"Os políticos de oposição e seus ghost writers na chamada "imprensa de mercado" têm toda a razão do mundo para essa grita intempestiva que ora se escuta e se lê nos "jornalões". Não tem dinheiro, seja oriundo do fundo partidário, de doação legal de grande empresa; não tem "mensalão" ou "trensalão" que pague essa publicidade que o ministro de Lula/Dilma está recebendo graciosa e forçosamente nessas mesmas empresas de "jornalismo" que exercem, com impressionante desenvoltura, seu "pluralismo" e "imparcialidade" mercantis."
Estamos na iminência de um “xeque-mate” do PT?
247 - Lula Miranda - 27 DE AGOSTO DE 2013 ÀS 17:43
Eis que o partido dos trabalhadores, aparentemente, fez uma jogada de mestre no xadrez político que joga hoje com o PSDB, com a assistência dos demais partidos, notadamente PSB e PMDB, que a tudo acompanham, lance a lance a lance, atentamente. E já dá o tradicional alerta, que serve como uma espécie de aviso-prévio de uma derrota anunciada ao seu contendor:
- "Xeque!".
Mas quem será o enxadrista por detrás de tão desconcertante e improvável jogada?
Enquanto seus opositores, distraídos e displicentes e, pelo visto, mais familiarizados ao jogo de damas ou a um singelo dominó, ainda celebravam a queda da aprovação do governo Dilma nas recentes pesquisas de opinião, o governo lançou, incontinente, o programa Mais Médicos, que, se efetivamente implementado, poderá acarretar nas eleições de 2014, guardadas as devidas proporções, o mesmo impacto que teve o Plano Real para as eleições de 1994. Ou, melhor comparando, pode significar o mesmo que o PAC representou para a candidatura Dilma.
Não é gratuita ou forçada essa comparação com o Plano Real – ao qual o PT inicialmente, lembre-se, para marcar (o)posição, também foi contra. Tal qual faz a oposição agora, com relação ao Mais Médicos. Tal qual o Plano Real, na época, a força desse programa é incomensurável, tamanha são as carências da população na área da saúde e tamanho é o seu apelo social.
Os políticos de oposição e seus ghost writers na chamada "imprensa de mercado" têm toda a razão do mundo para essa grita intempestiva que ora se escuta e se lê nos "jornalões". Não tem dinheiro, seja oriundo do fundo partidário, de doação legal de grande empresa; não tem "mensalão" ou "trensalão" que pague essa publicidade que o ministro de Lula/Dilma está recebendo graciosa e forçosamente nessas mesmas empresas de "jornalismo" que exercem, com impressionante desenvoltura, seu "pluralismo" e "imparcialidade" mercantis.
Mas como ser contrário a uma política pública de importação de médicos para áreas desassistidas, carentes? Não lhes parece, independente de colorações partidárias, do corporativismo dos médicos e do conservadorismo delinquente de parte de nossa classe média, um despautério, uma insensatez ser contrário a tal medida? Quem for "do contra", parece-me, não ficará muito bem na foto – não aos olhos do eleitorado, ao menos.
Um problema adicional para a oposição: se o programa der de fato certo, e existe grande possibilidade que isso ocorra, a antes débil, e, inclusive, por mim aqui criticada, candidatura do ministro Alexandre Padilha ao governo do estado de São Paulo em 2014, ganha a força e a mobilidade de um trem-bala.
Vale ressaltar que Padilha – mais um "poste" de Lula? – enfrentará, com seu "charme novidadeiro", um Geraldo Alckmin [que seus opositores chamam de "picolé de chuchu"] desgastado pelo devastador escândalo do "propinoduto" tucano e pela chamada "fadiga de material", causada por 20 anos de um governo medíocre – para dizer o mínimo (ou seria o máximo?). Some-se a isso o atabalhoado e inacreditável "bate-cabeça" no PSDB, em face da disputa Serra X Aécio (outra vez?!), e estaremos diante de um quadro nada auspicioso para o tucanato paulista.
Isso, claro, considerando-se a premissa de que tal iniciativa não seja apenas mais um tiro n'água do governo Dilma e do PT. Ou apenas mais uma jogada de marketing eleitoral. Pois hoje em dia, venhamos e convenhamos, as ações e políticas públicas se confundem, muitas das vezes, com meras peças de propaganda criadas por marqueteiros pagos a peso de ouro. E o do PT parece valer quanto pesa – ou pesar quanto vale, sei lá eu.
Para completar a jogada, o ministro Mercadante [chamado pela oposição de "o consultor trapalhão"], impávido, como se fosse a coisa mais natural do mundo, já anuncia o próximo lance: um tal "Mais Professores". Vale lembrar que educação não é propriamente o forte dos tucanos e do governo Alckmin. Vale lembrar ainda que existe um déficit de 49.085 professores efetivos no estado de São Paulo – 21% do efetivo necessário. A cada cinco escolas quatro (eu disse 4!)tem uma classe sem professor. Precisa dizer mais? Mais professores.
Imaginem quando vierem os recursos dos royalties do petróleo para a saúde e a educação?! Alguém precisa parar essa locomotiva!
Irão recorrer ao Supremo? Irão contar com o amparo providencial de algum Tribunal de [Faz de] Contas amigo? A oposição irá recorrer ao seu braço armado na Justiça? No parlamento? Na mídia? De onde partirá o golpe dessa vez?
Como se sabe, já tentaram "derrubar" o PT do poder no "tapetão". Julgaram, com um rigor fora da curva, o "mensalão" petista e deitaram em cima do "mensalão" tucano, esse dentro da curva. Um autêntico e sub-reptício golpe político via Supremo. Mas, ao que tudo indica, não deu muito certo. Não surtiram os efeitos esperados a "dosimetria" e os cálculos feitos pelos engenheiros do tucanato e sua "peculiar" Justiça. O golpe foi assimilado.
Se os "supremos" ministros de sempre não socorrerem, novamente e providencialmente, a oposição em mais essa empreitada, a coisa vai ficar feia para tucanos e assemelhados, e um pouco mais bonita para o partido dos trabalhadores. E, espera-se, para o povo brasileiro.
Será que a Justiça vai, dessa vez, proibir que os médicos cubanos, espanhóis e portugueses exerçam a medicina nos rincões do Brasil? Será que chegarão a tanto?
Essa é a pergunta que vale dois palácios: o dos Bandeirantes e o Alvorada.
Bandeirantes e Alvorada – eis aí duas palavras-chaves, plenas em significados e sentidos.
- "Xeque-Mate?!"
- "Xeque!".
Mas quem será o enxadrista por detrás de tão desconcertante e improvável jogada?
Enquanto seus opositores, distraídos e displicentes e, pelo visto, mais familiarizados ao jogo de damas ou a um singelo dominó, ainda celebravam a queda da aprovação do governo Dilma nas recentes pesquisas de opinião, o governo lançou, incontinente, o programa Mais Médicos, que, se efetivamente implementado, poderá acarretar nas eleições de 2014, guardadas as devidas proporções, o mesmo impacto que teve o Plano Real para as eleições de 1994. Ou, melhor comparando, pode significar o mesmo que o PAC representou para a candidatura Dilma.
Não é gratuita ou forçada essa comparação com o Plano Real – ao qual o PT inicialmente, lembre-se, para marcar (o)posição, também foi contra. Tal qual faz a oposição agora, com relação ao Mais Médicos. Tal qual o Plano Real, na época, a força desse programa é incomensurável, tamanha são as carências da população na área da saúde e tamanho é o seu apelo social.
Os políticos de oposição e seus ghost writers na chamada "imprensa de mercado" têm toda a razão do mundo para essa grita intempestiva que ora se escuta e se lê nos "jornalões". Não tem dinheiro, seja oriundo do fundo partidário, de doação legal de grande empresa; não tem "mensalão" ou "trensalão" que pague essa publicidade que o ministro de Lula/Dilma está recebendo graciosa e forçosamente nessas mesmas empresas de "jornalismo" que exercem, com impressionante desenvoltura, seu "pluralismo" e "imparcialidade" mercantis.
Mas como ser contrário a uma política pública de importação de médicos para áreas desassistidas, carentes? Não lhes parece, independente de colorações partidárias, do corporativismo dos médicos e do conservadorismo delinquente de parte de nossa classe média, um despautério, uma insensatez ser contrário a tal medida? Quem for "do contra", parece-me, não ficará muito bem na foto – não aos olhos do eleitorado, ao menos.
Um problema adicional para a oposição: se o programa der de fato certo, e existe grande possibilidade que isso ocorra, a antes débil, e, inclusive, por mim aqui criticada, candidatura do ministro Alexandre Padilha ao governo do estado de São Paulo em 2014, ganha a força e a mobilidade de um trem-bala.
Vale ressaltar que Padilha – mais um "poste" de Lula? – enfrentará, com seu "charme novidadeiro", um Geraldo Alckmin [que seus opositores chamam de "picolé de chuchu"] desgastado pelo devastador escândalo do "propinoduto" tucano e pela chamada "fadiga de material", causada por 20 anos de um governo medíocre – para dizer o mínimo (ou seria o máximo?). Some-se a isso o atabalhoado e inacreditável "bate-cabeça" no PSDB, em face da disputa Serra X Aécio (outra vez?!), e estaremos diante de um quadro nada auspicioso para o tucanato paulista.
Isso, claro, considerando-se a premissa de que tal iniciativa não seja apenas mais um tiro n'água do governo Dilma e do PT. Ou apenas mais uma jogada de marketing eleitoral. Pois hoje em dia, venhamos e convenhamos, as ações e políticas públicas se confundem, muitas das vezes, com meras peças de propaganda criadas por marqueteiros pagos a peso de ouro. E o do PT parece valer quanto pesa – ou pesar quanto vale, sei lá eu.
Para completar a jogada, o ministro Mercadante [chamado pela oposição de "o consultor trapalhão"], impávido, como se fosse a coisa mais natural do mundo, já anuncia o próximo lance: um tal "Mais Professores". Vale lembrar que educação não é propriamente o forte dos tucanos e do governo Alckmin. Vale lembrar ainda que existe um déficit de 49.085 professores efetivos no estado de São Paulo – 21% do efetivo necessário. A cada cinco escolas quatro (eu disse 4!)tem uma classe sem professor. Precisa dizer mais? Mais professores.
Imaginem quando vierem os recursos dos royalties do petróleo para a saúde e a educação?! Alguém precisa parar essa locomotiva!
Irão recorrer ao Supremo? Irão contar com o amparo providencial de algum Tribunal de [Faz de] Contas amigo? A oposição irá recorrer ao seu braço armado na Justiça? No parlamento? Na mídia? De onde partirá o golpe dessa vez?
Como se sabe, já tentaram "derrubar" o PT do poder no "tapetão". Julgaram, com um rigor fora da curva, o "mensalão" petista e deitaram em cima do "mensalão" tucano, esse dentro da curva. Um autêntico e sub-reptício golpe político via Supremo. Mas, ao que tudo indica, não deu muito certo. Não surtiram os efeitos esperados a "dosimetria" e os cálculos feitos pelos engenheiros do tucanato e sua "peculiar" Justiça. O golpe foi assimilado.
Se os "supremos" ministros de sempre não socorrerem, novamente e providencialmente, a oposição em mais essa empreitada, a coisa vai ficar feia para tucanos e assemelhados, e um pouco mais bonita para o partido dos trabalhadores. E, espera-se, para o povo brasileiro.
Será que a Justiça vai, dessa vez, proibir que os médicos cubanos, espanhóis e portugueses exerçam a medicina nos rincões do Brasil? Será que chegarão a tanto?
Essa é a pergunta que vale dois palácios: o dos Bandeirantes e o Alvorada.
Bandeirantes e Alvorada – eis aí duas palavras-chaves, plenas em significados e sentidos.
- "Xeque-Mate?!"
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