quarta-feira, 20 de abril de 2016

A grande mídia brasileira ignora a reação da mídia estrangeira à votação do impeachment, que foi tratado com perplexidade, deboche e desprezo

Olhar crítico e ácido da mídia estrangeira sobre o impeachment e seus atores

Bob Fernandes - Facebook - 20/04/2016


Quando presidente do Supremo Tribunal, Joaquim Barbosa foi duríssimo nas condenações do "Mensalão". Muitos militantes do PT o têm como carrasco.

Nesta terça, no Twitter, Joaquim Barbosa recomendou: "Excelente entrevista do jornalista Glenn Greenwald a Christiane Amanpour, da CNN".

Em 2013, com documentos fornecidos por Edward Snowden, Glenn começou a detonar espionagem global feita pelos Estados Unidos.

Glenn ganhou o Pulitzer, maior prêmio do jornalismo norte-americano. Amanpour é célebre por cobrir conflitos em todo mundo.

Goste-se dele ou não, fato é que Glenn, hoje correspondente no Rio, tem sido entrevistado por mídias do mundo afora. Ele aponta a corrupção do PT, mas também diz:

-Todos partidos de centro e direita estão envolvidos com corrupção. (...) Grupos ricos e poderosos odeiam Lula, Dilma e o PT, e não conseguiram derrotá-los nas urnas...

...E "por isso", diz Glenn, "usam mídias poderosas que pertencem a famílias extremamente ricas".

Os mais influentes jornais, revistas e telejornais do mundo têm noticiado e opinado sobre Brasil.

A votação do impeachment, tratada com perplexidade, deboche e desprezo. São apontadas igualmente corrupção no governo e corrupção na oposição.

Enquanto abordam o desastre econômico e corrupção, ressaltam que Dilma "não enriqueceu". E batem na ladroagem dos opositores que a julgam.

No New York Times já se disse: "Honesta, Dilma pode ser afastada por criminosos". Na Der Spiegel, revista alemã: "A insurreição dos hipócritas".

O Irish Times, irlandês: "Brasil escala palhaços para o impeachment". No inglês Guardian: "Câmara hostil e manchada pela corrupção". Muitos mais disseram muito mais.

Nas mudanças de regras e erros de Dilma na economia, a mídia do mundo a criticava. E aqui as críticas era registradas.

Agora, mundo afora Mídias tem criticado a falta de legitimidade dos que querem o Poder. E o que tratam como ameaças "à jovem democracia do Brasil".

Ontem à noite Dilma decidiu ir à ONU amanhã, 21, para assinar os Acordos de Paris.

A conferir se em Nova York Dilma denunciará o que aqui ela tem chamado de "golpe".

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