Dom Orvandil - Cartas Proféticas - 11/06/2015
Minha querida irmã Viviany Beleboni
Permite-me que me apresente resumidamente. Sou bispo anglo-católico. Transitei longo caminho, empunhando desde a minha juventude a agenda da luta pela justiça social.
Graças à luta nunca tive folga na vida. Também sempre fui vítima de enormes preconceitos e discriminações. Mas enfrentei a tudo de cabeça erguida e aprendi a não me iludir com o ser humano, mas sem perder a esperança nas pessoas, principalmente no povo, constantemente massacrado por enormes exclusões.
Na ditadura militar fui preso e condenado a dois anos e meio de prisão pela malfadada “lei” de segurança nacional, uma excrescência que visava dar segurança para o roubo do nosso País. Um tribunal militar serviu de palco para as maiores barbaridades que ouvi sobre um ser humano e noticiado por uma imprensa mentirosa, covarde e servil, desde sempre.
Fui discriminado por igrejas e por cúpulas por não ser conservador nem neoliberal. Mentiram a meu respeito e até me perseguiram, dizendo o que nunca fui nem nunca fiz.
Na verdade, o que muitos grupos ditos cristãos não suportam é um sacerdote e bispo não ser conivente com a barbárie civilizacional capitalista, regime que herdou todos os preconceitos e requintes de exploração da odiosa escravatura.
Um bispo que se reconhece como membro da classe dominada e com ela luta dói nas almas contaminadas de muitas “autoridades” eclesiásticas e instituições confessionais. Um bispo que reconhece a luta de classes e não se presta a servir de bajulador dos opressores, que pregam todos os dias a falsa paz que engambela o povo, é um escândalo para muitas igrejas hoje.
Durante a ditadura a mídia quase semanalmente me atacava com “fatos” inventados para me indispor social e politicamente. Fui alvo de muito ódio. E ainda o sou.
Este sou eu, resumidamente, querida irmã Viviany.
Outrossim, não concordo que os símbolos culturais e religiosos sejam corrompidos, usados para fins que não os seus nem destruídos, pois isso mata a alma de um povo.
Por essas duas razões solidarizo-me contigo. Conheço o que é ser discriminado. Essa lição ninguém precisa me ensinar. Outra, porque não desrespeitaste Cristo nem a cruz, como desonestamente Marcos Feliciano e outros querem fazer crer.
Esse senhor, que é deputado e pastor bem como seu colega, o delgado João Campos aqui de Goiânia, são notórios mentirosos e inimigos do povo.
São membros da atrasada e perversa bancada evangélica. É em nome dela que João Campos alega que te processará por uso indevido dos símbolos religiosos. Eles se colocam no universo do pior espectro político do País nesse momento.
Marcos Feliciano comandou a Comissão dos Direitos Humanos da Câmara dos Deputados e o que mais fez foi desrespeitar os direitos e a cidadania.
João Campos é conhecido por ser de direita e retrógrado. Ele participa de uma lista macabra distribuída pelas centrais sindicais como um dos que votou na terceirização e contra os direitos trabalhistas.
Esse deputado é do Estado de Goiás e membro do partido de direita mais sórdido atualmente, o PSDB, que conjunturalmente prega golpes contra o governo e contra a democracia. Sua linha de atuação é na perspectiva do ódio, dos preconceitos, baseado numa história eloquente de corrupções e entrega do patrimônio público às máfias privadas.
O que quero te dizer com isso é que as perseguições que tu e todo o movimento LGBT sofrem vêm de um conjunto de reacionários e inimigos do povo brasileiro, que se imaginam fortalecidos desde que foram derrotados nas eleições de 2014.
Gente como Feliciano e Campos mente e falseia desbragadamente.
Por exemplo, a cruz. Eles sabem que esse símbolo não é originalmente cristão.
A cruz era instrumento de fragilização, tortura e morte dos sediciosos palestinos judeus que se rebelaram contra a opressão romana na Palestina. Portanto, os escolhidos para serem eliminados por cruzes eram os melhores heróis do povo. Tanto que Jesus não foi crucificado sozinho, mas com mais dois subversivos. Não eram marginais, como certas más traduções dos evangelhos e como pregadores ignorantes querem mostrar. Eram revolucionários.
Mais tarde é que a cruz foi tomada como símbolo cristão, como uma espécie de virada de mesa. Mas sua fisionomia oculta e cruel de extermino das pessoas por razões políticas continua a existir como ignomínia, que seguimentos ditos cristãos procuram esconder. Do lado dos condenados sofrem os que são discriminados por suas ideias e causas libertárias que defendem. Do outro, os que condenam e exterminam, de modo autoritário e injusto, existem os que perseguem, golpeiam e matam, nem que seja através da prática fundamentalista preconceituosa.
Portanto, a espiritualização da cruz relacionando-a tão somente e redutivamente a problemas espirituais é uma falsificação de seu significado político original. É empobrecimento do seu simbolismo original.
Por isso me solidarizo contigo, minha irmã Viviany. Entendeste corretamente o significado da cruz e da que tuas amigas feridas e mortas pelo preconceito e pelo ódio de pessoas como esses ditos pregadores, porque são vítimas do desrespeito aos direitos humanos. O ato de representar a crucificação da homofobia é prova de que és uma defensora dos perseguidos pelos preconceitos que mutilam e matam, ao gosto de Feliciano e Campos na sua bancada evangélica, que apoia a escravatura e o roubo dos diretos dos trabalhadores.
A tua causa é marcada pela cruz que vocês carregam, que não é nada leve nem fortuita.
Outra mentira desses pregadores endinheirados é o seu conceito de família, unicamente hétero.
Eles mentem quando ensinam que em primeiro lugar vem a família. As leituras que fazem da Bíblia são erradas e eles falseiam tudo.
Tanto no Velho quanto no Novo Testamentos em primeiro lugar vem o povo. Este dá origem à família e não o contrário. O primeiro livro da Bíblia é o Êxodo e não Gênesis, como está no cânon.
Isto significa que primeiro o povo lutou pela libertação da indignidade da escravidão e depois pensou em família.
Esses pregadores mentem quando dizem que Adão e Eva são uma relação binária e que Deus criou primeiro o casal para depois criar a humanidade. É mentira.
Adão quer dizer o homem feito da terra sob nossos pés e a mulher também, significando que Eva é feminilidade. Portanto, todos somos Adão e somos Eva, segundo a tradição semítica.
Os mentirosos pregam que Adão e Eva são um mandamento que afirma que o amor só pode existir entre um homem e uma mulher. E fazem da metáfora Adão e Eva um dogma, o que é pura distorção da verdade, em desprezo e desrespeito a todos os estudos que revelam outra coisa, sem prejuízo à Bíblia.
Esse princípio deles é intencionalmente conservador e tem o objetivo de fazer da causa antigay uma bandeira de propaganda reacionária que lhes dá muito dinheiro.
No Novo Testamento Cristo é denominado por São Paulo como a nova humanidade, o novo Adão. Portanto, mais uma vez não é o casal o modelo prioritário em relação ao povo, a humanidade. Cristo no Novo Testamento é um coletivo que se abre a todos.
Com a mentira a partir de um conceito egoísta e ilhado de família esses fanáticos querem esvaziar a luta de vocês, fazendo do sexo uma máquina reprodutora sem prazer. Por isso me solidarizo contigo e com a LGBT. Eles querem guetos isolados e não um povo unido na luta pelos direitos sociais e por uma sociedade na qual caibam todos os atualmente diferentes. Tremem de medo de que vocês sejam reforços para a revolução que virá.
Outra mentira deles é sobre o pecado do sexo, prisioneiro da função reprodutiva. Os casais deles são de poucos filhos. Então eles não fazem sexo com prazer? O sexo para eles é um mal necessário? Ou não têm relações sexuais para não pecar?
O fato é, Viviany Beleboni, que os mesmos fundamentalistas que fazem esse alarido contra o uso da cruz, símbolo dito religioso, são os mesmos que se enriquecem com a venda de ilusões, de mentiras, de milagrismos e com a falácia da teologia da prosperidade.
Os religiosos preconceituosos, que extrapolam os limites de suas igrejas para se projetar com ódio sobre a sociedade e as opções de seus membros, são os mesmos que no parlamento pisam nos direitos dos trabalhadores votando na terceirização, a favor também da redução da idade penal para encher as prisões dos jovens negros e pobres, ainda propõem a não obrigatoriedade dos votos dos cidadãos e que apoiam as piores políticas contra a sociedade, todas eivadas de conservadorismo autoritário e farisaico.
Esses tais quando no uso de cargos públicos os enchem de funcionários de suas igrejas como que a quebrar o Estado laico. Para eles o Estado tem que servir a esquisofrenia de sua visão de vida, de preferência sem o povo, que consideram pecadores e filhos do capeta.
Enfim, esses pregadores de TV e de Rádio fazem esses cursos neuroliguísticos para aprender a iludir emocionalmente as pessoas, fazem treinamento de oratória como coachings e até de Reiki, pervertendo as funções terapêuticas originais deste, para usar a energia das mãos para o curandeirismo impressionando o público e alguns, pasma, treinam-se até com técnicas de mágicos para impressionar os incautos.
Nesse momento conturbado de afronta ao poder pela direita aventureira, esses grupos e pregadores marcam-se pela ideologia de direita que esmaga a consciência de rebeldia das pessoas, tornando-as dóceis e obedientes aos seus comandos nada religiosos e muito menos cristãos.
De modo que, querida irmã Viviany Beleboni, sei que nem todos se conduziram bem na passeata na Av. Paulista de modo a conquistar a sociedade para a causa dos direitos humanos defendida pela LGBT. Mas essa não foi a conduta de todos. Não foi a tua conduta.
Por isso me solidarizo com a LGBT e contigo por crer que a homofobia é atentado aos direitos humanos, que crucifica inocentes, inclusive perseguindo por causas de suas opções sexuais.Tua intenção de mostrar que lésbicas, gays, transexuais e travestis são crucificados e mortos foi plena e corretamente demonstrada . Os fariseus fingem que não sabem do teor contundente de tua denúncia e, histericamente, preferem o estardalhaço denuncista, típico da barulhenta e inconsequente direita sem proposta.
• Abraços críticos e fraternos na luta pela justiça e pela paz sociais.
• Dom Orvandil: editor deste blog, idealizador e presidente da Ibrapaz, bispo da Diocese Brasil Central e professor universitário.
Permite-me que me apresente resumidamente. Sou bispo anglo-católico. Transitei longo caminho, empunhando desde a minha juventude a agenda da luta pela justiça social.
Graças à luta nunca tive folga na vida. Também sempre fui vítima de enormes preconceitos e discriminações. Mas enfrentei a tudo de cabeça erguida e aprendi a não me iludir com o ser humano, mas sem perder a esperança nas pessoas, principalmente no povo, constantemente massacrado por enormes exclusões.
Na ditadura militar fui preso e condenado a dois anos e meio de prisão pela malfadada “lei” de segurança nacional, uma excrescência que visava dar segurança para o roubo do nosso País. Um tribunal militar serviu de palco para as maiores barbaridades que ouvi sobre um ser humano e noticiado por uma imprensa mentirosa, covarde e servil, desde sempre.
Fui discriminado por igrejas e por cúpulas por não ser conservador nem neoliberal. Mentiram a meu respeito e até me perseguiram, dizendo o que nunca fui nem nunca fiz.
Na verdade, o que muitos grupos ditos cristãos não suportam é um sacerdote e bispo não ser conivente com a barbárie civilizacional capitalista, regime que herdou todos os preconceitos e requintes de exploração da odiosa escravatura.
Um bispo que se reconhece como membro da classe dominada e com ela luta dói nas almas contaminadas de muitas “autoridades” eclesiásticas e instituições confessionais. Um bispo que reconhece a luta de classes e não se presta a servir de bajulador dos opressores, que pregam todos os dias a falsa paz que engambela o povo, é um escândalo para muitas igrejas hoje.
Durante a ditadura a mídia quase semanalmente me atacava com “fatos” inventados para me indispor social e politicamente. Fui alvo de muito ódio. E ainda o sou.
Este sou eu, resumidamente, querida irmã Viviany.
Outrossim, não concordo que os símbolos culturais e religiosos sejam corrompidos, usados para fins que não os seus nem destruídos, pois isso mata a alma de um povo.
Por essas duas razões solidarizo-me contigo. Conheço o que é ser discriminado. Essa lição ninguém precisa me ensinar. Outra, porque não desrespeitaste Cristo nem a cruz, como desonestamente Marcos Feliciano e outros querem fazer crer.
Esse senhor, que é deputado e pastor bem como seu colega, o delgado João Campos aqui de Goiânia, são notórios mentirosos e inimigos do povo.
São membros da atrasada e perversa bancada evangélica. É em nome dela que João Campos alega que te processará por uso indevido dos símbolos religiosos. Eles se colocam no universo do pior espectro político do País nesse momento.
Marcos Feliciano comandou a Comissão dos Direitos Humanos da Câmara dos Deputados e o que mais fez foi desrespeitar os direitos e a cidadania.
João Campos é conhecido por ser de direita e retrógrado. Ele participa de uma lista macabra distribuída pelas centrais sindicais como um dos que votou na terceirização e contra os direitos trabalhistas.
Esse deputado é do Estado de Goiás e membro do partido de direita mais sórdido atualmente, o PSDB, que conjunturalmente prega golpes contra o governo e contra a democracia. Sua linha de atuação é na perspectiva do ódio, dos preconceitos, baseado numa história eloquente de corrupções e entrega do patrimônio público às máfias privadas.
O que quero te dizer com isso é que as perseguições que tu e todo o movimento LGBT sofrem vêm de um conjunto de reacionários e inimigos do povo brasileiro, que se imaginam fortalecidos desde que foram derrotados nas eleições de 2014.
Gente como Feliciano e Campos mente e falseia desbragadamente.
Por exemplo, a cruz. Eles sabem que esse símbolo não é originalmente cristão.
A cruz era instrumento de fragilização, tortura e morte dos sediciosos palestinos judeus que se rebelaram contra a opressão romana na Palestina. Portanto, os escolhidos para serem eliminados por cruzes eram os melhores heróis do povo. Tanto que Jesus não foi crucificado sozinho, mas com mais dois subversivos. Não eram marginais, como certas más traduções dos evangelhos e como pregadores ignorantes querem mostrar. Eram revolucionários.
Mais tarde é que a cruz foi tomada como símbolo cristão, como uma espécie de virada de mesa. Mas sua fisionomia oculta e cruel de extermino das pessoas por razões políticas continua a existir como ignomínia, que seguimentos ditos cristãos procuram esconder. Do lado dos condenados sofrem os que são discriminados por suas ideias e causas libertárias que defendem. Do outro, os que condenam e exterminam, de modo autoritário e injusto, existem os que perseguem, golpeiam e matam, nem que seja através da prática fundamentalista preconceituosa.
Portanto, a espiritualização da cruz relacionando-a tão somente e redutivamente a problemas espirituais é uma falsificação de seu significado político original. É empobrecimento do seu simbolismo original.
Por isso me solidarizo contigo, minha irmã Viviany. Entendeste corretamente o significado da cruz e da que tuas amigas feridas e mortas pelo preconceito e pelo ódio de pessoas como esses ditos pregadores, porque são vítimas do desrespeito aos direitos humanos. O ato de representar a crucificação da homofobia é prova de que és uma defensora dos perseguidos pelos preconceitos que mutilam e matam, ao gosto de Feliciano e Campos na sua bancada evangélica, que apoia a escravatura e o roubo dos diretos dos trabalhadores.
A tua causa é marcada pela cruz que vocês carregam, que não é nada leve nem fortuita.
Outra mentira desses pregadores endinheirados é o seu conceito de família, unicamente hétero.
Eles mentem quando ensinam que em primeiro lugar vem a família. As leituras que fazem da Bíblia são erradas e eles falseiam tudo.
Tanto no Velho quanto no Novo Testamentos em primeiro lugar vem o povo. Este dá origem à família e não o contrário. O primeiro livro da Bíblia é o Êxodo e não Gênesis, como está no cânon.
Isto significa que primeiro o povo lutou pela libertação da indignidade da escravidão e depois pensou em família.
Esses pregadores mentem quando dizem que Adão e Eva são uma relação binária e que Deus criou primeiro o casal para depois criar a humanidade. É mentira.
Adão quer dizer o homem feito da terra sob nossos pés e a mulher também, significando que Eva é feminilidade. Portanto, todos somos Adão e somos Eva, segundo a tradição semítica.
Os mentirosos pregam que Adão e Eva são um mandamento que afirma que o amor só pode existir entre um homem e uma mulher. E fazem da metáfora Adão e Eva um dogma, o que é pura distorção da verdade, em desprezo e desrespeito a todos os estudos que revelam outra coisa, sem prejuízo à Bíblia.
Esse princípio deles é intencionalmente conservador e tem o objetivo de fazer da causa antigay uma bandeira de propaganda reacionária que lhes dá muito dinheiro.
No Novo Testamento Cristo é denominado por São Paulo como a nova humanidade, o novo Adão. Portanto, mais uma vez não é o casal o modelo prioritário em relação ao povo, a humanidade. Cristo no Novo Testamento é um coletivo que se abre a todos.
Com a mentira a partir de um conceito egoísta e ilhado de família esses fanáticos querem esvaziar a luta de vocês, fazendo do sexo uma máquina reprodutora sem prazer. Por isso me solidarizo contigo e com a LGBT. Eles querem guetos isolados e não um povo unido na luta pelos direitos sociais e por uma sociedade na qual caibam todos os atualmente diferentes. Tremem de medo de que vocês sejam reforços para a revolução que virá.
Outra mentira deles é sobre o pecado do sexo, prisioneiro da função reprodutiva. Os casais deles são de poucos filhos. Então eles não fazem sexo com prazer? O sexo para eles é um mal necessário? Ou não têm relações sexuais para não pecar?
O fato é, Viviany Beleboni, que os mesmos fundamentalistas que fazem esse alarido contra o uso da cruz, símbolo dito religioso, são os mesmos que se enriquecem com a venda de ilusões, de mentiras, de milagrismos e com a falácia da teologia da prosperidade.
Os religiosos preconceituosos, que extrapolam os limites de suas igrejas para se projetar com ódio sobre a sociedade e as opções de seus membros, são os mesmos que no parlamento pisam nos direitos dos trabalhadores votando na terceirização, a favor também da redução da idade penal para encher as prisões dos jovens negros e pobres, ainda propõem a não obrigatoriedade dos votos dos cidadãos e que apoiam as piores políticas contra a sociedade, todas eivadas de conservadorismo autoritário e farisaico.
Esses tais quando no uso de cargos públicos os enchem de funcionários de suas igrejas como que a quebrar o Estado laico. Para eles o Estado tem que servir a esquisofrenia de sua visão de vida, de preferência sem o povo, que consideram pecadores e filhos do capeta.
Enfim, esses pregadores de TV e de Rádio fazem esses cursos neuroliguísticos para aprender a iludir emocionalmente as pessoas, fazem treinamento de oratória como coachings e até de Reiki, pervertendo as funções terapêuticas originais deste, para usar a energia das mãos para o curandeirismo impressionando o público e alguns, pasma, treinam-se até com técnicas de mágicos para impressionar os incautos.
Nesse momento conturbado de afronta ao poder pela direita aventureira, esses grupos e pregadores marcam-se pela ideologia de direita que esmaga a consciência de rebeldia das pessoas, tornando-as dóceis e obedientes aos seus comandos nada religiosos e muito menos cristãos.
De modo que, querida irmã Viviany Beleboni, sei que nem todos se conduziram bem na passeata na Av. Paulista de modo a conquistar a sociedade para a causa dos direitos humanos defendida pela LGBT. Mas essa não foi a conduta de todos. Não foi a tua conduta.
Por isso me solidarizo com a LGBT e contigo por crer que a homofobia é atentado aos direitos humanos, que crucifica inocentes, inclusive perseguindo por causas de suas opções sexuais.Tua intenção de mostrar que lésbicas, gays, transexuais e travestis são crucificados e mortos foi plena e corretamente demonstrada . Os fariseus fingem que não sabem do teor contundente de tua denúncia e, histericamente, preferem o estardalhaço denuncista, típico da barulhenta e inconsequente direita sem proposta.
• Abraços críticos e fraternos na luta pela justiça e pela paz sociais.
• Dom Orvandil: editor deste blog, idealizador e presidente da Ibrapaz, bispo da Diocese Brasil Central e professor universitário.
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