Eduardo Guimarães - 28/07/2013
Atenção para um pronunciamento para a Excelentíssima Senhora Presidenta da República, Dilma Rousseff
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Minhas amigas e meus amigos,
O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgou na semana passada que o Brasil tem hoje o menor nível de desigualdade da história documentada do país. Em 2011, o índice de Gini, que mede a desigualdade de renda entre os brasileiros, foi de 0,527, o menor desde 1960.
Entre 2001 e 2011, no Brasil, houve crescimento real de 91,2% na renda dos 10% mais pobres. No caso dos 10% mais ricos, o aumento foi 16,6%. Segundo o Ipea, o aumento da renda na base da pirâmide relativiza o fraco desempenho do PIB (Produto Interno Bruto) no ano passado.
Comentar esse feito do Brasil ao longo da última década torna-se imperativo para prestar contas a você, cidadã ou cidadão, sobre que projeto de país o meu governo vem implantando. Um projeto em que todas as classes sociais estão ganhando, com aumento de renda e, consequentemente, de poder aquisitivo tanto para ricos quanto para pobres.
O Brasil promoveu justiça social, que é cada cidadão ter condição minimamente digna de vida, de não ter que se submeter à fome, ao desabrigo, a doenças há muito erradicadas no mundo desenvolvido, à ignorância, à violência, a condições a que qualquer um de nós ser submetido envergonha a todos, pois o próprio conceito de nação encerra o sentimento de solidariedade entre irmãos de sangue e cultura.
O Brasil de 2013, pois, é um país em que conseguir um emprego deixou de ser uma loteria como fora há mais de uma década, e no qual o salário já permite adquirir o básico para a dignidade, mas não só. Para um contingente crescente de brasileiros, a renda do trabalho deu acesso a bens maiores e de todo tipo, inclusive culturais.
O país ainda não conseguiu, porém, melhorar consistentemente a qualidade dos seus serviços públicos. Além disso, as tensões sociais oriundas de ainda termos uma das piores distribuições de renda do mundo continua mantendo um nível de violência e criminalidade que poderia ser muito menor se o nosso Brasil fosse mais justo.
Nesse contexto, a queda da desigualdade anunciada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada sinaliza que caminhamos na direção correta. A melhora econômica que o Brasil experimentou ao longo da última década, quando o Produto Interno Bruto deu um salto, chegando hoje a quase 5 trilhões de reais, foi bem melhor distribuída entre os brasileiros.
Esses trilhões de reais que se somaram às riquezas que aqui se produz ano a ano não foram distribuídos como deveriam, mas foram distribuídos como nunca antes na história deste país se fez de maneira tão justa, por insuficiente que tenha sido.
O grande desafio do Brasil desta década, portanto, será fazer nos serviços públicos o que está se fazendo na construção de um patamar aceitável de justiça social, ou de uma distribuição de renda e de oportunidades que não empurre legiões de jovens para o crime ou para vidas improdutivas e, muitas vezes, com finais trágicos que oneram e até ameaçam a sociedade.
Este país, mostrando que é capaz de se tornar mais justo por decisão própria, seguramente será capaz de superar o desafio de tornar melhor a vida da coletividade por ação de melhores serviços públicos. Alcançadas as condições de trabalho e sobrevivência minimamente dignos, é hora de o Brasil alçar voos mais altos, rumo ao país que todos almejamos.
(…)
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Nota: é óbvio que o texto acima é uma ficção forjada pela esperança do blogueiro em seu país.
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