terça-feira, 3 de novembro de 2015

Vídeo. Senador Roberto Requião​, com aparte de Lindbergh Farias, detona o "raio" do programa (TUCANO) do PMDB.

"Esse não é o PMDB de Ulysses Guimarães, não é o velho de guerra, é uma novidade, de algumas personalidades que provavelmente apoiaram o PSDB na última eleição."

"É o fim do mundo que o PMDB escreva uma asneira deste porte num documento oficial da Fundação Ulysses Guimarães." -

" Quem escreveu isso? Foi o Itaú, o Bradesco. Quem mais pode ter escrito uma asneira desse tamanho num documento de um partido político?"

"(...) o programa proposto pela Fundação Ulysses Guimarães pouco difere do que seria um programa de governo do PSDB. Pouco difere do consenso dos analistas de bancos que publicam o seu apoio na grande mídia.
Editoriais de O Globo, da Folha de S.Paulo e do Estadão elogiam o tal programa, supostamente do PMDB, que eu espero que seja definitivamente enterrado dia 17 de novembro, na reunião da Fundação Pedroso Horta.
Mas mesmo a linguagem do documento tem alguns problemas. Em alguns momentos, chega a ser catastrofista, por exemplo, quando diz que a recessão se iniciou em 2014 e não em 2015, quando sabemos que o nível de desemprego em dezembro de 2014 estava próximo ao mínimo histórico. A recessão começou com o arrocho do segundo Governo da Presidente Dilma e o Joaquim Levy no Ministério da Fazenda."

(...) 
Foi o programa que derrotou o PSDB no processo eleitoral e que, infelizmente, é, em parte, o programa que o Joaquim Levy implementa no Governo da Presidente Dilma.

(...)
Defende que o Brasil deve se subjugar aos novos acordos globais propostos pelos norte-americanos para isolar a China e os BRICS (as parcerias transatlânticas e transpacíficas), e que geram como “efeito colateral” o fim da soberania dos países signatários em legislar em assuntos que afetem o interesse de investidores estrangeiros.

(...) 
É a submissão absoluta ao acordo das grandes potências e dos grandes interesses econômicos.

(...)
Enfim, a Fundação Ulysses Guimarães, falando não sei com quem, encomendando esse texto que eu comentei, não sei de quem – porque não tem procedência. É um texto sem autoria, assinado pela Presidência do PMDB –, propõe nada mais, nada menos do que um programa neoliberal completo. Não é o mais radical possível, mas não difere em nada do programa que o PSDB propõe.

Assista: 


NOTAS TAQUIGRÁFICAS DO DISCURSO

Saiba mais:
ROBERTO REQUIÃO CRITICA PROPOSTAS DO PMDB PARA A SUPERAÇÃO DA CRISE

Roberto Requião  06/11/2015

O senador Roberto Requião (PMDB-PR) fez duras crítica ao documento da Fundação Ulysses Guimarães contendo sugestões do seu partido para a superação da crise econômica e afirmou que as propostas ali contidas nada têm a ver com o PMDB de Ulysses Guimarães. Por isso, ele espera que o documento “seja definitivamente enterrado” no congresso do partido, no dia 17 deste mês.

Requião disse que, embora apresente alguns “lampejos de lucidez”, como na crítica ao modelo de gestão da dívida pública, o documento não apresenta soluções efetivas para os problemas apontados. A seu ver, o documento erra, por exemplo, quando afirma que a recessão é causada pelo déficit ou dívida elevada e não pela política de arrocho fiscal e quando defende aumento da idade para aposentadoria.

Para Requião, também merecem críticas a análise da fundação Ulysses Guimarães sobre a inflação, bem como a defesa do fim da indexação de benefícios previdenciários ao salário mínimo, dos ganhos reais dos benefícios com base no crescimento do produto interno bruto e da exigência de recursos mínimos para a saúde e a educação.

- Eles não querem reduzir o pagamento de juros, não querem reduzir os juros do Banco Central, eles querem cortar saúde, educação, salário e previdência social. Este não é o PMDB de Ulysses Guimarães, não é o velho de guerra. Em um momento, lembram que os juros são altos, mas só para depois dizer que tem que ser assim mesmo. Nesse ponto, dá para duvidar se o B do PMDB da Fundação Ulysses Guimarães é de Brasil ou é de bancos brasileiro – protestou o senador.

Roberto Requião disse, ainda, que o documento propõe a asfixia do Executivo ao sugerir o que ele chamou de “parlamentarismo ilegítimo, travestido de presidencialismo”, porque aumenta o poder do Parlamento, sem aumentar suas responsabilidades.

Ele também repudiou a sugestão de criação de órgão independente para avaliar o Executivo e seus programas, afirmando que isso colocaria burocratas e tecnocratas acima dos parlamentares eleitos. Além disso, lembrou Requião, proposta de criação desse órgão já foi rejeitada pelo Senado.

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