Odebrecht delata "todos". Capital especula. Hora das "escolhas"
Por Bob Fernandes - 26/10/2016Fechado o acordo para delação da Odebrecht. Andrade Gutierrez deve voltar a falar, e pode ser retomada a delação de Léo Pinheiro, da OAS.
Mais de meia centena de delatores da Odebrecht entregou 130 deputados, senadores e ministros e 20 governadores e ex-governadores.
Citados Temer e três dos seus principais auxiliares: Padilha, Geddel e Moreira Franco.
O Grande Capital, e poderes formais e informais, já especulam sobre o futuro.
Com graduações, não escapam das delações lideranças do PSDB, PT, PMDB, DEM, entre vários outros partidos.
Se efetivadas delações para além da Odebrecht, virão investigações de presidenciáveis de 2018: o já tri-investigado Lula, governos Serra, Aécio, Alckmin...
Fatos e lógica do dinheiro indicam: governadores que estão no Poder, e pagando em dia empreiteiras que estão na lona, terão maior compaixão dos delatores na lona...
Os amigos e amigas ouvem aqui há anos: a corrupção na Política é "Sistêmica", atinge TODOS os partidos grandes, e não apenas.
"Os computadores dos empreiteiros não são monotemáticos. Guardam DNA da corrupção de TODOS, não só da Petrobras, de governos do PT e aliados".
O que se viu nesses últimos anos foram escolhas: de quem e do que investigar, vazar, alardear e prender.
Os chamados "mensalões" foram dois. Um do PT, de 2004. O outro, do PSDB, de 1998.
Petistas foram condenados e presos. Nem um tucano foi preso... até hoje.
Presidente do Supremo, Joaquim Barbosa provocava jornalistas indagando, como aqui já relatado:
-Por que vocês não perguntam sobre o Mensalão tucano?
Tal estratégia, a de "pegar primeiro uns", tem sentido para investigadores. Mas produziu efeitos também nocivos.
Neste 2016, no Brasil, foram 97 os "assassinatos políticos". De candidatos, secretários, militantes...
O país dividiu-se. Milhões acreditaram mesmo, e milhões fingiram acreditar, que na Grande Política existem partidos grandes ... sujos, e partidos grandes ... limpinhos.
Uma Farsa. Foi e é Sistêmico.
Que em favor do futuro tenhamos aprendido algumas lições com o presente e esse passado.
Por que depois das delações virão, novamente, as escolhas. De quem e do que investigar, vazar, alardear e prender.
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