Fábio de Oliveira Ribeiro - Jornal GGN - 14/11/2014
Charge: Moesio Fiuza - Tribuna do Ceará |
A crise hídrica no sudeste é grave e, curiosamente, ocorre exatamente no momento em que o governo federal está otimizando os recursos federais aplicados no nordeste para combater a seca. A construção de cisternas familiares e de pequenos reservatórios para captar água da chuva, a manutenção dos açudes e a transposição do São Francisco estão revolucionando o nordeste, fixando o nordestino na região. Nos próximos anos o governo Dilma Rousseff proporcionará uma significativa melhora da economia e no padrão de vida no semi-árido. O relevante papel do Exército e dos engenheiros militares nesta revolução não pode ser esquecido.
Ainda é cedo, mas pelo menos no nordeste parece que a indústria da seca chegou ao fim.
“Indústria da seca é um termo utilizado no Brasil para designar a estratégia de certos segmentos das classes dominantes que se beneficiam indevidamente de subsídios e vantagens oferecidos pelo governo a partir do discurso político da seca. O termo começou a ser usado na década de 60 por Antônio Callado, que denunciava no Correio da Manhã os problemas da região do semi-árido brasileiro.
O Governo Federal Brasileiro dispõe de alguns programas, como a Operação Carro-pipa desenvolvida pelo Ministério da Integração Nacional, por meio da Secretaria Nacional de Defesa Civil, com o Exército Brasileiro, que buscam contornar os efeitos da seca e minimizar a falta de investimento em infra-estrutura básica em determinadas regiões do país.
A problemática da seca remonta aos tempos de Dom Pedro II, que chegou inclusive a afirmar que venderia as jóias da coroa, fato que não aconteceu, para acabar com o problema, agravado pela grande seca do Nordeste em 1877."
http://pt.wikipedia.org/wiki/Seca_no_Brasil#Ind.C3.BAstria_das_secas
O problema da seca no sudeste preocupa. O Estado de São Paulo não realiza obras para melhorar a captação de água há 20 anos. Há 10 anos o primeiro sinal de alerta foi dado, mas os governos tucanos nada fizeram além de privatizar a Sabesp e permitir a distribuição dos lucros auferidos pela companhia. No ano passado os reservatórios paulistas quase secaram. Neste ano, eles estão ficando secos meses antes do início do período das chuvas.
Apavorado pelo problema que criou, Alckmin pediu aproximadamente 3,5 bilhões de reais ao governo federal para sanar a crise hídrica em São Paulo. O governo Dilma Rousseff reclama que o governador paulista não detalhou como e onde pretende usar o dinheiro público dos brasileiros.
Por mais que a grande imprensa blinde o habitante do Palácio dos Bandeirantes, é público e notório que os lucros da Sabesp foram fartamente distribuídos aos acionistas da empresa nos últimos anos. Quanto deste dinheiro voltou para os cofres tucanos em forma de doações eleitorais?
Os recursos federais pedidos por Alckmin serão utilizados para realizar as obras que a Sabesp deveria ter feito com os lucros que obteve distribuindo água aos paulistas. Quem pagará a conta das despesas realizadas pela União em razão da incúria de sucessivos governos tucanos? Quem abocanhará a maior fatia dos lucros adicionais que a Sabesp terá depois que novas obras hídricas foram realizadas em São Paulo com dinheiro federal? Dos 3,5 bilhões solicitados ao governo Dilma Rousseff quando os tucanos desviarão mediante contratos de obras e serviços super faturados parecidos com aqueles que minaram a capacidade financeira do Metrô e da CPTM?
O clima paulista não é semi-árido. A seca em São Paulo não é um fenômeno natural, tampouco pode ser creditado ao desmatamento da Amazônia. Os paulistas estão ficando sem água porque houve um aumento do consumo de água e uma redução da qualidade da gestão dos recursos públicos no Estado de São Paulo nas últimas duas décadas. Os tucanos sabiam o que estavam fazendo quando distribuíam os lucros da Sabesp. Tudo indica que a seca não migrou para o planalto paulista. O que migrou para São Paulo foi a indústria da seca?
Nos próximos dois meses a economia de São Paulo pode levar o maior tombo desde a crise internacional que corroeu o valor das sacas e das safras de café. Faltará água para a atividade industrial, milhares de empresas fecharão as portas e algumas certamente irão à falência. Quem vai pagar o prejuízo causado pelos tucanos aos empresários que atuam em São Paulo? Os contribuintes paulistas?
Ainda é cedo, mas pelo menos no nordeste parece que a indústria da seca chegou ao fim.
“Indústria da seca é um termo utilizado no Brasil para designar a estratégia de certos segmentos das classes dominantes que se beneficiam indevidamente de subsídios e vantagens oferecidos pelo governo a partir do discurso político da seca. O termo começou a ser usado na década de 60 por Antônio Callado, que denunciava no Correio da Manhã os problemas da região do semi-árido brasileiro.
O Governo Federal Brasileiro dispõe de alguns programas, como a Operação Carro-pipa desenvolvida pelo Ministério da Integração Nacional, por meio da Secretaria Nacional de Defesa Civil, com o Exército Brasileiro, que buscam contornar os efeitos da seca e minimizar a falta de investimento em infra-estrutura básica em determinadas regiões do país.
A problemática da seca remonta aos tempos de Dom Pedro II, que chegou inclusive a afirmar que venderia as jóias da coroa, fato que não aconteceu, para acabar com o problema, agravado pela grande seca do Nordeste em 1877."
http://pt.wikipedia.org/wiki/Seca_no_Brasil#Ind.C3.BAstria_das_secas
O problema da seca no sudeste preocupa. O Estado de São Paulo não realiza obras para melhorar a captação de água há 20 anos. Há 10 anos o primeiro sinal de alerta foi dado, mas os governos tucanos nada fizeram além de privatizar a Sabesp e permitir a distribuição dos lucros auferidos pela companhia. No ano passado os reservatórios paulistas quase secaram. Neste ano, eles estão ficando secos meses antes do início do período das chuvas.
Apavorado pelo problema que criou, Alckmin pediu aproximadamente 3,5 bilhões de reais ao governo federal para sanar a crise hídrica em São Paulo. O governo Dilma Rousseff reclama que o governador paulista não detalhou como e onde pretende usar o dinheiro público dos brasileiros.
Por mais que a grande imprensa blinde o habitante do Palácio dos Bandeirantes, é público e notório que os lucros da Sabesp foram fartamente distribuídos aos acionistas da empresa nos últimos anos. Quanto deste dinheiro voltou para os cofres tucanos em forma de doações eleitorais?
Os recursos federais pedidos por Alckmin serão utilizados para realizar as obras que a Sabesp deveria ter feito com os lucros que obteve distribuindo água aos paulistas. Quem pagará a conta das despesas realizadas pela União em razão da incúria de sucessivos governos tucanos? Quem abocanhará a maior fatia dos lucros adicionais que a Sabesp terá depois que novas obras hídricas foram realizadas em São Paulo com dinheiro federal? Dos 3,5 bilhões solicitados ao governo Dilma Rousseff quando os tucanos desviarão mediante contratos de obras e serviços super faturados parecidos com aqueles que minaram a capacidade financeira do Metrô e da CPTM?
O clima paulista não é semi-árido. A seca em São Paulo não é um fenômeno natural, tampouco pode ser creditado ao desmatamento da Amazônia. Os paulistas estão ficando sem água porque houve um aumento do consumo de água e uma redução da qualidade da gestão dos recursos públicos no Estado de São Paulo nas últimas duas décadas. Os tucanos sabiam o que estavam fazendo quando distribuíam os lucros da Sabesp. Tudo indica que a seca não migrou para o planalto paulista. O que migrou para São Paulo foi a indústria da seca?
Nos próximos dois meses a economia de São Paulo pode levar o maior tombo desde a crise internacional que corroeu o valor das sacas e das safras de café. Faltará água para a atividade industrial, milhares de empresas fecharão as portas e algumas certamente irão à falência. Quem vai pagar o prejuízo causado pelos tucanos aos empresários que atuam em São Paulo? Os contribuintes paulistas?
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