanços mais sensíveis se deram na América Latina. Infelizmente, o Brasil se manteve na posição da “vanguarda do atraso” no enfrentamento desta questão estratégica.

O “Royal Charter” britânico


A nova legislação britânica, assinada em outubro, cria u órgão regulador para a mídia imprensa, estabelece um código de ética para os veículos e fixa multas de até R$ 3,7 milhões para os crimes da imprensa. Ela se soma à regulação já existente há décadas sobre as concessões públicas de rádio e televisão. Os abusos da mídia britânica, principalmente do império Murdoch – o maior do planeta – resultaram num fato inédito. A nova lei foi elaborada pelo governo conservador de David Cameron, obteve o apoio da oposição trabalhista e foi assinada pela Rainha Elizabeth.

Os monopólios do setor fizeram de tudo para sabotar a nova lei. Ingressaram na Justiça, pressionaram parlamentares e até atacaram a “sagrada” monarquia britânica. A pressão, porém, não evitou que a rainha ratificasse a “Royal Charter”, a carta real sobre a mídia imprensa. Os poderes públicos se viram pressionados pela sociedade, que não engoliu os crimes praticados pelo jornal “News of the Word”, do empresário australiano Rupert Murdoch. O tabloide, que subornou e grampeou telefones ilegalmente, inclusive foi fechado e seus diretores podem ir para a cadeia.

Pela lei aprovada, o novo órgão regulador poderá aplicar multas de até 1 milhão de libras (R$ 3,7 milhões), além de impor correções e pedidos de desculpas por parte de jornais e revistas com o mesmo destaque dado pelas matérias caluniosas. Ele será composto por integrantes indicados de forma independente, sendo vedada a participação de editores dos veículos privados. Já o código de ética exige “respeito pela privacidade onde não houver suficiente justificativa de interesse público”. Qualquer pessoa que alegar ter sido atingida por reportagens poderá acionar o órgão.

A defesa do pluralismo na Europa