Faltou quórum... sobram farsantes, julgamentos, “podridão”, “velhacaria”...
Bob Fernandes - Jornal da Gazeta - 07/10/2015Inspirado por Eduardo Cunha, presidente da Câmara, pela terceira vez o Congresso negou quórum para votar vetos da presidente Dilma às "pautas-bomba".
Aprovadas com apoio do PSDB, DEM, PMDB, entre outros, tais "bombas" acrescentam dezenas de bilhões anuais aos gastos de governo.
Quase os mesmos que aprovaram bombas negaram quórum para votar os vetos. Ação como tantas que buscam expor as fragilidades do governo... e derrubar Dilma.
Gilmar Mendes - e Dias Tóffoli que a oposição amava odiar - agora jogam juntos. E o TSE, que havia aprovado as contas de campanha de Dilma, reabriu ação que pede a cassação da dupla Dilma /Temer.
Já o TCU deve condenar na noite desta quarta, 7, as chamadas "Pedaladas Fiscais". Augusto Nardes foi relator do processo.
Polícia Federal e Procuradoria encontraram indícios de que este meste relator das "Pedaladas",
Nardes, pode ter recebido R$ 1,65 milhão de empresa suspeita de fraude, e da qual já foi sócio.
Os indícios surgiram no rastro da Zelotes, aquela submersa investigação que investiga propinas pagas a integrantes do Conselho da Receita (CARF) e consequentes prejuízos estimados em R$ 19 bilhões.
A empresa que teve Augusto Nardes como sócio chama-se... "Planalto Soluções e Negócios".
A propósito. Procuradores suíços revelaram ter avisado a Eduardo Cunha:
-Já sabem das suas contas e milhões na Suíça
Cunha nega. Sibá Machado, líder do PT, espera "provas". Carlos Sampaio, líder do PSDB, dá o "benefício da dúvida" ao grande aliado Eduardo Cunha.
Alberto Goldman, vice-presidente do PSDB, decretou: "Cunha é carne morta".
E Joaquim Barbosa - ex- presidente do Supremo que governistas amavam odiar- tuitou:
-Contra o presidente de uma das Casas do Congresso há acusações de crimes graves, mas ele é apoiadíssimo pelo PSDB. Dá pra levar a sério essa gente? Não dá, né?
Quando presidente, Fernando Henrique registrou autoconfissão agora revelada no seu novo livro, "Diários da Presidência". Escreveu à época o presidente FHC:
-...começo a sentir o travo amargo do poder no seu aspecto mais podre de toma lá, dá cá, porque é isto: se eu não der algum ministério o PTB não vota...
Escreveu também algo que - quem sabe em favor do futuro? - joga luzes sobre as relações na Política no passado recente e no presente:
-...se eu não puser Luiz Carlos Santos, o PMDB não cimenta, e muitas fazemos tudo isso e eles não entregam o que prometeram... Este é o Brasil de hoje, onde a modernização se faz com a podridão, com a velhacaria...
...etc...
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