quinta-feira, 22 de março de 2018

"Deus criou Adão e Eva e não Adão e Ivo"

"Deus criou Adão e Eva e não Adão e Ivo".

Por Miguel Rios - via Facebook - 20/03/2015

Deus tava entediado, fez um curso de cerâmica e resolveu moldar um boneco. Soprou e deu-lhe vida. Vê que bafo da gota. Aí Adão entediado exigiu uma companheira. Vê a carência. Deus arrancou uma costela dele (tipo o que Thalia fez) e PAM! Eva na área. Viviam eles com os bichinhos, sem trabalhar, nem bater um prego em um sabonete Dove molhado (ninguém reclama que o governo sustentava, né?), no maior paraíso. Só não podiam comer de uma fruta que Deus proibiu, era dele. Vê a proteção de privilégios exclusivos. 

Aí Adão e Eva, depois de usarem alguma ervinha mais aditiva, bateram um papo com uma cobra e resolveram desobedecer. Foram lá e mandaram a fruta pro bucho. Adão botou a culpa em Eva, que havia lhe seduzido, como se ele não fosse maior de idade. Vê o machismo, a criancice e a falta de responsabilidade em assumir os erros.

Deus deu piti e expulsou eles do bem-bom. Viraram sem-teto por causa de uma fruta roubada. Vê a crueldade. A família perder hospedagem e ajuda de custo porque fez um ato que qualquer maloqueiro faz. No máximo, uma pena alternativa de replantar árvores.

Mas Adão e Eva tiveram de começar a ralar e ralar e rolar pra botar menino no mundo. Tiveram dois pirraias. Abel era todo limpinho, comportadinho, santinho, roupinha transada, cabelinho escovado e recebia os elogios. Caim era mais sapeca, desajustado, malamanhado e sobravam as lapadas pra ele. Ou seja, o mais rebelde, problemático, que deveria ter acompanhamento e mais atenção, era desprezado. O mais equilibrado era posto nas alturas, ganhava os afagos, o preferido até de Deus. Vê a meritocracia.

segunda-feira, 12 de março de 2018

Os coxinhas ficaram com vergonha de falar de política depois do Golpe de 16?

EXISTE UM MEDO DE FALAR DE POLÍTICA. 

Por Cris Penha - via Facebook - 12/03/2018

Quando vou às festas que ainda me convidam (kkk), política virou assunto proibido. As vezes até combinam: "ó, ninguém fala de política", pelo menos não na mesa, só ao pé do ouvido. Vamos falar apenas de esportes, cinema, culinária e do clima? 

Só quando o PT governava que se falava de política, onde a classe média das festas que eu frequentava reclamava de tudo, até da tapioca de R$ 10. 

Uma vez cheguei numa festa e o anfitrião na frente de todos: "este é o único petista legal que eu conheço". Como assim? O resto é bandido e a direita é 100% honesta? Ou "bolsa família é pra comprar o voto dos pobres". Achei que isso era quando davam cesta básica na véspera da eleição e depois sumiam deixando todos morrerem de fome por 4 anos. 

E no elevador: "calor hoje né?" ou "que esfriada que deu". Hoje, ninguém mais toca no assunto, reclama da corrupção, do preço dos combustíveis, da tentativa descarada de abafarem tudo num grande acordo nacional e muito menos batem panela.

As pessoas estão aceitando passivamente perderem aposentadorias, pensões, direitos trabalhistas, programas sociais, o sonho de viver num país desenvolvido para todos e sem corrupção sem nem ao menos discutir alternativas. Isso talvez seja um misto de vergonha por parte de alguns e de indiferença por parte dos que queriam apenas tirar o PT. 

Mas toda essa passividade diante da perda dos próprios direitos e da destruição do Brasil? O que explica isso? 

Provavelmente o poder da mídia que diz 24 horas por dia que estamos no caminho certo, que não há outro jeito, que esses que tomaram o poder são honestos, que a Justiça não entrou no Acordo Nacional. Como no texto de Bertold Brecht, o Brasil parece cada vez mais um país de analfabetos políticos, vide a expressiva intenção de votos em Bolsonaro e a quantidade de seguidores do MBL.

Por isso que todos nós temos que fazer a nossa parte, falar sim de política, discutir em todos lugares, abrir os olhos da população por que ninguém fará isso por nós. E não só nas redes, mas em todos os lugares. 

A política precisa ser discutida sempre por que quem não gosta ou não acompanha de perto será governado pelos que gostam até demais, pelos motivos que sabemos. 

Nós, que não somos políticos profissionais mas cidadãos, não somos inimigos nem adversários. Todos nós queremos o melhor para o Brasil. 

Como no futebol, cada um tem a sua receita para esse país vencer. Mas não se iludam que esse é o objetivo dos que tomaram o poder no Brasil, por que nunca foi e nunca será. A história é a prova!